quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Cavalgaduras!...


Vieira é ingrato com a loucura

Benfica não saiu da depressão por ter cuidado com o dinheiro que gastava

«O Benfica não entra em loucuras, jura o presidente Luís Filipe Vieira. As loucuras pareciam três, mas são duas. Fica de fora a "loucura" de tentar segurar Telma Monteiro (eu não experimentaria, até por sofrer da coluna), porque essa foi uma encenação à Sporting: no dia em que Vieira fechava a campanha eleitoral, veio oportunamente a público a notícia do assédio sportinguista à judoca e a revelação dramática (à noite e em pessoa) de que ela decidira não trair o coração benfiquista. Na véspera, por coincidência, soubera-se que Nelson Évora decidira o oposto, ou seja, traíra coração, fígado, pâncreas, os miúdos todos. As duas outras loucuras em que o Benfica não entra são loucuras em que o Benfica já entrou. Vieira não chegou ao maior passivo financeiro dos clubes nacionais por ser o São Francisco de Assis do futebol português e por manter a equipa de futebol vestida de serapilheira. Na última década, houve várias épocas loucas na Luz e algumas delas (2013/14, por exemplo) fundamentais para que agora o presidente possa ter este discurso de cónego do FMI. Fica mal renegá-las. Como também é feio fazer de conta que o Benfica não passou anos a experimentar tácticas monopolistas e de rapina nas modalidades extra-futebol semelhantes às que o Sporting decidiu pôr em prática agora. Experimentou, inclusive, o estrangulamento financeiro dos adversários, opondo-lhes orçamentos inatingíveis. E, mais uma vez, não devia branquear essas acções, até por interesse próprio. Foi por ter decidido correr esses riscos que deu a volta a um tempo em que o Porto conseguia ser campeão simultâneo em todas as modalidades colectivas.»

Claro que seria impensável que qualquer dos desportivos de Lisboa publicasse uma crónica como esta que o director de O Jogo fez publicar já lá irão mais de três horas! A única tinta que na capital será permitido usar aos directores, adjuntos e jornalistas de cada um deles é o vermelho e depois de muito bem mastigado. E cada vez mais se radicaliza nos leitores portugueses a ideia de que terá sido hasteada na capital, que alguém já terá tido a ousadia de designar de mourama, a bandeira negra do "estado lampiânico", exibindo ao centro o círculo branco onde se destaca uma arrogante e jactante águia negra:



Claro que só com tinta azul nos poderia chegar lá do Norte a desmontagem arguta, coerente e arrasadora da encenação "telma monteiro", a que a própria, com a inocência e o "fair play" oriental do desporto que pratica, acabou por dar cobertura...

Claro que a cada um dos directores, adjuntos e jornalistas da "pasquinada lampiânica" está vedada a desmontagem das outras "duas loucuras" do "kadafi dos pneus", condenado por roubo nos tribunais e de novo reeleito pelos 14 milhões.

Claro que os únicos que irão com o passo certo serão os lampiões, restando a todos os outros o epíteto de...

Cavalgaduras!...

Leoninamente,
Até à próxima

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