quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Nova táctica, porque não?!...

 
Coragem...
 
Não foi a alteração do modelo táctico ou a entrada na equipa de novos actores, que possibilitaram a importante vitória conseguida ante o Gil Vicente. Na opinião generalizada da crítica e aferido o sentimento também generalizado dos adeptos sportinguistas, terá sido a mensagem inequívoca que o seu treinador transmitiu para dentro das quatro linhas  e o coração, a garra e o querer colectivo do conjunto  leonino que operaram o milagre, que deu a volta ao jogo e recolocou o Sporting de novo numa posição onde todos os sonhos são permitidos.
Do eventual novo modelo táctico, ficaram apenas escassos 7 minutos de ensaio, absolutamente inconclusivos. Poderia ter sido diferente, se a tradicional ineficácia não se tivesse voltado a manifestar na entrada de rompante do conjunto leonino e se o rigor defensivo perdido desde a lesão de Boulahrouz não tivesse permitido ao Gil Vicente colocar-se inesperada e precocemente na frente do marcador.
A adopção do modelo ensaiado nos primeiros minutos do jogo com os gilistas, parece provocar algumas reservas na grande maioria dos analistas, porventura pouco ou nada interessados numa linguagem nova do Sporting. Nós sportinguistas, estamos habituados e conhecemos bem as razões que suportarão essa postura. E ela por si só, é suficiente para concluirmos que numa nova e diferente abordagem táctica estará o caminho certo: o contrário do que todos eles perconizam!
Já Paulo Futre e Fernando Mendes, de camisola verde às listas vestida, fogem do "satus quo" que aqueles defendem e afirmam corajosamente que o plantel do Sporting tem qualidade suficiente para qualquer modelo táctico, cabendo naturalmente a Ricardo Sá Pinto a definição desse modelo, consoante as características dos adversários a defrontar.
Chegados aqui, como adepto sportinguista minimamente conhecedor do futebol português e dos seus vícios e virtudes, entendo que o Sporting deverá passar a utilizar esta nova "nuance" táctica sempre que defrontar a generalidade das equipas portuguesas, com apenas duas excepções: o F.C.Porto e o S.L.Benfica, em que aconselharia, por enquanto, o "regresso" ao 4x3x3. Em todos os restantes, seja o clássico 4x4x2, seja a sua variante "losango", seja até o 4x1x3x2, Wolfswinkel nunca mais deverá estar só na área dos adversários. E não me venham dizer que Viola - eh pá, tira lá o Valentin das costas e manda colocar Viola! -  não é ponta de lança. Quero lá saber o que ele é. É bom, irrequieto, com uma técnica apurada, deambula a preceito num círculo que rodeia Wolfs, vai às alas se for preciso, centra bem, remata forte, espontâneo e colocado, que é que querem mais?! Parem lá de carpir as mágoas de o Sporting não ter um "bom" ponta de lança. Não há dinheiro para isso e ponto final!...
Sobre os lugares 6 e 10, estamos conversados. Enquanto Rinaudo e Izmailov estiverem com a condição que revelaram na vitória do exorcismo das nossas maleitas mentais, quem tiver dúvidas que se cale, para não perturbar. Gelson, Elias, Pranjic, Labyad, Adrien e André Martins, estarão naturalmente à espreita para promover o reforço da dinâmica e conseguir as tão apregoadas rotações e poupanças e só Sá Pinto conhecerá os mais indicados em cada momento ou necessidade.
Para além das virtualidades que em termos de benefício esta nova dinâmica táctica poderá introduzir no futebol do Sporting, o respeito, ou se quizerem o temor, que poderá infundir nos adversários será sempre um trunfo que contará, e muito, a nosso favor: não vejo outro modo de furar todos os pneus dos sacramentais autocarros do futebol português. Com panos quentes e receios, nada conseguiremos. Poderão aqui ou além acontecer imponderáveis, em que o futebol sempre foi, é e será fértil. Mas no cômputo geral, obviamente que ganharemos mais vezes e deixaremos de andar permanentemente com o coração e as calças nas mãos.
Arias tem de regressar com urgência à equipa principal. Mesmo que seja para estar no banco, Cedric precisa de um concorrente, próximo, a olhar para ele e a "recomendar-lhe" muito juízo e concentração. O rapaz parece-me andar demasiado seguro sem concorrência e isso pode ser muito mau para ele e para o Sporting. Coisa boa a pressão, não é Cedric?!... 
Sábado, vamos jogar em 4x4x2?!... Espero que sim.
 
Leoninamente,
Até à próxima
 
 
 
 

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