quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Mais logo saberemos!...


Bullying táctico

«Foi a lesão de Wendel que acordou Sérgio Conceição para o génio de uma decisão. Depois, despertou toda a equipa. A chave foi a entrada forçada de Evanilson, num golpe de mestria do seu técnico, que aproveitou uma lesão – mais uma de Wendel, um bom jogador que parece feito de cristal – para mexer em toda a dinâmica da equipa. Até esse momento, o FC Porto estava uma equipa banal. Parecia do mesmo nível do seu sofrível adversário de ontem. O FC Porto da primeira parte poderia juntar-se ao seu rival Benfica na fria sombra do que é exigível aos grandes de Portugal. Mas, com Evanilson em campo, a equipa soltou-se e Taremi mostrou mais uma vez a sua classe ímpar. Sobre o seu parceiro brasileiro recaiu o brilho dos golos, mas foi Taremi quem abriu a porta da sala de baile.

Roídos de inveja terão ficado os benfiquistas, que sofreram mais uma desilusão com a sua equipa e, principalmente, com o seu treinador. Por onde anda o raciocínio simples de Schmidt, que ofereceu as maravilhas da época passada? O alemão está desastrado nas decisões técnicas e no discurso. Na véspera de um jogo da Liga dos Campeões vir dizer que os jogos mais importantes da época são com o FC Porto, para poder lembrar que já venceu dois, não lembra ao mais desastrado dos treinadores. Chama a isso humor?

A equipa não está unida, não pressiona junta. Os jogadores olham uns para os outros como se duvidassem do esforço colectivo. Será muito difícil dar a volta a esta situação onde os maiores investimentos do plantel não rendem juros, os jovens não têm os minutos que parecem merecer e alguns dos consagrados perdem todos os lances de contacto. João Mário está uma caricatura do jogador que resolvia problemas na época passada. Rafa não explode, embora se esforce muito, talvez demasiado, em terrenos onde não faz a diferença. No meio deste turbilhão caótico, o generoso Aursnes está a ser alvo de práticas próximas do bullying táctico.

Nesta área de tortura posicional por capricho do técnico, junto com Aursnes vem Pedro Gonçalves, que hoje entrará em campo vá lá saber-se em que posição. O Sporting precisa que Rúben Amorim estabilize o seu jogador mais solidamente talentoso em áreas próximas da baliza. O esforço a defender, em especial na ala esquerda, está a retirar a Pedro Gonçalves o seu dom mais raro: a relação com a baliza, para fazer golos ou assistir colegas.

Uma nota positiva para o Sp. de Braga: a equipa bateu-se com galhardia frente ao Real Madrid, emblema muito mais poderoso do que a outra Real que banalizou o Benfica.»

Mais logo saberemos!...

Leoninamente,
Até à próxima

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