quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Ó Jorge, desta vez esse apito "pifou"!...


O erro e o contexto

«O João Mário é, indubitavelmente, um dos melhores jogadores portugueses da actualidade e, numa nota pessoal, um dos que mais admiro pelo exemplar comportamento que sempre teve nos jogos em que nos cruzámos. No Boavista-Sporting foi, segundo a crítica especializada, um dos melhores. Isso não impediu que aos 43’, após fintar um adversário no coração da área, ficando de frente para a baliza e apenas com o guarda-redes pela frente, rematasse para uma defesa fácil. Foi um falhanço como outros que acontecem todas as semanas. Também Sporar, aos 53’, depois de um cruzamento de Nuno Santos, falhou um golo fácil. Acontece. Estes dois ‘não golos’ não tiveram impacto no jogo. O Sporting ganhou e isso é o que conta. Mais difíceis de esquecer seriam se esta fosse a última jornada e o Sporting precisasse de ganhar por mais de três golos. Aí, nesse contexto, esses erros jamais seriam esquecidos. O contexto altera a nossa percepção da gravidade das coisas. Em quase todas as rondas há amarelos que são mal exibidos. Não é bom, mas é a realidade. Pouco se fala deles a não ser quando, como foi o caso, esse amarelo impede um jogador importante de jogar um jogo importante na jornada seguinte. O Fábio Veríssimo cometeu um erro. Um erro como tantos outros. O contexto faz com que esse erro tenha consequências mais gravosas. Sim. Mas foi só um erro. Não uma cabala contra ninguém. Um erro.»

Nada a dizer contra o que o ex-árbitro Jorge Faustino escreve hoje no jornal Record. Mais importante do que um qualquer erro, será sempre o contexto que o envolve. Só que este antigo árbitro, a meu ver, terá esquecido algo de muito importante que será, não o erro de Fábio Veríssimo, que até já o próprio reconheceu, que neste momento agita e de que maneira o futebol em Portugal mas, bem pelo contrário, os recorrentes erros cometidos por instâncias que foram criadas, exactamente, para limitar os erros cometidos a montante.

Apetece perguntar a Jorge Faustino, para que terá sido implementado o VAR, senão para corrigir os erros de que fala? E, de igual modo, como explicar a existência de um Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, senão para aplicar a justiça em todos os erros cometidos no futebol, árbitros e VARs incluídos?!...

Obviamente que teremos de aceitar o erro de Fábio Veríssimo. Mas o que terá Jorge Faustino a dizer do facto de o CD da FPF, se preparar para cometer um erro ainda maior sobre o erro antes cometido por aquele árbitro?! Qual será o "contexto" em que agora deveremos envolver, denodada e magnanimamente, seguindo até o exemplo do Jorge e armados em bons samaritanos, 'salvar' este "tipo ou espécie de justiça"?!...

Ó Jorge, desta vez esse apito "pifou"!...

Leoninamente,
Até à próxima

2 comentários:

  1. Não, não aceito o erro, a prontidão com que tirou o amarelo do bolso é deveras comprometedor, viu que era o Palhinha e nem quis saber de mais nada, aí vai disto!
    Depois das Imagens e da opinião publica, o arrependimento não serve de nada, para mim fica só a intenção maldosa com que o fez...de arrependimentos está o inferno cheio!
    PS. O Pizzi numa época destas andou 14 jornadas, fez faltas atrás de faltas e muitas delas grosseiras, nunca chegou a ver o amarelo! O C.D nem falo… se a imparcialidade pagasse imposto!!!!

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  2. Gostava que este artista me explicasse porque os erros afetam sempre os mesmos. Podiam ter “errado” e assinalado penalty em Faro, podiam ter errado e ver o penalty sobre o Coates, deviam ter errado e nao anular um golo limpo do paços contra o fcp, queremos mais exemplos? Arranja-se sempre os “erros” a favor dos mesmos...

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