«Que o desporto traz rivalidades e nem sempre as mais saudáveis, já todos sabem.
Que a busca incessante (ou a sua manutenção) pelo sucesso traz-nos, por vezes, ao de cima o pior de alguns "desportistas" também não é novidade.
Que muitas dessas vezes, algumas das maiores e mais intensas rivalidades encontram-se dentro da própria equipa também já faz parte dos compêndios da história do desporto.
Ainda assim, não tenho palavras para descrever o que vi, conjuntamente com todos os portugueses aqui e além-Mundo, Nelson Évora fazer na final da competição de triplo salto em Tóquio onde Pedro Pablo Pichardo carregava a responsabilidade de trazer para Portugal ‘a’ nossa medalha de ouro.
Nelson além de ser campeão olímpico co-financiado por Portugal, carregava a acrescida responsabilidade de ter transportado nas suas mãos o estandarte português na cerimónia de abertura e de também por isso ajudar a liderar TODA a comitiva desportiva portuguesa, onde se inclui o seu colega de equipa Pedro Pichardo.
Segundo li, Nelson nasceu em Abidjan e (assim como os meus filhos, pelo lado materno) tem ascendência cabo-verdiana.
Pedro Pichardo em Santiago de Cuba.
Para mim, enquanto português, orgulhoso da nossa História e de um Portugal multicultural, tanto me faz onde tenha nascido Nelson Évora, Jorge Fonseca, Patrícia Mamona ou Pedro Pichardo, assim como Pepe, Deco ou agora Matheus Nunes, assim como me é totalmente indiferente saber com que idade, qualquer um deles, veio para este nosso país Atlântico, ou se foi por sua iniciativa ou dos seus ascendentes.
São portugueses que correm/saltam/lutam/jogam sob as cores da nossa bandeira e como tal isso chega-me.
Nelson foi invejoso, mesquinho e de mau carácter (diferente do ‘mau perder’ que todos os campeões têm e devem ter). Características nada abonatórias para um campeão olímpico. Comportamento agravado pelo facto de não ter apresentado um pedido de desculpas público a Portugal e aos Portugueses.
Por sua vez, o presidente do Comité Olímpico, José Manuel Constantino (JMC), esteve brilhante e exemplar na forma como tratou o caso sem esquivas ou respostas evasivas, com máxima frontalidade e rectidão, não se socorrendo de desculpas ou ‘panos quentes’ como por vezes os dirigentes têm tendência a tratar de forma ligeira estas questões mais delicadas.
Em Fevereiro último escrevi nesta coluna que "o desporto em Portugal precisa de ser culturalmente repensado, para poder ser socialmente percepcionado de forma diferente pela população" e que "só ao chegar mais e melhor à cabeça dos nossos concidadãos e fazendo também a sua parte na captação de funding privado podem as organizações federativas e COP influenciar de outra forma os políticos portugueses".
Ao ouvir o presidente do COP a pedir reforço de verba do Estado apenas com mais certeza fiquei do que escrevi então e será com certeza o seu grande desafio caso se venha recandidatar a um novo mandato.»
Bem ao contrário do que rezam as sagradas estrofes de "A Portuguesa", Nelson Évora abalou seriamente o esplendor de Portugal!...
Imperdoável!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Caro Alamo, desculpe dizer que so é enganado quem quer. O triste espetaculo de dois tontos aos pulos com a bandeira de Portugal na mao e a figura triste que depois fizeram diz bem do porque de alguns falharem sempre nos jogos olimpicos e depois de 4/5 anos que deviam ser de preparação. Meninos bonitos ca no burgo que na hora h pouco dão. SL
ResponderEliminarNelson Évora apagou todas as suas conquistas. Para mim é... ZERO.
ResponderEliminarImperdoável.
Apenas merece o nosso completo e total esquecimento!...
ResponderEliminarComo estão as tricas entre os dois, é feio e condenável a ação do Nelson. Mas como começaram as tricas entre os dois? Alguém sabe?
ResponderEliminarCreio que só os dois saberão e será caso para ambos resolverem da forma que entendam melhor, especialmente se puderem deixar de dar o triste espectáculo que têm dado.
EliminarAgora este postal, com a preciosa colaboração de LMH, teve por objectivo exclusivo analisar o comportamento de NE que, ao pretender beliscar PPP, acabou por colocar em causa a própria Pátria que o acolheu, da mesma maneira que tem acolhido tantos e tantos atletas. Uma completa e iníqua indignidade!...
Vamos lá ver se nos entendemos. O problema começou quando o Nelson Évora assinou pelo SCP e o benfica foi buscar o Pedro Picharro para manter a equipa de atletismo forte.
ResponderEliminarO Pedro Picharro, segundo eu li na imprensa espanhola, queria ficar em...Espanha e até andou a ser " vendido pelo pai " na Alemanha. Nenhum clube espanhol não o quis, porque a sua naturalização demoraria muito tempo e o seu investimento, para além de ser avultado ( ordenado ao pai e ao filho ) era de retorno incerto.
Portanto, o benfica coma saída do N. Évora, foi buscá-lo e assumiu o seu pagamento e a sua naturalização " Nescafé " só possível - como agora ser vê - com as influências do benfica no Estado.
Só para terem uma ideia, para naturalizar uma portuguesa, filha de pais portugueses da chamada Metrópole, com bilhete de identidade obtido em Angola como Portuguesa, antes do 25 de Abril, mas como o seu Assento de Nascimento se extraviou com a guerra civil angolana, demorei quase 4 ( QUATRO ) anos. Portanto, este caso teve logo aqui o seu pecado original.
Quanto ao resto, eu continuo a dizer: para o Estado Português, independentemente dos seus governos, é muito mais barato uma medalha de um português naturalizado à pressa, do que o investimento no DESPORTO ESCOLAR, que não existe. E era aqui que deveríamos começar a ganhar medalhas, aliás como a Patrícia Mamona referiu e muito bem.
Isto claro, nada tem a ver com a vinda dos Imigrantes e a sua integração na nossa Comunidade são sempre bem vindos e desejados.
Portugueses " Nescafé " não.
Um abraço.
Matheus Nunes, em Portugal desde os 12 anos, esperou DEZ anos pelo passaporte.
ResponderEliminarNatural de um país que fala português e membro dos PALOPS.
Alguém poderá explicar isto?