'Bora te beio, Alberto!!!...

Meia dúzia

«À moda antiga, o Benfica esmagou um Belenenses atarantado e sem traquejo. Um resultado destes já está fora de moda. Só é possível quando o vencido entra em campo sem saber para ao que vai. Rui Pedro Soares só pode ter pensado " Lito Vidigal, volta que estás perdoado", só que Vidigal navega com sucesso noutras águas e a ver como Belém se vai.

Embora com a ajuda do adversário, o Benfica levou ao rubro os seus adeptos com vitória de encher o olho e exibição de grande qualidade, podendo ter dado um chuto na clara intranquilidade que se instalara, com o filme de terror da pré-época. Então, é tempo de serenidade na Luz, de olhar para dentro, de resolver os problemas, nomeadamente no apoio ao seu treinador, homem sério e competente, e apostar em sucessos desportivos e, muito importante, resolver a tremenda dívida, que, em Junho deste ano, ultrapassava os 420 milhões de euros. Coisa astronómica.

É tempo também de parar o envio de "pontas-de-lança" para a comunicação social, cuja missão é ofender a inteligência e paciência de quem gosta do jogo da bola, de parar de tentar enxovalhar jornalistas sérios, como foram alvo, na sequência da entrevista a Jorge Jesus, os profissionais desta casa. Vergonha.

Só um fanático é que não quer ver como Jorge Jesus foi expurgado do Benfica. Tentar branquear isso com "pontas-de-lança" agressivos nas televisões e processos judiciais já nem areia consegue projectar para os olhos dos adeptos do futebol. É mais uma página negra das muitas em que o futebol português deixa registada a sua história, num período também ele negro para este desporto de paixão.

Na indústria do futebol, os sucessos desportivos são vitais, eles fazem empochar(?) milhões, porque conquistam mercados e apaixonam adeptos, mas os meios não podem justificar os fins. Esta teoria nasceu no exemplo de um falso príncipe, e filho de Papa, que acabou mal. É tempo de novos dirigentes no futebol português, a começar pelo topo, onde devem estar homens da arte.

(Alberto do Rosário, Opinião, in Record)

Não sei onde Alberto do Rosário tinha a cabeça quando escreveu a sua crónica. Eventualmente em tal estado que entendeu tentar uma impossível quadratura do círculo ou encontrar a fórmula resolvente de uma equação do terceiro, quiçá quarto grau! Ou será que resolveu emigrar há muitos anos e só conhece o país pela internet?!...

Cá pela terra que fiz minha há bem mais de 40 anos, há uma expressão que se ajusta como uma luva ao seu utópico desígnio:

'Bora te beio!!!...

Leoninamente,

Até à próxima