sábado, 1 de setembro de 2012

O defeso e a Feira da Ladra....

Feira da Ladra, dizem...
 
Acabou a feira!... E nesta "agonia", onde muitos treinadores e dirigentes por essa Europa fora, perderam o sono e encontraram destrambelhamentos nervosos, outros - os mesmos de sempre - terão esfregado as mãos de contentamento e proveito. Valha-nos o lenitivo da certeza de que também muitas situações difíceis puderam ficar resolvidas. Dentro de quatro meses, abrir-se-à, desta vez uma janela, bem mais pequena e modesta. É assim que o sr. Platini vai pagando a factura de quem o colocou no pedestal. Lá, como por cá, o "sistema" continua em grande!...
Não me quero deter, por um segundo que seja, nos "negócios" ocorridos na casa dos outros. À socapa, vou retirando as minhas conclusões, estabelecendo paralelos e confirmando que cada vez mais a graçola de Pimenta Machado de que "em futebol o que hoje é verdade , amanhã é mentira", se revela mais assertiva. Mas aqui apenas me interessa falar de nós, da nossa "casa", do nosso glorioso Sporting.
Penso que o saldo desportivo da intervenção do Sporting no mercado, terá sido extremamente positivo. O plantel melhorou significativamente na qualidade global e na quantidade de soluções para cada lugar. Já o saldo contabilístico, como sempre, foi um tremendo desconsolo. O Sporting, decididamente, ainda não encontrou a fórmula correcta para as exportações: não aprendemos ainda a valorizar suficientemente, nem no tempo nem no modo, o produto que potencialmente poderá vir a revelar-se excedentário - os ciganos costumam pintar os burros velhos, que depois vão "feirar" como se de jovens esbeltos e possantes se tratassem -  e muito menos teremos tido até agora a capacidade de convencer os compradores, da qualidade do produto e da justeza do preço.
Interessante o comodismo e a convicção instalados em Alvalade, de que a simples poupança da palha, já significará um bom negócio. Os homens de negócios ciganos, morreriam de fome se, a somar á poupança da palha, não vendessem os burros velhos pelo preço de novos.
Os empréstimos de Bojinov e Onyewu, serão os exemplos mais paradigmáticos e veremos se qualquer dos clubes receptores exercerá as respectivas cláusulas de opção. Os casos de Grimi, Pongolle, Amido Baldé e João Gonçalves,  enquadram-se porventura num modelo ainda mais preocupante: entregámos os anéis e os dedos, assim, de mão beijada e só faltará saber se ainda não pagámos por cima. Decididamente, o Sporting não sabe vender! E parece não estar muito interessado em aprender! Assim, é tremendamente fácil e cómodo, pouco importando a cor do lenço com que dissemos adeus a mais 10 M€, ou por aí à volta!...
Seja como for, mais um profunda limpeza em Alcochete, de que apenas Onyewu me deixará saudades, tanto por razões desportivas quanto humanas. Não estou a ver que sejam necessárias no futuro mais operações desta natureza. Pode ser que este defeso tenha sido o motor da nossa libertação dos maus negócios. Espero e desejo que sim!...
 
Leoninamente,
Até á próxima

2 comentários:

  1. Boas Álamo.

    sei que não és fã mas deixo-te o link duma crónica muito interessante sobre o nosso plantel.

    http://visaodemercado.blogspot.pt/2012/09/sporting-o-exemplo-de-um-bom-defeso.html

    Abraço.

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    1. Caro Tiago,

      Concordo contigo. Obrigado pelo link que de imediato utilizei. Gostei sinceramente do que li, hoje, em VM. E deixei um comentário, com a expressão desse sentimento.

      Abraço

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