sexta-feira, 13 de março de 2015

"O próximo Verão vai ser quente, ai vai, vai!..."


Em tempo de "vacas gordas(?)", Diego Rubio, [15/05/1993 (21 anos)] chegou a Alvalade, vindo do Colo-Colo e pela mão de Godinho Lopes, numa transferência a rondar 1 milhão de euros,  com um contrato que lhe colocava todos os meses na conta bancária, livres de quaisquer encargos, qualquer coisa muito próxima dos 60 mil euros. Ao Sporting caberia a responsabilidade de gastar uma quantia semelhante, para se substituir ao jogador, em termos de fiscalidade e segurança social.

Bruno de Carvalho, recebendo tão violento legado, logo tratou de aligeirar os espectaculares custos que a inclusão do avançado chileno no plantel leonino representavam e em Agosto de 2013, Diego Rubio partiu rumo ao clube romeno Panduri, que assumiu o pagamento do seu salário, ficando com uma cláusula de opção no valor de 10 milhões, que não viria a accionar e em Fevereiro de 2014, o avançado chileno voltou a ser emprestado, dessa vez ao clube norueguês Sandnes, onde permaneceu quase um ano.

Na janela de mercado de Janeiro, Rubio voltou a Alvalade e ao Sporting voltou a colocar-se a onerosa missão de descalçar a bota, completamente à margem da sua capacidade orçamental actual. Pese embora a excelente performance desportiva evidenciada na equipa B desde a sua chegada, facto que terá estado nas cogitações da SAD leonina de o valorizar, o destino do avançado chileno passará inevitavelmente pela sua colocação no mercado no final da época, a menos que se revele disposto à renegociação do contrato, abdicando de parte substancial do seu pornográfico salário, adaptando-se à nova realidade do Clube.

Em contra-ponto e com encargos para o Sporting que rondarão 1/3 daquilo que significa Diego Rubio, assiste-se à evolução na mesma equipa B do Sporting, de Ryan Gauld [1995-12-16 (18 anos)] e com um potencial e uma margem de progressão incomparavelmente maior. Muito difícil a missão de qualquer "padre", numa freguesia com tamanhas peculiaridades.

E se a Diego Rubio, somarmos as situações de Zakaria Labyad e Valentin Viola, cujos custos salariais se assemelham ou mesmo ultrapassam os do avançado chileno, poderemos fazer uma pequena ideia de quantas horas tranquilas de sono poderá ter quem tem em mão tamanho nó para desatar.

Dizia-me ontem um estimado amigo e indefectível leão, num comentário que por aqui deixou e com o qual concordarei liminarmente:

"O próximo Verão vai ser quente, ai vai, vai!..."

Leoninamente,
Até à próxima

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