Os deuses são surdos a preces nascidas da inveja e orientadas em prol do mal alheio!...

UM CLÁSSICO DEFINE SEMPRE ALGUMA COISA

«Os números dizem de forma cristalina que Alvalade se tornou num pequeno inferno para o Porto. A última vitória em casa do Sporting já é coisa antiga: 5 de outubro de 2008. Passaram 2.645 dias, mais de 7 anos, desde a noite em que os golos de Lisandro e Bruno Alves permitiram aos dragões regressar a casa com os 3 pontos. Se nos lembrarmos que, nessa época, Jorge Jesus ainda treinava o Sp. Braga e que Julen Lopetegui era o responsável pelo Real Madrid B, talvez se perceba melhor como estamos a falar de uma realidade distante.

Durante as 6 épocas em que Jesus treinou o Benfica nunca o Porto conseguiu ganhar em Alvalade. Venceu em todos os estádios, menos em Alvalade! Não o fez nem com Jesualdo Ferreira, nem com André Villas-Boas, nem com Vítor Pereira, nem com Luís Castro, nem com Lopetegui. Poderá haver alguma razão objectiva para a casa dos leões se ter transformado neste enorme problema para os azuis e brancos? Sem tirar mérito ao que o Sporting fez nesses jogos, como explicar que nos últimos 18 pontos disputados entre si o FC Porto tenha ficado com apenas 4? O clássico desta noite nunca será decisivo para a história do campeonato, mas servirá sempre para definir qualquer coisa. Logo veremos o quê.

Lopetegui, que chega a esta 15.ª jornada com muito ruído à volta, fez ontem uma leitura interessante sobre aquilo que vai estar em jogo. "É mais decisivo para quem vem atrás." O que o treinador espanhol diz é uma forma de tentar responsabilizar JJ, mas não deixa de ser um tiro certeiro. Se Lopetegui está a ser apertado pelos adeptos e uma derrota em Alvalade agravaria o estado de tensão que se vive, um desaire do Sporting também poria JJ em situação delicada na Liga. O empate, esse, deixa tudo na mesma. E o Benfica talvez agradeça.»

(Nuno Farinha, Entrada em Campo, in Record)

Faltava a "cereja vermelha" no topo do bolo que a "central goebbelsiana do arcanjo gabriel" se desunha para apresentar na mesa dos seus confrades: tinha de ser este assalariado benfas em "comissão de serviço" no jornal Record, até ao dia em que cometa o erro de meter as "esgravatadeiras" na massa errada, a vir colocá-la, capciosamente, no lugar! Note-se o uso do condicional nas eventuais derrotas de Porto e Sporting e a curiosa utilização do tempo presente no desejado empate!...

Todo o universo benfas estará neste momento de joelhos em Fátima e o murmúrio das preces aponta em dois únicos e imediatos desejos: trazer do D. Afonso Henriques os três pontos, nem que seja a tiro e que em Alvalade tudo acabe como inexoravelmente há-de começar, nem que a vaca tussa!...

Não sei se os deuses já se terão desenvencilhado das guloseimas de Natal e Ano Novo  e terão disponibilidade para ouvir, interiorizar e satisfazer as preces vermelhas, tão carregadas de uma fé bacoca e outros desígnios menos transparentes. Mas são proverbiais os caminhos a que normalmente costuma conduzir a impotência!...

Dizem os teólogos que os deuses são surdos a preces nascidas da inveja e orientadas em prol do mal alheio!...

Leoninamente,

Até à próxima