É só uma questão de dinheiro?
«Voz informada do Sporting referiu-me que a diferença de investimento interno nos últimos anos relativamente aos rivais andaria na ordem dos 100 milhões. Por outras palavras, em matéria de infraestruturas, comunicação, digitalização, conservação, modernização, etc, é essa a ordem de grandeza do fosso.
Os rivais gastam mais dinheiro no futebol, têm equipas substancialmente mais caras e, no papel, melhores jogadores. Já aqui escrevi que o Sporting se deixou atrasar em várias frentes, e a vertente financeira é uma delas, agravada pelas desastrosas consequências de Alcochete.
O Sporting tem de encarar de frente, sem tibiezas ou preconceitos, esta questão do dinheiro. O accionista principal faz o que pode, mas não tem capacidade financeira para acorrer às exigências competitivas de uma equipa à altura dos pergaminhos do clube e às expectativas dos adeptos. O Sporting é forte nos valores mas, no resto, é o mais fraco dos fortes. A seriedade, por si só, não ganha troféus, muito menos em Portugal.
Os problemas, contudo, não são apenas financeiros, porque o Sporting é especialmente débil na sua coesão associativa, onde há pessoas que parece que se comprazem mais em atacar do que defender. E que dizer daquele deprimente espectáculo das tochas em Leiria, depois de tudo o que aconteceu? Quem se revê neste tipo de ‘claques’?
Diz-se que o sucesso cala muitas bocas, mas a grandeza de um clube vê-se sobretudo nos momentos difíceis, e quando isso ocorre no Sporting, como agora, vejo sinais preocupantes de desagregação e derrotismo.
Ninguém deseja unanimismos - nunca foi essa a cultura do clube - mas, que diabo, há alguma necessidade de passar para o exterior tanto autofagismo? Não basta o lobby de certa comunicação social, que solta as parangonas cada vez que o Sporting perde? O Sporting precisa de estabilidade, tempo e ousadia. Será assim tão difícil compreender?»
É o que temos, mesmo com estes "abrolhos"!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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