quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Esteja carregado de razão!...


OS PONTOS E A QUALIDADE

«Com apenas duas jornadas disputadas, identifico três equipas que me surpreenderam pela qualidade de jogo apresentada: Estoril (mais que todas), Portimonense e Chaves. Nenhuma delas tem mais de 3 pontos e outra nem sequer fez um empate. Mas já ganharam um espectador atento para o resto da temporada. Por outro lado, há duas outras equipas que somaram as duas vitórias (Sporting e Rio Ave) sem terem revelado nível de jogo tão elevado para o justificar. É assim o futebol. Não ganha, necessariamente, o conjunto que tem a melhor ideia ou plano de jogo mais interessante. 

O Estoril mostra-nos que é sempre mais fácil fazer bem com bons ‘ingredientes’. Pedro Emanuel conta com dois brasileiros que têm futebol para uma dimensão bem maior (Lucas e Allano) mas isso só se tornou visível tão rapidamente porque o treinador soube potenciar as qualidades da dupla.

O Portimonense traz-nos de volta o bom jogo de transições ofensivas: rápidas, assertivas, e bem planeadas. Não organiza tão bem com a bola nos pés quanto o Estoril. Tem outras ideias e Vítor Oliveira explora-as bem. 

O Chaves perdeu em Guimarães por erros primários no momento defensivo. Tem uma abordagem positiva ao jogo e sabe o que fazer quando em posse de bola. Futebol desta qualidade, mais semana menos semana terá os pontos merecidos. Quem joga assim está sempre mais perto da vitória.

PS. Permitam-me uma antevisão: ou o Sporting resolve de vez a contradição do seu jogo ou arrisca uma época idêntica à de 2016/17.»
(José Ribeiro, Opinião, in Record)

Sobre a antevisão de José Ribeiro para a época do Sporting, receio bem que...   

Esteja carregado de razão!...

Leoninamente,
Até à próxima

16 comentários:

  1. Caríssimo Álamo
    Dois pontos breves:
    - estranho muito ninguém referir, no meio d as críticas ao desempenho da nossa equipa, o penalty claríssimo na primeira parte, que o auxiliar do alemão de serviço ( como os alemães, nos jogos com portugueses, nos prejudicam sempre tanto, é um mistério que nunca deslindei) não sei como, não assinalou. Fui só eu que vi?
    -da notícia do castigo pelos " casos do túnel", ora tornados públicos, gostaria de esclarecer os nossos jornaleiros, do seguinte detalhe aritmético ( não é preciso agradecerem, a culpa é das reguadas terem sido abolidas de saudável estimulante educativo há algumas décadas): Bruno de Carvalho era acusado de uma infracção, com moldura penal entre 2 meses e dois anos; levou seis meses, 3 vezes o mínimo, e um quarto da máxima; o boi arouquês, acusado de seis ( sim, seis!) infracções, com moldura penal entre 16 meses e 11 anos, levou ... 20 meses, ou seja, 0,15 da pena máxima, e 1,25 da mínima. Os jornaleiros dizem todos que o exemplar taurino arouquês foi punido com mais severidade? Caro Álamo, desculpe, podemos dizer aos senhores jornaleiros para irem...?
    Um Abraço
    José Lopes

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    1. Mas o que é que o caríssimo amigo estava à espera do benfiquista que preside ao Conselho de Disciplina escarlate da FPF?! ISENÇÃO?! EQUIDADE?!...
      E quanto ao tratamento jornalístico, será que lhe terá passado pela cabeça estar num país diferente do terceiro e escarlate mundo em que está inscrita a quase totalidade dessa corja que vegeta na comunicação social?!...

      Valham-lhe os deuses meu amigo, para não usar a expressão muito peculiar e carregada de significado aqui da terra: "Bora te beio"!...

      Termino lembrando-lhe que não precisará de dizer aos senhores jornaleiros para irem... Eles já por lá andam há muitos e bons anos!...

      Grande abraço.

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  2. Está sem dúvida carregado de razão: O Sporting consegue criar menos oportunidades de fazer golo e consequentemente, marca menos golos do que na época passada. O modelo de transição ofensiva, como escrevi neste blog há uns meses atrás, tornou-se cada vez mais horizontal em U privilegiando a largura e as tentativas repetidas de entrada pelos flancos, com os alas a internarem-se e a libertarem espaço para os laterais, deixou há muito de ser suficiente para desorganizar as equipas adversárias. Como o Sporting faz a maior parte do tempo, circulando a bola fora do bloco, em largura, por mais velocidade que se meta nessa circulação não se desequilibra nem desgasta o adversário e não se criam oportunidades para finalizar. A formula é a mesma mas agora os resultados são ainda piores e o jogo interior e entre linhas só a espaços chega a Podence (a única oportunidade frente ao Steaua finalizada (mal) por Acuña foi uma excepção no jogo) e a ausência de verticalidade é muito confortável para os adversários como aconteceu com os recentes Vitória de Setúbal e Steaua. Curiosamente o jogo mais vertical acontece mais com a utilização de Doumbia, mais versátil e possante a furar o bloco adversário, sobretudo com as assistências de Bruno Fernandes. O Sporting vem demonstrando neste início de época mais do mesmo: Um modelo aborrecido e enfadonho, sem surpresas nem imprevisibilidade e não promete nada de bom para o futuro nomeadamente, no imediato, a sua continuidade na Champions. Acho que isso é um pensamento dominante excepto para o seu treinador J.J. que, e isto é o mais preocupante, achou muito bons os dois últimos jogos onde só faltaram os golos, Eu acrescentaria: faltaram os golos e ... as oportunidades para os marcar.

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    1. O futebol do Sporting estará a caminho de se transformar numa salada, sem sal, sem vinagre, sem tempêro, sem espectáculo, sem emoção, sem golos, sem vitórias, sem público...

      Tudo por causa da cristalização técnica de um treinador autenticamente à beira do precipício, que muito dificilmente Guimarães e Bucareste deixarão de empurrar para a sua queda final...

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    2. Queria só esclarecer que o "Unknown" das 23:37 de 16 de Agosto assinou Vítor Cruz. Saudações leoninas.

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    3. Caríssimo e velho amigo Vitor Cruz, o comentário a que te referes foi por mim publicado exactamente como me chegou. Certamente por lapso teu o nome do autor não constava. Mas tudo fica remediado com este teu esclarecimento de agora...

      Como verificarás pela minha resposta ao comentário de "Unknown/Vitor Cruz" concordo em absoluto com a tua análise.

      Grande abraço.

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  3. Bem, dizer que nos dois primeiros jogos do campeonato o Sporting não teve "nível de jogo elevado para justificar" as duas vitórias, parece-me, no mínimo, desonestidade intelectual.

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    1. A ideia que retirei da crónica de JR, foi completamente diferente daquela que o caro Duscher retirou. Em minha opinião o jornalista - por sinal afecto ao Sporting e por tal motivo aqui emoldurado em quadro verde! - ao afirmar que o Sporting não teve "nível de jogo elevado" não foi para justificar as vitórias, mas sim para justificar a sua entrada no "grupo restrito de equipas -apenas três! - que surpreenderam JR pela qualidade de jogo apresentada". Penso que acusar JR, no mínimo, de desonestidade intelectual quando não se compreendeu aquilo que escreveu, me parece, tanto um violento atentado ao carácter de um jornalista que não se conhece, quanto ao próprio carácter do caro Duscher, que não imagino a descer tão baixo!...

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    2. "...Por outro lado, há duas outras equipas que somaram as duas vitórias (Sporting e Rio Ave) sem terem revelado nível de jogo tão elevado para o justificar...".

      Se dizer que o Sporting não teve nível de jogo para justificar as duas vitórias, como o Jornalista afirma com todas as letras, não é desonestidade intelectual, não sei o que será.

      Quando se fala e analisa a equipa e os jogos do Sporting, o crivo é sempre elevado! Temos sempre que jogar o dobro ou o triplo de outras equipas cá do burgo.

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    3. Infelizmente a minha ajuda na interpretação correcta do texto de José Ribeiro, parece ter caído em cesto rôto e persiste a teimosia numa interpretação completamente errada. Lamento...

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    4. Caro Álamo, cada um fará a interpretação que entende sobre o texto em causa.

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    5. Obviamente que sim, caro Duscher, não me sobra qualquer dúvida.

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  4. Antes de despachar o JJ temos de pensar no treinador que virá para o seu lugar.
    Para mim o unico que faz sentido é Leonardo Jardim,pelo caracter,pela qualidade enquanto treinador e comunicador,pelo clubismo até, eu faria o L.Jardim o Ferguson de Alvalade.
    Estes jogadores que vieram,acuna,Matheus Pereira etc etc nunca teriam vindo e no seu lugar estariam jogadores como Iuri Medeiros e Francisco Geraldes.
    Claro que com apenas formação não dá,mas nas posições que precisamos temos de contratar 1 grande jogador em vez de 2 ou 3 bons jogadores.Por exemplo o ponta de lança e os centrais.Ano apos ano,passo a passo,o plantel e equipa do SCP iria ficar cada vez mais forte.
    Isto de fazer uma equipa todos os anos apenas serve para encher os bolsos dos agentes e empresários,em termos desportivos está mais que comprovado que a probabilidade de sucesso é muito reduzida.
    SL

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    1. Comungo o sentimento do amigo Balakov em relação a Leonardo Jardim. Mas há uma forte linha de separação entre o realismo que me norteia e o romantismo que o amigo alimenta. A saída para o Mónaco terá camuflado incompatibilidades indisfarçáveis e insanáveis entre LJ e BdC que, apesar de a elegância que ambos usaram no processo, não terão passado despercebidas aos mais atentos e informados, rol em que, sem falsas modésuias, me incluo. Nesta condição o regresso de LJ a Alvalade nunca será possível enquanto BdC for presidente...

      Quanto às restantes questões, inteiramente de acordo, se bem que haverá que corrigir não ter sido Matheus Pereira que ingressou recentemente no Sporting e sim, Mattheus Oliveira, filho de Bebeto.

      SL

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  5. A situação não é nova, mas configura problemas que se vão agravando e tornando cada vez mais difíceis de resolver.

    Se JJ mostrar que (já) não satisfaz os requisitos mínimos do Sporting, com que meios contará BdC para o substituir? Quem conseguiria motivar os jogadores e maximizar o seu rendimento de forma a salvar a época? Que (perfil de) treinador/manager poderia coexistir com BdC para desenvolver a equipa principal em articulação com a B durante os próximos anos? Etc

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    1. Direi ao Bruno que são duas questões bastante difíceis de equacionar: os meios do Clube determinados pela saída do actual treinador e a problemática coexistência de um outro treinador com a personalidade do actual presidente. Nesta condição, creio que as probabilidades de tal acontecer ainda no decorrer desta época, serão escassas ou mesmo nulas, a menos que uma solução interna pudesse vir a ser encontrada.

      No futuro, já com o encargo com o actual treinador fora do horizonte, julgo que persistirá a segunda questão, pelo que apenas perspectivo a alternativa do recurso a um técnico estrangeiro, embora dentro de portas se pudessem considerar algumas hipóteses, não fora a fama já construída por BdC: não vejo nenhum técnico nacional do reduzido leque que poderia interessar ao Sporting, a correr esse risco e a meter-se na boca do lobo! Bem complexa já será a missão quanto mais ter de suportar a sua verborreia e inconveniências. E mesmo lá fora, a fama já ultrapassou fronteiras...

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