"O Chaby está a fazer a integração num clube diferente daquele a que está habituado. Tem bom pé esquerdo, tem carácter, mas precisa de crescer em termos de atitude. Precisa de perceber que o jogo é colectivo e não um conjunto de toques. Está a melhorar e vai conseguir. [...]
(Ainda será cedo para o regresso ao Sporting): Precisa de sentir as lacunas que existem nas equipas ditas de segundo plano. Só o iria beneficiar, tem de sair da zona de conforto."
(Ainda será cedo para o regresso ao Sporting): Precisa de sentir as lacunas que existem nas equipas ditas de segundo plano. Só o iria beneficiar, tem de sair da zona de conforto."
(Vitor Oliveira, in Record)
Vitor Oliveira, um treinador sabedor e experiente, terá sintetizado em poucas palavras, as eternas questões que se colocam a todo o talento que há tantos anos emerge da Academia do Sporting:
- É preciso crescer em termos de atitude.
- É preciso perceber que o jogo é colectivo e não um conjunto de toques.
- É preciso sentir as lacunas que existem na equipa a que se pertence.
- É preciso sair da zona de conforto.
- É preciso tempo para assimilar tantos e tão importantes conceitos.
E sem me deter no inconsequente exercício académico, de procurar razões para explicar o facto de todo o talento potencialmente emergente da nossa Academia, se revelar incapaz de interiorizar os conceitos fundamentais e irrefutáveis enunciados por Vitor Oliveira, creio em absoluto na pertinência de que uma outra questão, quiçá decisiva, se deveria colocar, não aos sujeitos da formação leonina, mas aos seus mais importantes responsáveis: a de saber o que será preciso fazer para alterar as características da formação leonina, de forma a que não sejam tão evidentes e confrangedoras as lacunas e deficiências que os formandos exibem quando abruptamente abandonam a sua... zona de conforto?!...
Não será essa "zona de conforto", uma declaração real e incontornável de amadorismo, laxismo, facilitismo, comodismo, erro, incapacidade ou mesmo incompetência, por parte daqueles que têm sobre os seus ombros a responsabilidade de gerir todo o complexo mundo da formação leonina?!...
Será a Academia Sporting apenas um tremendo "haraquiri" dos interesses do Sporting Clube de Portugal, quando "transporta ao longo de anos" todos os seus formandos para um mundo irreal e utópico, absolutamente nos antípodas do mundo real, adverso e dífícil com que mais tarde virão a ser confrontados no profissionalismo a sério, quiçá inclusivamente na equipa principal?! Será que nas mais sofisticadas e evoluídas instituições de formação militar, se preparam os soldados para a guerra, habituando-os a um ambiente de paz, concórdia, facilidade e comodidade?!...
Ou será a Academia Sporting a "universidade" onde quase todos os formandos se embriagam em vedetismos estéreis, no culto estúpido de egos pueris e sem alicerce, ou em rampa de lançamento de intérpretes pobres e limitados do "big-brother" em que se estará a transformar o futebol?!...
Não conheço nenhuma universidade, seja aqui seja onde for, em que a escolha do reitor não seja determinada pelo dom que possua de ser capaz de colocar no mercado aquilo que o mercado exige!...
Filipe Chaby, por quem há muito, como sportinguista, nutro especial simpatia e a quem desejo todo o sucesso que merece, não deverá ser tido nem achado nesta minha posição. Mas seria pouco inteligente da minha parte, não aproveitar as palavras de Vitor Oliveira, para demonstrar a nudez do rei!...
Leoninamente,
Até à próxima
Vitor Oliveira, um treinador sabedor e experiente, terá sintetizado em poucas palavras, as eternas questões que se colocam a todo o talento que há tantos anos emerge da Academia do Sporting:
- É preciso crescer em termos de atitude.
- É preciso perceber que o jogo é colectivo e não um conjunto de toques.
- É preciso sentir as lacunas que existem na equipa a que se pertence.
- É preciso sair da zona de conforto.
- É preciso tempo para assimilar tantos e tão importantes conceitos.
E sem me deter no inconsequente exercício académico, de procurar razões para explicar o facto de todo o talento potencialmente emergente da nossa Academia, se revelar incapaz de interiorizar os conceitos fundamentais e irrefutáveis enunciados por Vitor Oliveira, creio em absoluto na pertinência de que uma outra questão, quiçá decisiva, se deveria colocar, não aos sujeitos da formação leonina, mas aos seus mais importantes responsáveis: a de saber o que será preciso fazer para alterar as características da formação leonina, de forma a que não sejam tão evidentes e confrangedoras as lacunas e deficiências que os formandos exibem quando abruptamente abandonam a sua... zona de conforto?!...
Não será essa "zona de conforto", uma declaração real e incontornável de amadorismo, laxismo, facilitismo, comodismo, erro, incapacidade ou mesmo incompetência, por parte daqueles que têm sobre os seus ombros a responsabilidade de gerir todo o complexo mundo da formação leonina?!...
Será a Academia Sporting apenas um tremendo "haraquiri" dos interesses do Sporting Clube de Portugal, quando "transporta ao longo de anos" todos os seus formandos para um mundo irreal e utópico, absolutamente nos antípodas do mundo real, adverso e dífícil com que mais tarde virão a ser confrontados no profissionalismo a sério, quiçá inclusivamente na equipa principal?! Será que nas mais sofisticadas e evoluídas instituições de formação militar, se preparam os soldados para a guerra, habituando-os a um ambiente de paz, concórdia, facilidade e comodidade?!...
Ou será a Academia Sporting a "universidade" onde quase todos os formandos se embriagam em vedetismos estéreis, no culto estúpido de egos pueris e sem alicerce, ou em rampa de lançamento de intérpretes pobres e limitados do "big-brother" em que se estará a transformar o futebol?!...
Não conheço nenhuma universidade, seja aqui seja onde for, em que a escolha do reitor não seja determinada pelo dom que possua de ser capaz de colocar no mercado aquilo que o mercado exige!...
Filipe Chaby, por quem há muito, como sportinguista, nutro especial simpatia e a quem desejo todo o sucesso que merece, não deverá ser tido nem achado nesta minha posição. Mas seria pouco inteligente da minha parte, não aproveitar as palavras de Vitor Oliveira, para demonstrar a nudez do rei!...
Leoninamente,
Até à próxima
Boa noite Amigo,
ResponderEliminarBelo post e muito lucido o seu raciocinio.
Acrescentaria, se me permite,algumas notas.
Crescer uma vida inteira no Sporting cria vicios e muitas vezes acomodacao.
Fica sempre bem dizer as garotas que se joga no Sporting...Amigos ou ditos e a pazada quando se sai a noite. A cozinha de alcochete humm ,algum dinheirinho, camisas e tenis do melhor. Se se anda desaninado nao ha problema , a psicologa ajuda, no campo ganhamos mais vezes pq somos sporting. E o clube da abebias a malta da formacao..ta quase.
Combater isto nao e facil.
Sair faz bem, novos ares, cortar com pseudo amizades, da cidade pro interior, piores condicoes, ser mais um num clube de operarios e nao craques e...quando se sente isso tudo, respira-se fundo e pensa-se...Agora entendi a grandeza do Sporting!!
Voltar torna-se prioritario e so se torna possivel com um dito que o meu saudoso pai dizia frequentemente.. "Vergar a mola!!".
SL
Claro, estimado amigo João Antunes! Só quem vive o Sporting de muito perto, quem acompanha a nossa formação e vai a todas como o meu amigo, estará em condições de compreender o meu texto e complementá-lo da forma precisa, concisa, terra a terra e sem panos quentes, que o seu comentário consegue!...
EliminarE permita-me que parta do "dito" utilizado pelo seu saudoso pai, para dizer o que hoje me parece a Academia Sporting: por aquelas bandas, há muito que não se "verga a mola"!...
Abraço e SL
Não, o que é preciso perceber é que se a Academia de Alcochete é a "universidade", a carreira de um jogador é o mundo do trabalho. A Academia apenas introduz as bases, a partir daí depende do talento inato de cada jogador, da sua capacidade de trabalho, do seu profissionalismo e da gestão da sua carreira, ou seja, dos clube por onde passa e dos treinadores que o orientam.
ResponderEliminarNão invente fantasmas onde eles não existem. O seu "orientador" que não pense que vai inventar a pólvora depois da guerra. Convinha era que não envergonhassem o Sporting com essa estória dos tipos que vêm à "experiência" para a Academia ilegalmente. Aí é o que o rei vai nu.
Fica claro que as palavras de hoje do caro Jordão, como as de ontem e de antes, definirão sem subtilezas, o carácter, o sportinguismo e a barricada a que pertence a pessoa que as produz...
EliminarDo "idiota" de ontem, passei hoje a "inventor" e a "pau mandado" de quem "vai inventar a pólvora depois da guerra e envergonhar o Sporting"!...
Nem me merecem comentários as suas palavras. Fique com AS CERTEZAS E A VERDADE DA SUA CÁTEDRA, quem não respeita pensamentos diferentes dos seus! DEFINITIVAMENTE!!!...
Álamo, pois então permita-me que lhe responda, se permitir o contraditório. Você está no seu pleno direito de seguir a agenda do Bruno de Carvalho, como é claro com este tipo de recados sobre a Academia, ou outros sobre o Marco Silva, fazendo "eco" com este presidente. Mas já agora que mantenham um "histórico", tantas são as "voltas" que dão (por exemplo, se o Labyad regressar vai ser a risada geral, depois do que se disse sobre este jogador).
ResponderEliminarSão cenas a mais (ainda para mais muito mal amanhadas), são tretas a mais, para convencer quem como eu já segue o Sporting há muitos anos e não tem fé em homens. E quanto manhas, mais eu desconfio. A Academia não é como as antigas "empresas" de construção civil do Bruno de Carvalho para ter ilegais à experiência, ok?
O excesso de liberdade irresponsável que por enquanto ainda vai sendo permitida ao caro Jordão na blogosfera e a minha condescendência em publicar o arrazoado de insultos que invariavelmente e sem me conhecer minimamente, me vai dirigindo, por via da sua incapacidade, preguiça ou falta de tempo, para analisar no histórico do blog aquilo que sou e penso, ou, mais grave ainda, por via de eventuais defeitos de carácter que infelizmente a si possam estar associados, deixam-me sem alternativa: com grande pesar meu, lamento informá-lo que nenhum outro comentário seu voltará a ser publicado, sempre que o respeito que julgo dever merecer-lhe, como qualquer seu semelhante, volte a ser atropelado, ok?
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