O galinho
«É um sinal de inteligência e maturidade que Sporting e Sp. Braga tenham conseguido chegar a um acordo, relativo ao pagamento da indemnização por cessação do contrato de trabalho de Rúben Amorim.
Parece que se conseguiu acomodar, no entendimento, o essencial das pretensões de ambas as partes, o Sp. Braga de não abdicar das verbas a que contratualmente tinha direito e o Sporting em ter mais tempo para as pagar.
Da mesma forma que me regozijo com o encerrar deste contencioso, não posso deixar de lamentar o desnecessário circo mediático que o Sp. Braga montou a propósito deste tema.
Em primeiro lugar, quando recusou renegociar as condições existentes, face à drástica redução de ingressos e à incerteza dos tempos futuros, decorrente do surto de Covid-19. Intolerância, para mais em tempos de crise, é sempre lamentável. O Sporting conseguiu negociar com todos aqueles a quem devia e os que lhe estavam a dever, só com o Sp. Braga é que não foi possível!
Em segundo lugar, a campanha de vitimização pública desencadeada pelo Sp. Braga, que chegou aos limites da intoxicação informativa, acusando o Sporting de prevaricação sistemática, esquecendo o período de exceção que se vive. Foi uma ação claramente ‘ad odium’, trazendo para a praça pública aquilo que outros, mais sensatos, resolveram sem este estardalhaço.
O Sporting nunca disse que não pagava, outros sim que, face às novas e imprevisíveis condições, precisava de mais prazo para pagar; pena foi que tanta e desnecessária louça se tenha partido pelo caminho.
O presidente do Sp. Braga tem dois problemas, um com o Benfica e outro com o Sporting. Com o Benfica de complacência, com o Sporting de perseguição.
O Sp. Braga quer-se equiparar aos grandes e é respeitável essa ambição, como todas. Porém, para aspirar a essa grandeza, há que saber ter dimensão e comportar-se como tal; neste particular, tem ainda muito tirocínio pela frente, como os factos o demonstram.
Em Barcelos mora o galo, um dos símbolos mais queridos de Portugal. Em Braga, bem perto, mora um galinho.»
(Carlos Barbosa da Cruz, O Canto do Morais, in Record, hoje às 00:32)
Que nenhum sportinguista se deixe cair no erro de descontextualizar a utilização por Carlos Barbosa da Cruz da palavra "galinho" e entendê-la como um diminutivo de galo. Este "galinho" nunca deixará de ser...
Um mero consorte - ou com azar! - das "galinhas"!...
Leoninamente,
Até à próxima
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