Rúben Amorim só pensa no Sporting
Objectivo do técnico é ficar para lá do contrato, válido até 2024, potenciar hegemonia interna no futebol e criar cultura de Liga dos Campeões
«"Queremos manter este grupo de jogadores por muito tempo, o treinador quer e vai ficar por muito tempo e, se Deus quiser, terá a oportunidade de renovar". A frase pertence a Rúben Amorim, foi proferida há pouco mais de uma semana e veio elucidar – pelo reforço – a intenção do treinador em manter-se no comando do futebol do Sporting por muito tempo, se possível… para lá de 2024, ano que dita o fim do actual vínculo, prorrogado em Março último.
Aos 36 anos, com um título de campeão nacional no ‘bolso’ e a causar as primeiras sensações no plano internacional, com a recém-qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, o treinador promete não ceder à vertigem que a cobiça de alguns emblemas possam trazer através dos resultados, focando-se única e exclusivamente num projecto, até ver, vencedor.
A história foi ganhando força nos últimos meses, desde que prolongou a sua ligação à SAD, mas Record está aqui para lhe dar os ‘pormaiores’ que fazem toda a diferença: contra as expectativas iniciais, e mesmo num contexto sem provas da UEFA, Amorim levou o leão a um título que não conquistava há 19 anos, depois da Taça da Liga que foi para o museu em janeiro e que em agosto (o 2-1 contra o Sp. Braga foi a 31 de julho) recebeu a companhia de uma Supertaça Cândido de Oliveira; discursando com ambição mas sem querer dar passos maiores que perna, a meta da cúpula de que faz parte, em conjunto com o presidente Frederico Varandas e do diretor-desportivo Hugo Viana, é cimentar uma hegemonia a verde e branco nas próximas temporadas, dando força a um novo ciclo depois de as últimas duas décadas terem sido dominadas pelos rivais FC Porto (11 ligas) e Benfica (7).
Para lá do contexto interno, Rúben quer nutrir o Sporting de uma cultura europeia, com um leão ‘habitué’ na Champions e a gerar receitas para crescer – só assim a sinfonia será perfeita.
Triunfos estão perto dos 74%
O timoneiro dos leões também se move a números e são os números que lhe conferem um estatuto diferente em relação a quem já passou ali. Com 54 triunfos em 73 duelos, o treinador alcança uma percentagem de vitórias muito perto dos 74% (73,97), apenas superada por nomes ‘antigos’ como Robert Kelly, inglês que entre 1946 e 1948 disputou 77 encontros pelos verdes e brancos, ganhando 61 (79,3%). Amorim vai, neste momento, com 10 vitórias consecutivas e se vencer o Tondela, no domingo, isola-se no terceiro lugar do ranking das melhores séries de triunfos numa época, atrás de Kelly (com 16), Randolph Galloway e Fernando Vaz (ambos com 12).
Números
2 anos e sete meses é o que falta para terminar o contrato de Rúben Amorim com o Sporting, válido até 2024, mas que o técnico já disse ser para prolongar. A última renovação foi em Março.
30 milhões de euros é o valor da cláusula de rescisão que passou a contar na prorrogação, subindo 10 milhões em relação à anterior. Com ‘juros’, Amorim custou 12 milhões ao Sp. Braga.»
A capa de hoje do jornal Record acabou por ser suficientemente elucidativa e terá resultado exactamente deste oportuno apontamento publicado às 03:00 na edição online.
De facto, para a grande nação sportinguista, a continuação de Rúben Amorim em Alvalade por muitos e bons anos, sendo um desejo de ambas as partes - treinador e responsáveis leoninos - reflectirá também o sentimento unânime e incontroverso do grande universo sportinguista.
E vem-nos à memória um outro momento da nossa vida associativa, que agora adquirirá uma convicção ainda mais forte e justificada...
"Rúben Amorim forever"!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Sem comentários:
Enviar um comentário