Perigeu e apogeu
«Acuña
Já perdi a conta e a paciência aos excessos disciplinares do Marcos Acuña. No jogo contra o Santa Clara, resolveu pedir satisfações ao seu adversário, depois de uma falta ligeira por ele cometida, e, claro, o árbitro, como todos, particularmente atento às faltas dos jogadores do Sporting, exibiu-lhe o amarelo. A situação era completamente evitável. Com mais este cartão, Acuña falha o jogo contra o FC Porto.
Não está em causa a qualidade e o empenho do Acuña, outrossim a sua estabilidade emocional, coisa que um profissional de futebol tem de saber controlar, e ele, claramente, não sabe, com prejuízo da equipa e de quem lhe paga.
Há dois anos, em Alvalade, o Sporting perdeu para a Liga Europa contra um acessível Villarreal por causa de um destempero do Acuña. Pensei que depois dessa borrada, que levou à eliminação do seu clube, Acuña tinha decidido amadurecer, mas, infelizmente, esse não é o caso.
Espero que a SAD aplique uma multa gigante ao jogador e que venha alguém que o leve, porque recuso essa tolerância que se tem com jogadores ditos de sangue quente. Tenho pena, mas Acuña não inspira confiança para fazer parte de um projecto ganhador, porque o mal de que padece tem um nome: falta de profissionalismo.
Coates
Tenho, nestas páginas, tecido críticas ao Coates, que acusei de negligente na abordagem de alguns lances, sobranceiro em demasia, faltoso, irregular e com uma funesta tendência para enterrar o clube nos momentos mais cruciais.
O novo esquema táctico de Rúben Amorim , poupando Coates a situações de desarme à queima, permite que ele se movimente como último elemento e compense a sua falta de velocidade com experiência e leitura de jogo.
O resultado é uma metamorfose inesperada de exibições a roçar o imaculado, diminuição substancial de cartões, benefício para o colectivo. Olho de Rúben Amorim mas também mérito do Coates, que soube adaptar-se a preceito.
No que me toca, nada me dá mais prazer do que elogiar um jogador do Sporting, mesmo que isso implique dar a mão à palmatória.»
(Carlos Barbosa da Cruz, O Canto do Morais, in Record, hoje à 01:12)
Por muito que me custe dizê-lo, também eu "já perdi a conta e a paciência aos excessos disciplinares do Marcos Acuña"! E nessa condição, nem me repugna a ideia de que a Sporting SAD lhe aplique desta vez a multa máxima que os regulamentos internos permitam e muito menos "que venha alguém que o leve", porque indepentemente do seu valor como jogador, começo a vê-lo mais como problema do que como solução! Que vá, que desapareça por uma vez, já que terminou, neste sportinguista que sou, a tolerância para ao aturar!...
E "en passant" permitam-me também acrescentar que, tendo em conta a envolvência do jogo de mais logo à noite e a "comprovada ratice" que mora lá para os lados das Antas, será um descanso para o Sporting a ausência de Acuña, na medida em que com ele de fora aumentam quase exponencialmente as possibilidades de terminarmos o jogo com onze!...
Falta só fazem os que jogam e sabem estar!...
Leoninamente,
Até à próxima
Sem comentários:
Enviar um comentário