segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sol de Inverno, até quando?!...



Sabe deus que eu quis/ Contigo ser feliz/ Viver ao sol do teu olhar,/ Mais terno.
Morto o teu desejo/ Vivo o meu desejo/ Primavera em flor/ Ao sol de inverno.
Sonhos que sonhei/ Onde estão?/ Horas que vivi/ Quem as tem?

De que serve ter coração/ E não ter o amor de ninguém?
Beijos que te dei/ Onde estão?/ A quem foste dar/ O que é meu?
Vale mais não ter coração/ Do que ter e não ter, como eu.
Eu em troca de nada/ Dei tudo na vida/ Bandeira vencida/ Rasgada no chão.
Sou a data esquecida/ A coisa perdida/ Que vai a leilão.
Sonhos que sonhei/ Onde estão?/ Horas que vivi/ Quem as tem?

De que serve ter coração/ E não ter o amor de ninguém?
Vivo de saudades, amor/ A vida perdeu fulgor,/ Como o sol de inverno/ Não tenho calor.


Neste profundo descontentamento em que se transformou a equipa principal de futebol do Sporting, apenas o fulgor do "sol de inverno" irradiado pela nossa equipa B, nos vai aquecendo a alma e fazendo esquecer o tiritar irreprimível que nos continua a invadir. Até quando?!...

Leoninamente,
Até à próxima


2 comentários:

  1. Mano,

    Não desesperes. Leva tudo à conta de que nada está no seu devido lugar.
    Se me proibiste de desistir de escrever no Leoa quando me vi sem horizontes, porque vais tu agora dar o flanco sabe-se lá a quem que nos quer ver de rastos?
    Espera um pouco para ver o que vai ser a nossa vida nos tempos mais próximos.

    Abraços solidários e aproveita o Sol de Outono que ainda está quentinho para ir à praia e distrair as ideias

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  2. Tiveste de esperar pouco para perceberes que eu tinha razão. Fazes muita falta aos leões que, como eu, por vezes desesperam perante tanta coisa que "não está no seu devido lugar". Assim, vamos dando força uns aos outros, até que a Primavera nos surpreenda. Já não acredito no Sol deste Outono que dizes quentinho. Setembro passou e nada de novo nos ofereceram. Nem futebol, nem investidores do Oriente ou de qualquer outro cardeal. O défice continua negativo, o passivo aumentou, mudaram mais dois zangãos, as abelhas e formigas cada vez são menos e na savana assiste-se à multiplicação ds cigarras. Não sei se não serei um urso, em vez do leão que julgava ser. Se calhar, se for mesmo urso, terei mesmo de hibernar e só aparecer na Primavera, quando começar o degelo...
    Já não faço mais praia este ano! Não há Sol que me aqueça e os pés doem-me quando entram na água que toda esta gente anda a meter. O meu lugar em Alvalade já arrefeceu e falta-me a coragem para regressos de carpideira.
    Dolorosamente, vou lendo os desabafos daqueles que por aqui sempre me pareceram mais conscientes, lúcidos e pacientes. É um samba de uma nota só. Até os que sempre afirmaram a sua crença, deixaram cair a ideia. Sobram apenas os que já provaram os croquetes, ou os que ainda mantêm a esperança de os trincar!
    Vejo conformismo e inacção de um lado e teimosia por outro. Não arrisco adivinhar "o que vai ser a nossa vida nos tempos mais próximos" com sugeres. Só vejo nuvens de um negro carregado e receio bem que o epicentro do furacão ainda não tenha passado por nós...

    A minha gratidão pela solidariedade, num abraço leonino

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