quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Uma séria reflexão nunca fará mal a ninguém!...


«Caro Álamo, reendereço-o ao Nuno Santos, o objecto deste post. E à Direcção do clube por esta onda de renovações com jogadores importantes, que quando é de elogiar também o devemos fazer. Evidentemente, o que eu gostaria de ver implementado no clube seria um modelo económico que nos permitisse aumentar a massa salarial em casos como este(s) , sem que mais tarde nos víssemos obrigados a vender os melhores jogadores para pagar salários. Todavia, neste(s) caso)s) especifico(s) penso que estamos a recorrer à poupança obtida através das rescisões com jogadores com que não contávamos, alguns que entravam no último ano de contrato, embora com certeza tenhamos pago indemnizações que farão com que só a partir de 24/25 essa poupança seja mais efectiva e assim canalizada para suportar este(s) incrementos salariais. Chamo todavia a atenção para o facto de os custos com pessoal estarem a subir e o desequilíbrio entre custos e proveitos ordinários andar na casa dos 105 milhões de euros negativos. Precisamos de um modelo económico mais sustentável e menos dependente das vendas para isto não se assemelhar a um trabalho de Sísifo. Mas, para isso, também precisaríamos em parte da soldariedade de outros clubes e da Liga no sentido de que o futebol português fosse um produto mais vendável, o que passaria pela reformulação do formato competitivo da Primeira e Segunda Ligas, por um regime fiscal contributivo mais à semelhança do que é praticado em Espanha, por exemplo, de uma arbitragem independente e isenta, de uma disciplina que sirva o propósito de venda de um produto não tóxico, de melhor distribuição de receitas por clubes mais pequenos a bem de uma maior competitividade, enfim, de uma série de elementos que servirão para valorizar aquilo que é nosso, cabendo-nos portanto contribuir para que não definhe e assim floresça. Quanto ao que depende exclusivamente de nós, comercialmente e a nível de marketing, também há muito para fazer e é preciso meter mãos à obra. Volto a dizer que um modelo económico para o futebol baseado na venda de jogadores faz tanto sentido como abrir um cabeleireiro para vender pentes, tesouras e secadores de cabelo. E depois corta-se o cabelo com o quê? SL»
Uma séria reflexão nunca fará mal a ninguém!...

Leoninamente,
Até à próxima

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