quinta-feira, 28 de maio de 2020

E continua a ser obrigatório o uso de máscara?!...


O defunto Proença

«Os sinos dobram por Pedro Proença. Ele até pode dizer que fica enquanto os clubes quiserem ou relembrar que teve 96 por cento de votos há um ano, porém, o evidente é que não tem quaisquer condições pessoais nem políticas para liderar a Liga. Neste momento é um verbo de encher, que conta pouco ou nada e o papel a que se submeteu de aceitar à última hora ir a São Bento, a uma reunião para a qual não estava convidado, como o lacaio que acompanha os grandes senhores apenas porque tiveram pena dele, explica que não é um homem de poder.

Ontem, o Record noticiava: "Gomes em manobra de resgate", dando conta que é o líder federativo que está a tentar negociar a melhor solução para os clubes junto da NOS, Altice e Olivedesportos, tarefa que competiria à Liga. Ora, para lá disto ser o último tiro, já antes Marcelo Rebelo de Sousa lhe tinha pregado uma bofetada sem luva ao dar nota que nem tinha lido a carta que o ex-árbitro lhe tinha enviado, e do qual é totalmente responsável, sem ter dito nada nem aos clubes que tutela nem aos parceiros das operadoras televisivas vitais para um negócio que, como é claro, seria insolvente sem a ajuda dos seus milhões.

Proença é um homem educado e simpático (sou testemunha disso) e certamente bem intencionado, no entanto, era um erro de ‘casting’ previsível como o disse na altura. Neste futebol português onde todos cordialmente se odeiam, pois é de veneno e desprezo o sangue que corre nas veias do dirigismo nacional, confesso que sorri com as menções de José Couceiro (que semeia o terreno para suceder a Fernando Gomes) e a Luis Duque (como é que um homem que anda há 30 anos nisto pode mudar o que quer que seja?) para a liderança da Liga. E penso como esta gente não percebe nada do dia depois de amanhã.

Comentadores que enchem a boca com a Premier League já olharam para os seus líderes? Os leitores acham que algum, Richard Masters (o seu CEO), Claudia Arney (interina), Gary Hoffman (líder actual), veio do cheiro do balneário, da ‘clubite aguda’ ou era artista do apito? Não. Vieram do ‘broadcasting’, da comunicação, do digital, da banca, nenhum trouxe os vícios do jogo e dos bastidores sujos do mesmo. Para lá do modelo de governação da Liga que urge repensar, é tempo de mudar a estratégia e pessoas. Se isso não acontecer, não é apenas Proença o defunto anunciado, mas também esse enorme embuste chamado futebol português.

PS: Com a excepção de uma quezília de redes sociais sem qualquer sentido que envolveu Poiares Maduro e Pedro Azevedo, pessoas de bem e intelectualmente honestas, foi magnífica a troca de ideias e visões expressas por diferentes sportinguistas. Da minha parte fui assertivo: Presidencialismo com competências com a maioria da SAD nas mãos do Sporting e dos seus sócios. Quanto a alterações estatutárias como assembleias delegadas, segunda volta eleitoral e i-voting sou totalmente contra e explicarei em breve os meus motivos.»
* Texto escrito com a antiga ortografia
(Rui Calafate, Factor Racional, in Record, hoje às 15:59)

Mas este novo "desconfinamento" já autoriza funerais com acompanhantes, flores e até banda de música?!...

E continua a ser obrigatório o uso de máscara?!...

Leoninamente,
Até à próxima

2 comentários:

  1. > O papel a que se submeteu de aceitar à última hora ir a São Bento, a uma reunião para a qual não estava convidado.

    Se aceitou ir, é porque estava convidado.
    Cheira a artigo encomendado por alguma operadora que não quer perder o dinheirinho das assinaturas, se os jogos forem, como sempre deveriam ser, em sinal aberto.

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    1. ...ou foi convidado quando tudo já estava marcado, ou seja, foi... "repescado"!

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