terça-feira, 8 de novembro de 2016

Por exemplo ele, sempre que defronta os benfas!...


O CLÁSSICO DO DRAGÃO E A AUSÊNCIA DE MARKOVIC NO SPORTING

«1. O resultado do clássico permite considerar, daqui em diante, o Benfica como principal candidato ao título ou ainda é demasiado cedo para isso?

Leonor Pinhão: «Pequeno avanço»

O resultado do último clássico a única coisa que permite ao Benfica é chegar a esta pausa do campeonato com um avanço de 5 pontos sobre os segundos classificados. E isso não é nada. Se, dispondo deste pequeno avanço, faltassem 2 jornadas para o fim da prova o Benfica seria, aí assim, o principal candidato ao título. Como faltam 24 jornadas, qualquer tentativa de considerar a candidatura do Benfica como mais apresentável do que a dos adversários é apenas vontade de agourar. 

Rui Calafate: «Vitória sabe que é cedo»
‘Candeia que vai à frente alumia duas vezes’, diz o ditado popular. É importante esta vantagem, mas julgo que é cedo e Rui Vitória também o acha quando ontem referiu que não há campeões na décima jornada. O ano passado o Sporting tinha uma vantagem superior e, infelizmente, não foi campeão. Nesta época, digo-o desde o início, os 3 grandes vão perder muitos pontos e não podem esquecer que Braga e Vitória de Guimarães estão a morder os calcanhares. 

Nuno Encarnação: «Benfica banalizado»

O Benfica foi verdadeiramente banalizado no Dragão. Sentiu medo, não teve soluções de jogo ao longo dos 90 minutos e foi demasiado vulgar para ser o herdeiro natural do campeonato nacional da época passada. Esta equipa de Rui Vitória só foi ‘Benfica’ porque vestiu de vermelho. Vitória tem uma ‘manta’ grande mas um futebol demasiado curto.

2. Jesus deixou Markovic fora dos convocados para o jogo com o Arouca, que marcou o regresso da equipa às vitórias. O sérvio está a perder terreno?

Leonor Pinhão: «Valorização em curso»
Enquanto Markovic não fizer três hat tricks os adeptos do Sporting não conseguem olhar para o sérvio sem o ver equipado à Benfica. Não foi para isto que voltou a Lisboa. O Liverpool emprestou Markovic ao Sporting na esperança de o ver valorizado. Só assim poderão os ingleses recuperar um bocadinho do forte investimento feito quando o compraram ao Benfica. Jesus deixou-o de fora contra o Arouca para o poupar aos assobios das bancadas que só desvalorizam o jogador. 

Rui Calafate: «Não é titular»
O Sporting ganhou bem e justamente ao Arouca. Não foi de encher o olho, mas trouxe uma nova tranquilidade à equipa e reconstruiu-se uma relação de confiança e empatia com as bancadas. Os que jogaram foram aplaudidos, os outros, fazem parte do grupo e têm de dar o máximo quando forem chamados. Markovic não tem sido muito feliz, é uma opção para Jorge Jesus. Não é titular neste Sporting.

Nuno Encarnação: «Cabeça não acompanha»
Já se percebeu que este não é o Markovic que espalhou magia na Luz quando era pupilo de Jesus do outro lado da Segunda Circular. Markovic tem talento e magia em si, mas quando ‘a cabeça’ não acompanha estas qualidades, transforma-se num jogador assim. Se este jogador não tem lugar contra ‘um’ Arouca e só é determinante contra ‘um’ Famalicão, está tudo dito.

3. Que razão encontra para o facto de o Porto ter tido o Benfica quase ‘encostado às cordas’ e ter permitido o empate aos 90’+2? Há culpados?

Leonor Pinhão: «Culpa do Eliseu»
A culpa foi do Eliseu não se mexer. Quando Herrera, para ganhar um pontapé de baliza, quis pontapear a bola contra o corpo do nosso vetusto lateral-esquerdo estava a contar com uma movimentação lógica do grande Eliseu que, como só ele sabe, ficou imperialmente estático enganando o infeliz jogador mexicano. Do resultante pontapé de canto não intencional resultou o golo do Benfica, com culpas para o árbitro que deveria ter julgado a não intenção de Herrera no lance fatal. 

Rui Calafate: «Golpe cruel»
O Porto foi muito superior ao Benfica. Merecia ganhar claramente pelo muito que produziu. Houve talento à solta e muitas oportunidades desperdiçadas. O golpe cruel do minuto 92 premiou uma equipa que, como aqui escrevi na semana passada, jogou na expectativa, tranquila com o avanço que tinha na tabela. Numa equipa, todos ganham e todos perdem, culpados só no tribunal. Mas nunca mais digam que o Porto pede 30 milhões pelo Herrera. 

Nuno Encarnação: «Herrera sem perdão»
Quando o melhor jogador em campo (quanto a mim), foi o guarda-redes do Benfica, está tudo dito. O Benfica não ‘viu’ baliza, porque nem teve tempo para a ver tal era o caudal ofensivo e a pressão do Porto. Que grande Porto. Um Porto com garra, fresco, com velocidade e pressão contrastou com um Benfica apático com medo de jogar no Dragão. Errar é humano, mas perdoar a Herrera não!»
(Bancada de Sócios, in Record)

Vai ganhando raizes este interessante rubrica do jornal Record. A Leonor da porta 18 continua em grande: como diria o "gume da selva" continua "maior que Portugal" e a gente ri-se. Então quando aprecia o lance do Herrera, não pude evitar, rebolei-me...

Rui Calafate, como já nos habituou, na sua imagem de marca: equilibrado, racional, conhecedor e indiferente aos foguetes de estouro e lágrimas dos seus companheiros de painel.

Nuno Encarnação, coitado, como se fosse o Herrera o culpado do fracasso. O pobre do mexicano fez aquilo que milhares de companheiros de profissão fazem todos os dias nos relvados. Desta vez teve azar, mas o fracasso do Porto e a salvação do Vitória foram obra do "cagaço" do Espírito Santo. O Lito Vidigal é que tem razão: há treinadores que se "acagaçam"!...

Por exemplo ele, sempre que defronta os benfas!...

Leoninamente,
Até sempre, Sporting Sempre!...

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