quarta-feira, 24 de agosto de 2022

"E o que não nos mata, torna-nos mais fortes"!...


Tenaz revisitada

«O Benfica vendeu o seu melhor jogador, mesmo antes de se apurar para a Champions e contratou em sua vez, um substituto de tal modo bom, que ainda não jogou.

O FC Porto no auge da discussão do título da época passada, transferiu o Luís Díaz, por absoluta necessidade financeira. No defeso, partiram Fábio Vieira, praticamente despachado, Vitinha e Francisco Conceição.

Estes episódios foram abordados pela generalidade dos comentadores e dos media, com muito menos especulação e dramatismo, do que a operação Matheus Nunes. Porque será?

Mesmo no foro interno do Sporting, a saída de João Mário, na véspera, curiosamente, de um jogo contra o FC Porto, ou mesmo de Bruno Fernandes, levantaram muito menos celeuma.

Só encontro duas explicações.

A primeira é que o Sporting de 2022 é muito mais relevante do que aquele que existia no passado.

A segunda é que qualquer acontecimento no Sporting é transformado pela concorrência em crise convulsiva, justamente porque o clube passou da irrelevância ao estatuto de ‘major player’. Esta evolução incomoda muito boa gente, nomeadamente aqueles que defendem que o país desportivo é pequeno demais para três e querem reparti-lo só entre eles.

Deu jeito Matheus sair nesta altura? Claro que não, mas a pressa do Wolves em ter o jogador, terá limitado a margem de negociação, como o prova o facto de ter entrado directamente na equipa, em partida crucial.

Gostei do discurso do Rúben Amorim? Pela primeira vez discordei, embora compreenda que a evolução das coisas, nem sempre é amiga da coerência.

Se acho que Frederico Varandas já se devia ter pronunciado? Porventura sim, mas ele saberá gerir os seus tempos de comunicação.

A gestão de uma equipa de futebol e de um clube em défice crónico de tesouraria, não tem de ser uma orquestra sinfónica, em que tudo tem de estar afinado e não se toleram cacofonias.

Que a poderosa máquina de propaganda dos rivais alvoroce, não me admira. Que os alcochetistas e os saudosos do “Varandas out”, protestem, também não surpreende.

O que verdadeiramente espanta é que haja sportinguistas que não percebam todo este envolvimento e embarquem em descrenças derrotistas, que o passado recente não justifica.

Não quer isto dizer que se passem indefinidamente cheques em branco, nem o Sporting tem essa cultura de entronização. Agora desunir, quando tudo está ainda em jogo é, como a experiência dolorosamente ensina, regredir.»

Reflectir é meditar, é tentar compreender, tentar aceitar, é debruçarmo-nos sobre nós próprios. A reflexão permite-nos analisar, entender e a partir daí, conseguir encontrar soluções para problemas que muitas vezes julgamos impossíveis de solucionar, simplesmente pelo facto de não olharmos para o nosso interior...

As mais recentes provações de toda a grande Nação Sportinguista obrigaram a aturada reflexão colectiva, que vinha sendo sucessivamente adiada, por via de um natural "estado de graça" subsequente à celebração de um título de campeão ao fim de quase duas décadas de jejum. 

Mas haverá males que vêm por bem...


"E o que não nos mata, torna-nos mais fortes"!...

Leoninamente,
Até à próxima

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