quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Os adeptos Sportinguistas subscrevem!!!...


Três pontos e o mercado a separá-los

«Quando os dirigentes encontram o treinador certo, se unem à volta de um projecto e aceitam ideia futebolística respeitadora do passado e capaz de alimentar o futuro, é legítimo presumir que a solidez do compromisso não depende só de resultados imediatos. Benfica e Sporting, nas figuras de Rui Costa e Frederico Varandas, escolheram Roger Schmidt e Rúben Amorim para inverterem ciclos negativos, por escassez de títulos e rumo perdido. Ambos já foram campeões, andaram em ombros e conheceram o reverso da aclamação, ouvindo a descer o antónimo das glorificações que receberam na escalada até ao topo da consideração. O segredo é estar preparado para lidar com situações extremadas e surpreendentes.

No dia em que conquistou o título como treinador do Real Madrid (1994/95), Jorge Valdano festejou no Bernabéu mas não integrou a celebração na Praça Cibeles. Foi para casa, em reflexão, entregue a um raciocínio simples mas complexo: o clima era de euforia, o clube convencera-o a ficar, as expectativas eram elevadas, mas ele sabia que o momento era irrepetível. Aproveitara as últimas gotas de talento da Quinta do Buitre, fenómeno geracional composto por Butragueño, Michel, Martín Vásquez e Sanchis, todos com mais de 30 anos; o clube estava sem dinheiro e ele, que aceitara ficar, estava ciente da condenação a uma derrota anunciada.

Roger Schmidt construiu equipa que foi vendaval em Portugal e brisa de ar fresco na Europa. O alemão trouxe ideias claras, assente na convicção de que o futebol vive do treino como ensaio para o momento sagrado que é o jogo. Nesse processo a equipa aplicou a aprendizagem de um trabalho colectivo, orientado para ganhar, sim, mas alimentado também pelo objectivo da casa cheia, do respeito pela história e da sensibilidade popular. O sucesso foi tão expressivo que, por números, estética e emoções, a comparação imediata foi com o mais importante e amado treinador encarnado nos últimos 50 anos: Sven-Goran Eriksson. Era difícil repetir o impacto, mas poucos podiam prever a contestação e os lenços brancos.

Ao fim de 19 anos de jejum em Alvalade, Rúben Amorim nem precisava de tanto para ser reconhecido: bastava-lhe ganhar. Não se ficou por aí: estimulou a solidariedade e mesclou-a com forte competição interna, dando à ideia a força de projecto futebolístico sustentado num conceito táctico, técnico e físico, que os jogadores entenderam, aceitaram e diversificaram com a sua própria criatividade. O Sporting tornou-se uma equipa na qual todos têm funções claras e a surpresa não faz sentido; uma comunidade em que a regra é dar a cara, assumir responsabilidades e não brincar às escondidas; um colectivo tão oleado que, em dia bom, pode triturar os adversários, à custa de um jogo combinado eficaz, com lógica conceptual abrangente, impulsionada pela perfeição funcional de cada sector.

A diferença é de expectativa, entre a desilusão benfiquista de ter perdido a eloquência da época passada e a emoção leonina de reverter o golpe que constituiu o desastre do quarto lugar e do afastamento da Champions. O país vai parar de olho no dérbi eterno, com equipas consolidadas e treinadores campeões. É cedo para conclusões definitivas mas o ascendente verde e branco (mais três pontos) é validado pelo mercado, arma que serve para fortalecer corpos já constituídos mas também pode danificá-los com recurso incoerente ou mesmo excessivo. Por enquanto, Gyökeres, sozinho, vale mais do que todas as aquisições encarnadas juntas, Di María à parte – Kökçü, Arthur Cabral, Jurásek, Trubin, Bernat... Uma realidade que impulsiona a convicção de que, por ora, o Sporting é a melhor equipa da Liga. E favorita para o dérbi. Mesmo na Luz...»

É a convicção de um especialista!...

Os adeptos Sportinguistas subscrevem!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

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