sábado, 8 de outubro de 2016

É só faladrar, faladrar!...


É SÓ FALAZAR, FALAZAR

«Era desnecessário o comunicado do Benfica a explicar aos incautos que o presidente do clube ao dizer "por favor, não falem dos outros clubes" não feriu nem os Estatutos do clube nem a Constituição da república restringindo o direito à liberdade de expressão aos adeptos e aos associados com maior ou menor expressão pública, o que seria francamente intolerável. As próprias palavras de Luís Filipe Vieira seriam desnecessárias se a Natureza providenciasse a todos os da sua casa lucidez e modéstia em doses bastantes para que ninguém sucumba à doença infantil da microfonite aguda face à tenda que se vê montada do outro lado da rua.

Vieira sabe que, pelo segundo ano consecutivo, o Benfica está a ser levado ao colo por aquilo a que se convencionou chamar, por respeito à instituição, ‘a comunicação’ do Sporting e que, por incrível que pareça, já conheceu melhores dias. Se, por exemplo, o ‘kit’ Eusébio fez o seu relativo furor na imprensa em Outubro de 2015, já esta ‘denúncia’ de Outubro de 2016 sobre ameaças a árbitros não mereceu sequer chamada de primeira página nos três jornais desportivos em circulação. Imagine-se só o que será e o que vai acontecer à denúncia de Outubro de 2017…

Basicamente será aquele estribilho que já cantava a Beatriz Costa, em 1936, numa revista do Parque Mayer:

- É só conversar, falazar, falazar…

Foi um sucesso imediato. O espetáculo esteve meses em cartaz e tinha o curioso título de ‘Arre Burro!’...»
(Leonor Pinhão, Floresta de pernas, in Record)


Ele há coisas do "arco da velha"!...
Ainda estou para saber por que raio ou carga de água, sempre que leio uma crónica da "distinta benfas Pinhoa", me assalta a mente a imagem daquelas cadelas rafeiras, raivosas e impertinentes, que me perseguiam em miúdo pelas ruas de macadame da minha Fogueira lá na minha querida Bairrada, sempre que me lembrava de dar uma volta de bicicleta?! Se me deslocasse a pé, enfrentava-as e elas piravam-se com o rabo entre as pernas. Mas de bicicleta, era um fadário...

É só faladrar, faladrar!...

Leoninamente,
Até à próxima

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