sábado, 28 de outubro de 2023

Não há Sol na eira com chuva no nabal!!!...


«Numa deslocação que se revelou difícil devido às condicionantes do jogo, a começar logo pela expulsão madrugadora de Gyökeres, o Sporting tentou a todo o custo manter a vantagem mínima (1-0) sobre o Raków, só que viu um pormenor deitar tudo por água abaixo. É que os leões sofreram o golo do empate na sequência... de uma bola parada ofensiva a seu favor, cenário pouco comum na realidade dos verdes e brancos e que foi alvo de análise por parte de Amorim.

"Sofremos um golo num livre ofensivo que não pode acontecer. Queríamos virar a bola para o Geny para depois cruzar para o Seba. A bola não chegou lá e houve uma pequena confusão. Mas temos as bolas paradas bem trabalhadas. Até dava para falar português", explicou o técnico de 38 anos, ainda a quente, no final do empate com sabor amargo para os leões na Polónia. A verdade é que, feitas as contas, bastou precisamente meio minuto para que o cenário piorasse para a formação de Alvalade, uma vez que, desde o momento em que Morita cobrou o livre até ao golo do Raków, distaram apenas... 30 segundos.

Um cenário algo raro, até porque, num momento trabalhado especificamente pelos adjuntos Carlos Fernandes e Adélio Cândido, os jogadores do Sporting costumam ter os lances de bola parada planeados até à exaustão. Desta feita, em solo polaco, até o facto de o habitual batedor destes lances, neste caso Pote, estar de fora, no banco, complicou a situação. Além disso, Amorim tem reiterado ao longo desta época que vê a coesão defensiva como um aspecto vital para a equipa melhorar, só que, ao longo de 2023/24, têm sido dados alguns tiros nos pé, por acções infantis.

Porta trancada é miragem

A defesa é um dos sectores no qual Amorim tem promovido menos mexidas entre os jogos realizados em várias frentes. Ainda assim, a verdade é que os leões demonstram recentemente alguma incapacidade em impedir golos dos adversários. Veja-se que, nesse aspecto, o Sporting soma 5 partidas consecutivas a conceder golos e, quando falamos de encontros na condição de visitante em toda a época de 2023/24, o clube de Alvalade sofreu sempre.

Além disso, num total de 12 encontros realizados na presente temporada, o Sporting ainda não foi capaz de registar dois jogos seguidos sem conceder golos aos rivais, um cenário que também preocupa o treinador de 38 anos. Tendo isso em conta, Amorim exige que os seus jogadores coloquem ‘trancas na baliza’, a começar já pela visita que se avizinha ao Boavista, num terreno tradicionalmente difícil. Tal repercute-se na actual média de golos sofridos por jogo (1), a mais alta na era do Rúben (épocas completas), que registou 0,67 em 2020/21, 0,92 em 2021/22 e 0,96 em 2022/23.

Bolas paradas têm sido pecado

Na presente época, a equipa leonina tem tido algumas desatenções em zonas do terreno que têm originado livres fatais. Diante de Sp. Braga sofreram golo de bola parada por Álvaro Djaló, situação que se repetiu contra o Farense, com Matheus Oliveira a bisar.

CURIOSIDADES

QUESTÃO DE ‘MIOLO’. No início da época, o Sporting entrou com duas vitórias sobre Vizela e Casa Pia, todavia sofreu 3 golos nesses 2 jogos, com 2 deles a surgirem quase a papel químico, devido a erros de marcação no meio-campo. Um dado na altura analisado por Amorim. "Os golos sofridos não têm só a ver com a defesa. Vemos jogos do passado, repetimos rotinas e na primeira época o Palhinha permitia outra forma de parar transições. Sentimos essa diferença. O Morita é um jogador completamente diferente", referiu o técnico, ainda em Agosto, em vésperas de receber Hjulmand, vindo do Lecce.

LIVRES DIRECTOS FATAIS. Noutra perspectiva, dos 12 golos sofridos em três provas esta época, o Sporting acabou por conceder três deles através de bolas paradas em zonas perigosas. Se recuarmos ao empate (1-1) com o Sp. Braga, Daniel Bragança cometeu uma falta junto à área que se revelou fatal, já que Álvaro Djaló atirou a contar para a igualdade; na visita ao Farense, o Sporting triunfou por 3-2, mas ainda passou por sobressaltos, na sequência de um bis de Mattheus Oliveira conseguido precisamente por via de dois livres de sucesso, originados por faltas de Hjulmand, na 1ª parte, e de Nuno Santos, na 2ª (essa um pé em riste).

TRIO HABITUAL. Esta temporada, Amorim não tem alterado muito o trio defensivo dos leões, ao ponto de ter repetido esse tridente do eixo em 10 dos 12 encontros realizados. Neste caso, Diomande, Coates e Gonçalo Inácio formaram a linha titular em quase todos os duelos, excluindo-se apenas os encontros frente a Atalanta, onde actuou Matheus Reis, e O. Moscavide, com o brasileiro, Neto e St. Juste nas opções. De início, falta Quaresma.»
Por Filipe Balreira

"Erros infantis e evitáveis preocupam Amorim" e preocupam todos os adeptos Sportinguistas. De facto, várias prestações de uma equipa que possui valores e talento para estar,  folgadamente, na liderança, tanto da nossa Liga, quanto da própria Liga Europa, vai suando as estopinhas para manter "o pontinho" que lhe garante, por enquanto, o primeiro lugar por cá e segue, perigosamente, em segundo lugar e "ex aequo", na competição europeia, já a uma distância que poderá revelar-se comprometedora para alcançar o primeiro lugar tão desejado pelo seu treinador e mais ainda pelos seus adeptos!...

Não há Sol na eira com chuva no nabal!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

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