domingo, 10 de janeiro de 2021

Completamente fascinados!!!...


«Cinco horas de viagem e metade com o avião parado na pista em Porto Santo, uma tentativa falhada de aterragem no Funchal, chegada turbulenta, comportamento da Liga considerado inaceitável, jantar à hora da ceia, aquecimento debaixo de uma tempestade, adiamento mais do que previsível após 30 minutos de espera inútil, dois dias sem treinos e, por fim, o futebol possível na ‘calmaria’ da depressão ‘Filomena’, com água nos pés e lama até à cabeça!

O jogo do Sporting com o Nacional durou três dias, entre quarta e sexta-feira, mas terminou de acordo com o plano de Rúben Amorim: uma vitória, três pontos e… pensamento já nos senhores que se seguem – no caso, o Marítimo. Se as circunstâncias anormais que rodearam a visita dos leões à Choupana reforçaram os níveis de motivação, para o treinador do Sporting o segredo foi “o mesmo de todos os jogos, a união, o carácter e a atitude dos jogadores”. “Não tenho palavras para a atitude deles”, elogiou Amorim, em conferência de imprensa, orgulhoso “por ser o treinador” do grupo. O sentimento é recíproco…

“Até à morte”

O impacto de Amorim no plantel do Sporting foi quase imediato, desde a sua chegada, em Março, consolidou-se no início desta temporada, perante as adversidades da Covid-19 e do afastamento da Liga Europa, mas nas últimas semanas saltou decididamente para um novo patamar. Embora isso se deva sobretudo ao treino diário, à forma como gere o grupo e à capacidade de liderança que lhe é reconhecida, a revolta que se seguiu ao empate em Famalicão contribuiu grandemente para blindar a união dos jogadores em torno do técnico, e vice-versa. “Onde vai um, vão todos”, disse então Amorim. E hoje o inverso também se aplica: onde Amorim vai, vão todos.

Dito de outra maneira, o balneário está rendido à voz de comando do seu treinador. O que explica, em parte, a resposta na Madeira. E explica ainda o porquê de, ao dia de hoje, Amorim ter todos os jogadores do seu lado, até aqueles que jogam menos, dispostos a sacrificar-se por si e pela equipa, como aconteceu na Choupana. O abraço de Jovane Cabral ao treinador, após marcar o segundo golo dos leões na Madeira, é sintomático desta realidade. O avançado tem sido afectado por lesões e perdeu a titularidade, mas fez questão de dedicar aquele momento a Amorim. “Têm um grupo fantástico. Os jogadores estão com ele até à morte”, garantem a Record fontes próximas da equipa.

Da mensagem aos parabéns no balneário

Segundo Record apurou, a mensagem de Amorim antes do jogo procurou potenciar toda a envolvência do adiamento de quinta-feira, quando ficara a sensação de que o Sporting resistia a ir a jogo: o técnico pediu ao grupo que demonstrasse que conseguia ganhar em qualquer campo e em quaisquer condições. No final, porém, até Amorim ficou surpreendido com a resposta. O treinador agradeceu o empenho de todos e transmitiu exactamente aquilo que disse na conferência de imprensa: ficou rendido ao carácter dos jogadores, admitiu que a equipa fez mais do que lhe foi pedido e constatou um enorme compromisso colectivo. Frederico Varandas também esteve no balneário, com Hugo Viana. A estrutura deu os parabéns aos jogadores pela vitória.

Sem amuos

A disponibilidade de todos para ajudar tem feito a diferença desde que o calendário começou a apertar, em Dezembro. Amorim não tem ninguém amuado a trabalhar consigo, os jogadores sentem-se envolvidos nos mesmos objectivos, sendo mais ou menos utilizados, e todos partilham de um forte espírito de conquista, corporizado no 1º lugar da Liga. E, afinal, foi mesmo esse o ‘combustível’ da épica vitória na Madeira.

Rivais também 'espicaçaram'

O Sporting não assume a candidatura ao título mas não esconde, jornada após jornada, que quer manter o 1º lugar da Liga. Ora, um dos factores de motivação para o balneário, sabe Record, foi precisamente o facto de a equipa saber que ia jogar no mesmo dia e antes dos rivais. O compromisso foi... colocar a pressão do lado contrário. Ou seja, era sair da Choupana com uma vitória ou com... os três pontos! Adaptando o jogo às condições do relvado, com muita raça e luta.

Encarar sempre da mesma forma

Rúben Amorim não se cansa de dizer que encara um jogo de cada vez, e não o faz por mera conveniência ou para afastar a pressão. É mesmo essa a maneira de estar do técnico, e é isso precisamente aquilo que transmite à equipa: um desafio de cada vez; quando acaba um, só o seguinte importa; e todos, com mais ou menos dificuldades, são considerados iguais e preparados para ganhar. Uma fórmula tão simples como eficaz. E que conquistou os jogadores.»

Como sportinguista, sinto-me hoje, talvez, com o fantástico percurso dos "leões de Rúben Amorim", como em 1967 me terei sentido quando confrontado com uma das melhores obras de The Beatles, quiçá percursora do que mais tarde haveria de ser classificado como "rock psicadélico": Strawberry Fields For Ever!...


Rúben Amorim, quiçá com um talento que poderá adregar de poder vir a pedir meças ao grande John Lennon, embora em arte completamente diferente, estará a caminho de nos deixar a todos, sportinguistas... 

Completamente fascinados!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. Se de inicio critiquei o preço que se pagou hoje dou como bem empregue ao ponto de pedir a renovação. O Sporting precisava disto, nos socios/adeptos tambem, um abanao, uma lufada de ar fresco, nao só um discurso mas verdadeiras açoes de uniao e humildade. Tivemos que nos reinventar e RA consegui faze-lo e tenho esperança de quando esta pendemia acabar e voltarmos a alguma normalidade o Sporting como que tenha renascido mais forte, mais unido, mais solido e com uma cultura de exigencia onde o esforço, a dedicação e a devoçao façam parte do dia a dia do clube para atingirmos a gloria que ha muito merecemos. SL

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