segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Que eu sei bem o que farei se o "plano de hoje" tiver repetição!...

O regresso da Liga, o período pré-eleitoral no Sporting e (ainda) o clássico em análise.

«1 -- Lisandro López foi o herói do clássico. Merece por isso o estatuto de titular no regresso do campeonato ou Rui Vitória deve manter a dupla Luisão/Lindelöf? E Jardel, passou a ser a quarta opção?

Leonor Pinhão (Benfica) - São todos bons

Na realidade, tanto faz. O Benfica tem quatro defesas-centrais de categoria que se entendem bem independentemente da ‘dupla’ que esteja a funcionar. Este ano, em São Petersburgo, até se viu uma grande exibição de Samaris no eixo da defesa numa solução de recurso extremo. Ou seja, até o alegado quinto defesa-central do Benfica soube responder quando foi chamado. O treinador do Benfica não tem muito com que se preocupar desde que não estejam os cinco lesionados ao mesmo tempo.

Rui Calafate (Sporting) - Problema Luisão

O ano passado o Benfica foi campeão com a dupla que me parece mais sólida: Lindelöf-Jardel. Rui Vitória tem aqui o problema que é impossível de esconder que é Luisão, que pela sua liderança e antiguidade não gostará de estar sentado no banco. Lisandro é um bom central, mas não é indiscutível. É uma dor de cabeça para o treinador, que poderá usar a rotatividade para tentar agradar a todos.

Nuno Encarnação (Porto) - Desviou atenções

Lisandro, ao marcar o golo do empate no Dragão, desviando assim as atenções com esse mesmo resultado a humilhante prestação do Benfica, num encontro entre os grandes do futebol nacional, passou a indispensável naquela defesa. Fez de curandeiro e de feiticeiro num encontro onde o Benfica levou um banho de bola. Como talismã, Lisandro deverá ser sempre o titular de(a) Vitória, juntamente com Lindelöf.

2 -- Bruno de Carvalho faz bem em desafiar a oposição interna ou ainda não é tempo para falar de eleições? Acha que o presidente do Sporting tem motivos para suspeitar de alguma conspiração?

Leonor Pinhão (Benfica) - McDonald’s é que é


Para o calendário eleitoral do presidente fazer sentido falta-lhe o rosto definido de um opositor a quem possa acusar de "terrorismo" e contra quem possa disparar todos os dias. Tudo indica que não vai ter essa dádiva. Quanto à conspiração, sim, existe e tem-se vindo a revelar insolentemente em sons de talheres. Por isso a próxima refeição-comício deverá ser marcada para o McDonald’s da bomba de gasolina do Lumiar que nunca fecha, dá para ir em marcha a pé e nem tem baixela.

Rui Calafate (Sporting) - Há muito a ganhar


As eleições no Sporting são no próximo ano. Ainda faltam alguns meses para falar delas. Julgo que é cedo. Bruno de Carvalho poderá ter outras informações que eu não tenho e está no seu direito de falar do que bem entender. Quanto à oposição, não vejo nenhum rosto nem nenhuma alternativa neste momento a movimentar-se. Por isso, o que importa é continuar a trabalhar, temos muitos títulos, em muitas modalidades, para ganhar este ano.

Nuno Encarnação (Porto) - Estado de hipnose


Bruno de Carvalho tem um dom. Já conseguiu conquistar uma verdadeira oposição externa pela sua postura no futebol nacional. Não ganhando (e já vai para o quarto ano sem ganhar o Campeonato Nacional), vai despertando os sócios para o estado de hipnose que ele próprio os induziu. Com o tempo, não precisará de desafiar a oposição interna, ela já existe e em breve dará a cara.

3 -- O FC Porto assumiu-se como ‘vencedor moral’ do clássico. É uma pequena consolação para quem precisava de ganhar ou uma boa estratégia para manter as expectativas da equipa e dos adeptos?

Leonor Pinhão (Benfica) - Recuar, recuar

É um Porto que recua na sua História festejando "vitórias morais" em prol das necessidades. A última dessas necessidades estratégicas é estabilizar perante os adeptos e a imprensa a figura de Nuno Espírito Santo no seu posto porque o Porto não se pode dar ao luxo de continuar a despedir e a pagar indemnizações a treinadores. Foram, portanto, "brilhantes" os 50% de posse de bola do Porto no clássico. Já os 50% de posse de bola do Benfica foram uma grande miséria. É isto.

Rui Calafate (Sporting) - Porto merecia mais

Vitórias morais não dão títulos e o Porto precisa deles depois deste jejum de três anos. A boa exibição merecia mais e podiam estar agora mais perto do Benfica no campeonato. Nada acabou e a expectativa e ambição no Dragão, com esta equipa jovem, tem de ser mantida com a comunicação. É um discurso motivacional para não baixar a guarda e manter a ilusão contra alguma desconfiança.

Nuno Encarnação (Porto) - Não ir em cantigas

Se ao Porto atribuirem a vitória moral, então ao árbitro devemos atribuir a vitória material (por não assinalar três penálties a favor dos dragões) e ao Benfica a vitória casual. O Porto foi demolidor, veloz e sempre com a baliza adversária na mira. Os adeptos do Porto sabem ver futebol, não precisam de doutas opiniões como por exemplo as que li de antigos árbitros a dissimularem as faltas existentes na área do Benfica. Os adeptos no Dragão jamais irão em cantigas!»
(Bancada de Sócios, in Record)

Tinha que acontecer! Era difícil o Record continuar a produzir uma rubrica agradável e equilibrada, que sabia partir de questões inteligentes e deixava que os paineleiros colocassem o tempero, cada um à sua maneira, sem ser capaz de resistir à tentação de "meter o bedelho" e, dar umas pinceladas da cor preferida lá na casa! Está-lhes no sangue e talvez não haja nada a fazer!...

Que eu sei bem o que farei se o "plano de hoje" tiver repetição!...

Leoninamente,
Até sempre, Sporting Sempre!...

Sem comentários:

Enviar um comentário