quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Pôr o dedo na ferida e chamar os bois pelos nomes?!...


A VITALIDADE DO ATLETISMO

«Desde há muitos anos que o atletismo é a modalidade que na missão portuguesa está representada pelo maior número de atletas nos Jogos Olímpicos. É um sinal de vitalidade, de consistência e de renovação de valores. Mesmo que nos últimos tempos o nível tenha baixado, o atletismo continua a manter a chama acesa, agora com a agradável surpresa de haver uma representação mais agradável nas disciplinas técnicas quando no passado era o meio-fundo e fundo a dar imensas alegrias.

Essa consistência de resultados deveu-se a uma série de razões e as principais têm a ver com a aposta do Sporting e Benfica, garantindo condições financeiras ímpares aos melhores atletas. A profissionalização passou a estar na ordem do dia com verbas bastante interessantes para quem tem marcas de nível europeu e mundial.

O que aconteceu este ano no período reservado às transferências já era um pouco esperado em função do efeito mediático que Benfica e Sporting quiseram dar aos seus projectos olímpicos, acabando por ser a ida de Nelson Évora da Luz para Alvalade o assunto do dia.

A vitalidade de uma modalidade também se avalia pelo seu peso institucional e pela dimensão das suas figuras. O lado bom desta polémica é que, a partir de agora, os dirigentes do atletismo têm de entender uma coisa: a lei do mercado é muito forte e há que saber trabalhar um novo produto. Com regras e definição muito clara das responsabilidades, tanto da parte dos clubes como dos atletas. Nada será como dantes. E com contratos de 4 anos é preciso ter sensibilidade e bom senso.»
(Norberto Santos, Primeira Barreira, in Record)


Apreciaria que Norberto Santos tivesse ido mais longe do que clamar por... "sensibilidade e bom senso". É que é muito fácil dizer que a partir de agora "nada será como dantes", quando o grande "busilis" do atletismo nacional do momento, será algum dirigismo continuar a persistir em que tudo continue como dantes, arvorando-se esses dirigentes ao direito de os clubes que representam prorrogarem unilateralmente os contratos contra a vontade dos atletas.

Gostava de perguntar a Norberto Santos, porque evidencia tamanho receio e tão grande dificuldade em...

Pôr o dedo na ferida e chamar os bois pelos nomes?!...

Leoninamente,
Até sempre, Sporting Sempre!...

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