Umas largas horas depois de ter por aqui publicado este texto, e não tendo visionado ontem o programa "Play-Off" da SIC Noticias, a curiosidade levou-me a fazer uma rápida incursão pela gravação, na qual, excluindo a palha que por ali surge amiúde, apenas dediquei a minha atenção aos segmentos que entendi realmente valerem a pena.
Entre tudo aquilo que visionei, chamou-me a atenção o discurso de indignada impotência de Rodolfo Reis, difícil de catalogar entre desilusão e revolta, acerca do desastre sofrido na véspera na Choupana pela equipa cujas cores defende como poucos, quantas vezes ultrapassando as raias do respeito com que deveria brindar os seus companheiros de programa.
A certa altura, Rodolfo Reis entendeu servir-se da recuperação da memória de José Maria Pedroto, para enfatizar aquilo que no final dos anos 70 o "velho mestre" terá designado com absoluta propriedade de "estofo de campeão", para adjectivar aquele "quase" que impediu José Peseiro, Jorge Jesus e porventura Julen Lopetegui, para não mencionar outros que terão como estes fallhado de forma quiçá não tão evidente, o salto para glória, fama, proveito e páginas da história do futebol.
Embora o termo "inventado" por JMP de "estofo de campeão" quase tenha sido apagado no longo tempo de quatro décadas que nos separam da sua decisiva época de influência no emergir competitivo do clube das Antas, não me repugna absolutamente nada atribuir-lhe mais significado e peso, que a expressão, actualmente mais em voga, que terei utilizado no meu texto, de "défice de mentalidade competitiva"!...
E razão terá Rodolfo Reis ao considerar que o jogo da Madeira, após a derrota do Benfica, seria o jogo onde o Porto não poderia nem deveria falhar, mas onde terá jogado sem chama, sem foco, e com evidente falta de comando fora e dentro do campo, desperdiçando uma oportunidade de ouro que colocaria a turma das Antas literalmente em cima do Benfica, fazendo do jogo da Luz uma partida realmente decisiva. Faltou ao Porto, "estofo de campeão"! E depois de tão esclarecedor falhanço, será bem provável que tenham sido os próprios tripeiros a encomendar as faixas do novo campeão!...
A falta de estofo de campeão, ou o défice de mentalidade competitiva ou outro jargão qualquer que venha a ser recuperado ou inventado, terão eventualmente atirado esta época o Sporting para o terceiro lugar. Mas atenção que os danos, como as granadas, poderão multiplicar-se por simpatia, na parte que resta do campeonato, na Taça e na pré-eliminatória da Liga dos Campeões!...
Caberá a toda a estrutura leonina, mas muito particularmente ao treinador e jogadores do Sporting, compreenderem o poderoso significado introduzido por José Maria Pedroto, daquilo que será...
Ter estofo de campeão!...
Leoninamente,
Até à próxima
Boa noite amigo,
ResponderEliminarTer estofo de campeao nao e mais do que uma figura de estilo para descrever uma palavra simples , Mentalidade.
Um campenato e uma prova de fundo, controi-se com pontos e estes com vitorias consistentes.
Normalmente perde-se com as equipas ditas pequenas, dando um empate ali outro acola e por vezes com derrotas supreendentes.
Rramente o desiquilibrio pontual surge das contas finais dos jogos onde os intervenientes foram os candidatos.
Quando existe mentalidade ganhadora, ou se preferir estofo de campeao, os jogos em casa tem de ser ganhos, nao se pode empatar com os belens e pacos.
Se tivessemos abordado esses 3 jogos em casa com outra postura estavamos completamente dentro do campeonato, note-se que a nao vitoria nesses jogos nada esta relacionada com a qualidade dos jogadores , os que jogaram podiam e deviam ter ganho esses desafios!!
Conclui-se que quando um maluco disse que podiamos cortar a meta em primeiro , nao era tao maluco como se pintou..mas enfim.
Para de comer bolicaos MS e faz-te homem!!
SL
Estou estalando que comece a próxima época. Se neste campeonato partimos da "pole position", na próxima época sem o Marco Silva vamos levar para aí "um quilómetro" de "avanço" logo à partida!
EliminarMaluco? Não, espertalhão...
Caro Jordao,
EliminarPara que nao subsista quaiquer duvida eu sou um incondicional defensor da continuidade de MS.
Defendo isto pq acho fundamental para o sporting que um treinador faca um trabalho de fundo , ou seja, de pelo menos 3 anos , retirando dai as mais valias que isso produz.
Ja chega de sermos um cemiterio de treinadores e nao podemos ter um discurso vago quando falamos que temos de mudar. Nada esta garantido nesse dominio mas espero ansioso o que vai fazer BC.
Este sentimento que tenho nao pode nem deve em qualquer momento impedir-me de analizar o trabalho do treinador actual e embora permaturo pois ainda faltam muitos jogos, nao acho que MS tenha um desempenho por ai alem , acho que ainda tem de comer muitos bolicaos ate ser um grande treinador o que e substancialmente diferente e distante de apelar a sua substituicao.
SL
Não fique muito ansioso porque senão apanha um esgotamento.
EliminarAnda aqui um Jordão que... Será maluco? Não, espertalhão.
ResponderEliminarAcusas-te o toque? Acertei em cheio.
EliminarNão, não acusei me. Apenas achei que te verias melhor nas tuas próprias palavras.
EliminarE se, no momento, achas-te que não percebes, relê o que escreves-te -acho que, agora, já achaste que percebeste o que escreveste.
Ó Jordão, vai catar piolhos a galinhas, pá.
Ó miúdo eu não tenho os teus hábitos. E vê se melhoras o raciocínio e a sintaxe.
Eliminarhttp://www.conjugacao-de-verbos.com/verbo/acusar.php/pretérito perfeito simples/ Eu acusei, tu acusaste...
ResponderEliminarA velha «confusão» entre o pretérito perfeito simples do indicativo e a conjugação pronominal.
ResponderEliminarAi, ai, ai! Os problemas que a segunda pessoa do singular do PP acarreta para a sapiência dos filhos de Luso: tu acusas-te, tu acusastes... Ó bela flor do Lácio, que assim és arrastada pelo chão imundo da iliteracia.
A paz esteja consigo também, caro John Wayne! Álamo pode ter sido sofrimento, dor, derrota e morte... mas também foi dignidade e alma forte!...
Eliminar"Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!"
E não era "santo nem pecador", este amante da flor de Lácio! Mas vivamos nós cá na terra sempre tristes, enquanto nossa "Mátria" sob o vilipêndio agoniza e às mãos destes pedintes presumidos se cataliza, a adoração de mal engendrados chistes!