quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Quem não desejaria?!...


Dentro ou fora?

«O registo das claques Juve Leo e Directivo, junto da APCDV, foi definitivamente cancelado, passado que foi um ano sobre a suspensão do mesmo.

Significa isto que tais claques não são consideradas GOA (Grupos Organizados de Adeptos) e, consequentemente, não podem beneficiar de qualquer apoio por parte do clube.

Face ao comportamento recente daquelas claques – nunca esquecerei a tocha de fumo negro mandada para cima do coitado do Luís Maximiano, ou o ‘Varandas Out’ em Trondheim – esta decisão da direcção do Sporting foi mais do que justificada.

Com efeito, por força de diversas circunstâncias históricas, o papel de apoio que as claques era suposto desempenharem – e, reconheça-se, no Sporting, faziam-no bem – perverteu-se e transformou-se em centros de negócios ilícitos, agências de emprego, moços de recados, espaços de conspiração política, instrumentos de intimidação e poderes paralelos.

Deu no que deu.

A actual conjuntura sanitária, que excluiu as assistências no futebol, tem, de algum modo, marginalizado este problema.

Só que, quando voltarem os adeptos ao estádio, haverá que definir o papel destas claques, porque, GOA’s ou não, aquilo que andaram a fazer no passado recente, em Alvalade, é, pura e simplesmente, inadmissível e irrepetível.

Eu acho que compete às claques escolher de que lado é que querem ficar, à porta do recinto ou dentro dele. Se optarem pelo segundo, têm, inevitavelmente, de percorrer um longo caminho das pedras, qual seja o de convencer os sportinguistas que são capazes de se regenerar e voltar a ser aquilo para que foram criadas. E, claro, penitenciar-se pelos desmandos cometidos, de que Alcochete foi a página mais negra.

Eu não acredito em insubstituíveis, e se a Juve e o Directivo não quiserem mudar de rumo, outros virão para as substituir. Quem se lembra do que era o ambiente de festa, no Alvalade antigo, nos anos oitenta, com a música dos Vapores do Rego e a animação das bandeiras, não pode deixar de sentir mágoa por uma coisa tão bonita se ter deixado estragar.

Pessoalmente, gostava de ver a Juve Leo de volta a Alvalade, mas, para tal, tem de mudar de vida, de hábitos e excluir muita gente que se serve dela.

Serão capazes?»

Perdoar-me-á Carlos Barbosa da Cruz o meu profundo cepticismo acerca da possibilidade de alguma vez uma "primavera marcelista" poder vir a substituir o verdadeiro e necessário "movimento das forças armadas" que exigirá o "estado a que essas claques chegaram"! Quando um tecido apodrece, serão sempre tempo e trabalho perdidos todas as tentativas de remendá-lo!...

Agora, apreciar um 'fato novo' que nos fizesse lembrar os gloriosos e inesquecíveis "anos oitenta do velhinho Alvalade"...

Quem não desejaria?!...

Leoninamente,
Até à próxima

2 comentários:

  1. Como diria o Grande Sportinguista que foi o meu falecido pai perante algo com que não concordava ou mesmo algo que deveria ser muito bem pensado e investigado em todas as vertentes que oferecessem dúvidas e arestas a limar:
    "Ó isso"!!!!...

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  2. As claques, tal como as conhecemos e funcionaram no passado recente, jamais podem ter lugar no clube.
    Exige-se enorme pragmatismo nesta matéria, uma vez que o que está podre, não se regenera.
    A putrefação existente que tantos e enormes prejuízos têm causado, tem de ser inequivocamente eliminada e erradicada da Família Leonina.
    Apenas e tão só, quando pedirem desculpas ao clube e refundarem o âmbito restrito da sua actuação e perfeitamente definidos os objectivos, compromissos, deveres e obrigações a que se remetem e comprometem.
    Quando tal for exequível, determinante, visível e verídico, então podem estar reunidas as necessárias condições para que os sócios decidam em consciência e conformidade.
    Até lá, em boa hora se encontram cancelados os registos e suspenso qualquer tipo de diálogo ou relacionamento.
    É o devido trato, que desordeiros, energúmenos e delinquentes, merecem por parte das instituições que detêm Honra e Dignidade.
    O resto é com a Justiça e os Tribunais.

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