Às pernas do adversário
Ver as entradas dos jogadores do Atlético e do Leixões sobre os jovens do FCPorto e do Sporting André Silva e Mauro Riquicho (punidas com amarelo!!...), e a consequência que poderiam ter tido sobre as suas promissoras carreiras desportivas é o mote para voltarmos a um assunto por de mais evidente. Já sabemos que a forma como a agressividade tem crescido nos relvados nacionais não tem sido bem avaliada por muitas equipas de arbitragem. Mas esse crescendo está directamente relacionado com o laxismo que as equipas constituídas por Fernando Gomes desde 2010 nos órgãos disciplinares adoptaram como natureza e idiossincrasia. Desde então não se distingue entre a agressão física (sem relação imediata com a disputa de bola) e o 'jogo violento' (entradas ao corpo do adversário relacionadas com a disputa de bola), mesmo depois das alterações regulamentares feitas na Liga em 2007 e 2010; para ambas as hipóteses vão todos os jogadores expulsos corridos com a suspensão de 1 jogo (tal como é punido um 'duplo amarelo'...), sem qualquer interpretação valorativa das descrições que os árbitros fazem nos seus relatórios; a reincidência é vista como uma acumulação sem juízo adicional de censura; a sensação de impunidade instalou-se e o campo passou a ser cada vez mais uma área de elevado risco. Pois. Os senhores 'conselheiros' estão na federação a assobiar para o ar e a vida corre entre os pingos da chuva que cai sobre os árbitros...
Já sabemos também que há muito se fala de uma importante medida: suspender os autores das faltas violentas, com consequência física grave, durante o período de incapacidade e recuperação do jogador lesionado. Já existe há muito essa sanção temporária para as agressões (lembram-se da novela Paulinho Santos vs João Vieira Pinto?) mas teima-se em não alargá-la expressamente para os 'tackles' e 'vassouradas' intoleráveis. Medida custosa mas, nesses casos de maior censura, proporcionada e tuteladora da correspectividade do dano. Porém, só se 'lembram' quando a grosseria atinge a nossa casa…
Em Junho houve modificações do Regulamento Disciplinar da Liga. Mais uma vez não se mexeu nas infrações que mais respeitam à integridade física dos principais intervenientes no jogo. Os clubes estavam muito atarefados com a necessidade de extinguir a Comissão de Instrução e Inquéritos e afastar os seus membros da jurisdição do futebol profissional. Com certeza que deveriam ser eles que andavam por lá a entrar às pernas dos jogadores...
(Ricardo Costa, Por força da Lei, in Record)Ver as entradas dos jogadores do Atlético e do Leixões sobre os jovens do FCPorto e do Sporting André Silva e Mauro Riquicho (punidas com amarelo!!...), e a consequência que poderiam ter tido sobre as suas promissoras carreiras desportivas é o mote para voltarmos a um assunto por de mais evidente. Já sabemos que a forma como a agressividade tem crescido nos relvados nacionais não tem sido bem avaliada por muitas equipas de arbitragem. Mas esse crescendo está directamente relacionado com o laxismo que as equipas constituídas por Fernando Gomes desde 2010 nos órgãos disciplinares adoptaram como natureza e idiossincrasia. Desde então não se distingue entre a agressão física (sem relação imediata com a disputa de bola) e o 'jogo violento' (entradas ao corpo do adversário relacionadas com a disputa de bola), mesmo depois das alterações regulamentares feitas na Liga em 2007 e 2010; para ambas as hipóteses vão todos os jogadores expulsos corridos com a suspensão de 1 jogo (tal como é punido um 'duplo amarelo'...), sem qualquer interpretação valorativa das descrições que os árbitros fazem nos seus relatórios; a reincidência é vista como uma acumulação sem juízo adicional de censura; a sensação de impunidade instalou-se e o campo passou a ser cada vez mais uma área de elevado risco. Pois. Os senhores 'conselheiros' estão na federação a assobiar para o ar e a vida corre entre os pingos da chuva que cai sobre os árbitros...
Já sabemos também que há muito se fala de uma importante medida: suspender os autores das faltas violentas, com consequência física grave, durante o período de incapacidade e recuperação do jogador lesionado. Já existe há muito essa sanção temporária para as agressões (lembram-se da novela Paulinho Santos vs João Vieira Pinto?) mas teima-se em não alargá-la expressamente para os 'tackles' e 'vassouradas' intoleráveis. Medida custosa mas, nesses casos de maior censura, proporcionada e tuteladora da correspectividade do dano. Porém, só se 'lembram' quando a grosseria atinge a nossa casa…
Em Junho houve modificações do Regulamento Disciplinar da Liga. Mais uma vez não se mexeu nas infrações que mais respeitam à integridade física dos principais intervenientes no jogo. Os clubes estavam muito atarefados com a necessidade de extinguir a Comissão de Instrução e Inquéritos e afastar os seus membros da jurisdição do futebol profissional. Com certeza que deveriam ser eles que andavam por lá a entrar às pernas dos jogadores...
Na sequência do espectáculo degradante, em termos de permissividade arbitral, protagonizada por um consagrado árbitro internacional, que acabei de ver no estádio do Bessa, nada melhor do que deixar por aqui a excelente crónica de Ricardo Costa, professor de Direito da Universidade de Coimbra e ex-presidente da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, afastado do futebol como "persona non grata" como responsável pelo famigerado desfecho do "Apito Final".
Ricardo Costa estava a mais no pântano do nosso futebol!...
Leoninamente,
Até á próxima
Ricardo Costa estava a mais no pântano do nosso futebol!...
Leoninamente,
Até á próxima
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