«- Sabes tu Gonçalo Nunes de quem é este castelo que entreguei à tua guarda?!...
- Pois se sabes, cumpre o teu dever, alcaide do castelo de Faria! Maldito por mim, sepultado sejas tu no inferno, na hora em que os que me cercam entrarem nesse castelo sem tropeçarem no teu cadáver!...»
(in Agenda de Barcelos)
Sabes tu António Magalhães o que significa a VENDA NOS OLHOS de Themis?!...
Acredito que saibas que os artistas alemães que no séc. XVI a criaram, terão pretendido que simbolizasse a imparcialidade da Justiça que não vê lados, mas o que é justo. Por isso nos habituámos a ouvir que ela, a Justiça, para ser justa, terá de ser... cega!...
E acredito também que para escreveres a tua crónica de hoje, julgarás que José Manuel Meirim é cego!...
Talvez porque o meu julgamento acerca do senhor presidente do CD da FPF seja diferente do teu - julgo que o homem será um bocadinho zanago! -, aconselhava-te a teres um gesto de "cortesia" para com ele: está na moda, que quem dita a moda cá pelo pântano é o Benfica, como o demonstrou o "caso dos vouchers"!...
Haverá por aí nas casas da especialidade, uma panóplia de estatuetas de Themis semelhantes à que a imagem acima mostra. Com venda, claro... Pois compra uma e oferece-a ao teu amigo Meirim para que ele a coloque na secretária do seu gabinete. Quem sabe se o homem não será recuperável?!...
E de caminho fala-lhe na venda!...
Leoninamente,
Até sempre, Sporting Sempre!...
Témis e a sua filha Dice eram as deusas associadas à justiça no panteão da Antiga Grécia. Depois os romanos mudaram-lhe o nome para Iusticia. A venda nos olhos era para que os juízes não se deixassem contaminar pelas aparências transmitidas pela visão. Kant reforça esse aparente poder da visão, quando diz que os estímulos percepcionados pelos sentidos não passam de cópias das ideias, e que as verdadeiras ideias, as essências, são percepcionadas pelo entendimento, ou seja, pelo o intelecto. Tenho sérias dúvidas sobre o poder do intelecto dos decisores do futebol cá do burgo.
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