«Um projecto de grande envergadura não pode depender de nomes. Independentemente do estatuto, do prestígio ou do carisma de cada um, deve haver funções bem definidas numa estrutura para interpretar as linhas mestras. Assim se constrói uma hierarquia funcional em que todos sabem o papel que desempenham e onde acaba a competência de uns e começa a de outros. No futebol, especialmente, o ‘brinquedo’ do mercado de transferências é apetecível. Todos querem intervir, ou pelo menos ter opinião. Anda, por vezes, ao sabor do vento e nas mãos de dirigentes/funcionários vaidosos e egocêntricos.
Rúben Amorim sai do Sporting e entra João Pereira com os mesmos direitos e responsabilidades. Não será por trocar o treinador da moda por um aspirante a técnico de clube grande – a expressão não é depreciativa, pois o futuro timoneiro leonino nunca teve uma oportunidade a este nível – que essa ideia-base deve cair por terra. O antigo lateral-direito terá voz activa e determinante já no mercado de Janeiro. No fundo, estamos perante a tentativa de dar continuidade a um projecto bem-sucedido. E com uma vantagem importante. Quem chega conhece bem a casa. Tanto as virtudes, como, principalmente, as necessidades.»
Todo o universo leonino conhece bem a face temperamental exibida por João Pereira ao longo de anos, enquanto jogador! Donde resultam algumas reticências - que as há, de nada valendo escamotear a questão! - sobre a sua subida na hierarquia técnica do Sporting, pensada e promovida por Frederico Varandas.
Curiosa e simultâneamente vem-se assistindo por parte de inúmeros adeptos e muito particularmente de uma considerável faixa de críticos, a um movimento tendente a que ao jovem treinador seja dado o benefício da dúvida no sentido de que "a ternura dos quarenta" terá operado o "milagre" que poderá ter chamado o antigo e belicoso lateral direito dos leões para o caminho que as suas novas responsabilidades lhe exigem!...
Sou dos que acreditam em João Pereira!...
Leoninamente,
Até à próxima
Sem comentários:
Enviar um comentário