Cheguei a casa após quase três centenas de quilómetros palmilhados no meio de cinco dezenas de leões com o coração tão apertadinho quanto o meu, depois de 45 minutos de dramático sofrimento em Alvalade, correspondentes a uma segunda parte para esquecer do jogo de ontem à noite com o Estoril, absolutamente imprópria para cardíacos e para os mais de 45 mil adeptos sportinguistas que não mereceriam assistir àquilo a que se viram forçados no teatro esplendoroso dos nossos sonhos.
E cheguei ao recato do lar com a mesma ideia que me apoquentou toda a viagem de regresso, a martelar-me o juízo e a fazer sangrar ainda mais o meu coração de leão: um dia destes ainda assistiremos a que das bancadas de Alvalade ecoe o som esmagador que um dia o saudoso Telé Santana foi forçado a ouvir dos adeptos do seu "timinho", aquele slogan que ficou famoso no Brasil depois de mais uma "burricada" - apesar do todo o seu talento, também era useiro e vezeiro na asneirola! - do respeitado treinador brasileiro: "É burro Telé, é burro"!...
Confesso que não estranharei se um dia também Jorge Jesus porventura se vier a arriscar a ouvir 50 mil leões gritarem em uníssono das bancadas de Alvalade: "És burro Jesus, és burro"!...
Porque Jorge Jesus é tão capaz de inculcar na mente dos seus jogadores estratégias e modelos de jogo capazes e suficientes para, por exemplo, estar a ganhar como na época passada, por 3-0 ao Vitória de Guimarães na cidade-berço, ou por 1-0 ao Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu, para depois, estúpida e asininamente, acabar por empatar 3-3 com os vimaranenses, ou perder 2-1 com os madrilenos, apenas porque lhe faltará o dom de antecipar que o esforço que exige aos seus comandados poderá estar e estará muitas vezes, muito para além dos limites humanos e ainda não terá descoberto que é possível fazer com que os seus homens "descansem em posse", através de uma alteração radical de estratégia nos momentos cruciais do jogos, abdicando da famigerada "vertigem ofensiva" e substituindo-a por uma "espécie de tiki-taka" que permitiria não só defender a vantagem alcançada, como caminhar inexoravelmente e para desespero dos adversários para o apito final do árbitro.
Ontem voltou a acontecer para desespero de um estádio repleto de sportinguistas apaixonados, que entoariam hinos de glória aos céus se o resultado final fosse o mesmo que se verificava ao intervalo e que só não regressaram a casa decepcionados e destroçados porque a "Senhora do VAR" terá, milagrosamente, intercedido por todos nós e por ele, Jorge Jesus, também!...
No final do encontro, o reconhecimento incontornável da verdade, através destas suas palavras:
«Já tinha previsto e sentido que era muito importante fazer golos na primeira meia hora, foi o discurso que passei à equipa. Fizemos seis jogos em 21 dias, sabia que a equipa não tinha capacidade para jogar com velocidade e intensidade defensiva. Para além dos jogos foram viagens, mudanças de horário… Os jogadores não são máquinas e principalmente sendo quase sempre os mesmos. Entrámos muito fortes, fizemos dois golos e a equipa continuou até ao intervalo sempre com essa vantagem. [...]
Na segunda parte fui jogando com o resultado e cansaço, havia muitos jogadores a dar sinais que já não dava. Alguns fingia que não ouvia, outros fingia que não via. Tem sido um mês de Agosto diabólico e sempre com vitórias, felizmente, agora contra uma boa equipa do Estoril que teve uma semana para se preparar, estava fresquinha.»
Irra que é demais! És burro Jorge Jesus, és burro!...
Leoninamente,
Até à próxima
E cheguei ao recato do lar com a mesma ideia que me apoquentou toda a viagem de regresso, a martelar-me o juízo e a fazer sangrar ainda mais o meu coração de leão: um dia destes ainda assistiremos a que das bancadas de Alvalade ecoe o som esmagador que um dia o saudoso Telé Santana foi forçado a ouvir dos adeptos do seu "timinho", aquele slogan que ficou famoso no Brasil depois de mais uma "burricada" - apesar do todo o seu talento, também era useiro e vezeiro na asneirola! - do respeitado treinador brasileiro: "É burro Telé, é burro"!...
Confesso que não estranharei se um dia também Jorge Jesus porventura se vier a arriscar a ouvir 50 mil leões gritarem em uníssono das bancadas de Alvalade: "És burro Jesus, és burro"!...
Porque Jorge Jesus é tão capaz de inculcar na mente dos seus jogadores estratégias e modelos de jogo capazes e suficientes para, por exemplo, estar a ganhar como na época passada, por 3-0 ao Vitória de Guimarães na cidade-berço, ou por 1-0 ao Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu, para depois, estúpida e asininamente, acabar por empatar 3-3 com os vimaranenses, ou perder 2-1 com os madrilenos, apenas porque lhe faltará o dom de antecipar que o esforço que exige aos seus comandados poderá estar e estará muitas vezes, muito para além dos limites humanos e ainda não terá descoberto que é possível fazer com que os seus homens "descansem em posse", através de uma alteração radical de estratégia nos momentos cruciais do jogos, abdicando da famigerada "vertigem ofensiva" e substituindo-a por uma "espécie de tiki-taka" que permitiria não só defender a vantagem alcançada, como caminhar inexoravelmente e para desespero dos adversários para o apito final do árbitro.
Ontem voltou a acontecer para desespero de um estádio repleto de sportinguistas apaixonados, que entoariam hinos de glória aos céus se o resultado final fosse o mesmo que se verificava ao intervalo e que só não regressaram a casa decepcionados e destroçados porque a "Senhora do VAR" terá, milagrosamente, intercedido por todos nós e por ele, Jorge Jesus, também!...
No final do encontro, o reconhecimento incontornável da verdade, através destas suas palavras:
«Já tinha previsto e sentido que era muito importante fazer golos na primeira meia hora, foi o discurso que passei à equipa. Fizemos seis jogos em 21 dias, sabia que a equipa não tinha capacidade para jogar com velocidade e intensidade defensiva. Para além dos jogos foram viagens, mudanças de horário… Os jogadores não são máquinas e principalmente sendo quase sempre os mesmos. Entrámos muito fortes, fizemos dois golos e a equipa continuou até ao intervalo sempre com essa vantagem. [...]
Na segunda parte fui jogando com o resultado e cansaço, havia muitos jogadores a dar sinais que já não dava. Alguns fingia que não ouvia, outros fingia que não via. Tem sido um mês de Agosto diabólico e sempre com vitórias, felizmente, agora contra uma boa equipa do Estoril que teve uma semana para se preparar, estava fresquinha.»
Irra que é demais! És burro Jorge Jesus, és burro!...
Leoninamente,
Até à próxima
As vezes à tua ironia Ta mesmo lá em baixo..viva o Sporting!
ResponderEliminarBom dia...
ResponderEliminarE depois de um sofrimento daqueles...
Ainda bem que já há o VAR...
Teremos de "lhe agradecer"... sermos campeões esta época...
E ainda não foi desta que tive o grato prazer de poder dar " ao vivo"...um abraço ao amigo Álamo...
Um dia há-de ser...
Abr e SL
O VAR é bom se for bem utilizado. E ontem foi para os dois lados, não foi só para o nosso.
EliminarCaro Álamo:
ResponderEliminarPenso que o que terá passado pela cabeça de JJ antes do jogo de ontem terá sido:
- no ano passado, nos jogos seguintes, fez algumas modificações na equipa, e correu sempre mal;
- claro que, nesse ano, as opções alternativas que tinha era, sempre, mas sempre, inferiores à da equipa titular;
- ora, para o jogo de ontem, até tinha opções que lhe permitiriam ter jogadores tão ou melhores do que os que tinham jogado na quarta-feira, mas, e há sempre um mas:
a) Adrien tem uma lesão que é limitante pela dor que causa;
b) William, bem, sobre William, como prometi no meu último comentário, não vou escrever, para mim está fora do radar; a única coisa a dizer é que nem sei como o Presidente se tem mantido calado, e louvo a atitude de JJ em defender o jogador, numa situação indefensável; note-se que até disse que ele já está recuperado e que só não o usou por opção técnica, para o menino poder ir para a Selecção one, e friso algo que disse há uma semana, Fernando Santos disse que o convocou "porque acha que ele está bem". Volto a escrever, Fernando Santos procedeu bem pior que JJ, ao desmascarar algo que JJ estaria a gerir com pinças, o que só lhe fica mal, muito mal;
- no meio disto tudo, falta dizer que JJ, de todo o modo, podia ter colocado Doumbia ao lado de Bas Dost (é incompreensível a aposta constante em Alan Ruiz, que mantém aquela atitude depressiva em campo, e que só faz pensar que estamos a jogar com 10), e ter apostado na nossa bola de bowling particular (Jonhatan, o maior a virar pinos), quando se tratou de substituir o estafadíssimo Fábio.
Desta vez deu certo, com muita sorte à mistura, e com a felicidade de o nosso carro de assalto (Mathieu, que jogador!) e Bruno e Gelson terem resolvido tudo mas vêm aí mais 6, pelo menos, ocasiões iguais, sendo pelo menos uma os confrontos com Barcelona e Porto, separados por quatro dias.
Vamos ver se o homem até lá pensa em planos alternativos.
Um Abraço grande,
José Lopes
Embora concorde que já várias vezes saímos prejudicados por erros do JJ, desta vez não concordo. Em vários momentos o vi no banco a pedir calma e trocas de bola, assim como vi alguns jogadores a pedir isso aos colegas.
ResponderEliminarMais confusão me fez ouvir assobios da bancada quando estivemos cerca de cinco minutos a trocar a bola sem que o Estoril a cheirasse. Obviamente que depois os jogadores sentem-se pressionados a tentar passes de risco.
De todos os comentários a este "post" (incluindo o mesmo)é aquele que eu mais concordo, especialmente em relação aos assobios, penso que existe quem prefira mesmo passar o final do jogos a sofrer devido à pressão que a bancada faz sobre os jogadores quando estão a "gerir o jogo", pode não ser muito bonito mas o objectivo é vencer.....SL
EliminarE ainda por cima com a idade já não aprende. 3 pormenores que senti entre todos nós adeptos antes / durante e no final do jogo. 1- todos reconhecemos que temos um grande plantel e com banco e a opinião dominante é de agradecimento ao nosso grande presidente.
ResponderEliminar2- As palmas para cada jogador quando era anunciado pelo speaker em contraste com o quase silêncio quando foi pronunciado o nome do nosso treinador.
3- no final era muito comentado por todos nós ( treinadorés de bancada ) qual a razão porque alterou a posição de Bruno Fernandes e colocou o Alan Ruiz quando tinha dado excelentes resultados nos 2 últimos jogos ( 10 GOLOS ) e voltou aquele futebol lento e previsível. MISTER SAIBA UNIR OS SPORTINGUISTAS.
Vão barda m....5 jogos oficiais, 15 golos marcados, 2 sofridos, apuramento para a Champions, primeiro lugar no campeonato, mas esta gente não tem vergonha? Era melhor os Paulos Sergios ou os Paulos Bentos ou como já uns desejavam, os Pedros Martins ou os Castro...é pá já não há pachorra para estes pseudo-adeptos. Nem quando a equipa ganha, depois de jogos que rebentaram a equipa completamente ainda dizem mal do treinador, haja vergonha!
ResponderEliminarPorque não vais tu e aproveitas para rebolar um pouco. Nós somos Sporting, como tal exigimos competências e qualidade. Se calhar faz te falta pagar o que muitos pagam em quotas, boxe's e equipamentos para a época.
EliminarArtista, sou socio, com as quotas em dia, minhas e do meu filho, bem como lugar anual (também para os dois). Eu não ofendi ninguém ao contrario de si, isso diz muito da critica que se faz. Já agora, também é socio? Também tem lugar? Para si e para o seu filho também? Como costume em gentalha velha do restelo que a ganhar assobia, atiram-se pedras para o ar. Barda m...sim. E se quiser, marcamos no próximo jogo e trocamos impressões cara a cara. Mas os dois com o cartão de socio e de cativo na mão!
EliminarJá andam a deitar foguetes Antes da festa como o costume, não vêem que isto está tudo minado, os tentáculos do polvo vermelho chegam a todo lado
EliminarO Jesus não é burro, falta-lhe é inteligência.
ResponderEliminarO VAR é um garante para mais verdade desportiva, é muito bem vindo.
ResponderEliminarNão concordo quando dizem que fomos salvos pelo VAR, quando este também nos invalidou um golo.
Quanto só que diz do JJ, concordo plenamente.
SL
E não viu o agarrão, com derrube, ao Bas Dost -havia uns 39 mnt de jogo.
EliminarCasa em que não há pão... (o pão, aqui, é a disponibilidade física)
ResponderEliminarFoi visível, a partir dos 25 mnts, que a equipa começou a deixar de responder:aqui, uma peça, depois, ali, outra, acolá ainda mais outra... e os estorilistas começaram a sair do sufoco, começaram eles a trocar a bola e a fazer-nos correr atrás dela. Como começámos o jogo só com 10 jogadores(o Alan é muito bom jogador, mas a sua rapidez é a pensar que há outros para defender), as coisas agravaram-se, acabando como sabemos: o Bruno e o Gelson davam uma corridinha e ficavam 2-3 mnts a recuperar, o Acuña ia disfarçando (o rapaz, tal como o Piscinas, tem pilhas que se desgastam mas nunca esgotam), o Coentrão... enfim, são jogos a mais e, vá lá, surpresa das surpresas, o "lento" Mathieu é um senhor jogador -um grande jogador, para ser sincero.
A poupança física poderia, quanto a mim, ter começado em Bucareste e ser continuada neste jogo. Mas, lá está, baixas muito importantes já tínhamos duas, à partida; junte-se o Alaz e faz três -o leque de opções fica drasticamente diminuido.
A coisa correu bem e fico a desejar que a mão de JJ -a que deu a palmada no "abrigo"- lhe fique a "arder" durante alguns dias, assim terá muito tempo para pensar no "que passou-se", como diz o outro.
Se os adeptos assobiam quando estamos a gerir esforços tudo bem mas também tem que se espreitar o 3º quando já se descansou o suficiente. Há que alternar entre gestão de esforço e forçar para tentar resolver o jogo. E isso o JJ não pode ligar às palmas ou aos assobios, tem que ser ele a ter esse discernimento. A verdade é que o último jogo podia ter corrido mal, que se tirem as devidas ilações. Agora chamar-lhe burro ou génio para mim é indiferente quero é que o SCP seja campeão.
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