sábado, 26 de outubro de 2013

Se estivermos bem juntinhos, vai-se embora o mandador !...



 
O recém-eleito presidente da Câmara Municipal do Porto, numa incursão deveras despropositada numa área  que as altas responsabilidades há poucos dias assumidas, lhe deveriam proibir, resolveu continuar a assinar a coluna de opinião de um jornal desportivo, quando a imediata suspensão seria de todo mais recomendável.
 
Não satisfeito com "esses dois erros colossais" e como portista confesso e incapaz de separar as águas onde agora navega, veio pretensamente alertar as hostes dos "andrades", para a necessidade de “calar Bruno de Carvalho e o seu populismo”.
 
Claro que não ficou sem resposta, como deveria ter previsto e acautelado. Em sete meses de mandato, o Presidente do Sporting Clube de Portugal já se terá identificado suficientemente bem para que Rui Moreira tivesse o cuidado de evitar esta desnecessária batalha, que absolutamente nada terá a ver com a tremenda guerra que será, no mínimo, igualar os excelentes resultados de quem o antecedeu. 

Nesta condição, Rui Moreira colocou-se a jeito e a resposta,  arguta, desempoeirada e, em absoluto, ajustada, não se fez esperar. Para além dos três erros grosseiros anteriores, terá cometido por narcisismo, um quarto, que foi julgar-se singularmente capaz de dominar tanto a política como o futebol. Bruno de Carvalho disse-lhe, de forma clara e demolidora, que não deverá considerar-se único: 

“Quem tem responsabilidades como as de Rui Moreira não pode fazer crónicas daquelas. Não são feitas no momento, nem a quente. São pensadas e reflectidas. Somos livres de emitir opinião mas... fiquei surpreendido. E já que o presidente da CM Porto se permitiu falar sobre futebol, vou falar de política. Acho graça quando ouço que ele foi um dos independentes com a vitória mais surpreendente das últimas autárquicas... Antes da candidatura, foi dependente de partidos e figuras partidárias; agora é o mesmo cenário. Não deve ser fácil fazer todas estas conjugações na sua vida. Para lá de todas estas dependências, já se viu que tem uma subserviência muito vincada ao seu ídolo desportivo. No meio desta ginástica, não deve ser fácil passar tanto tempo de joelhos. Depois de ler o que escreveu, aprendi que mais vale ser popular do que hipócrita.".

E o "baile mandado" em que há três décadas "dança" o subserviente futebol português, parece estar a sofrer um violento distúrbio. E o mandador e acompanhantes, estarão a reagir muito e mal e sem o mínimo "fair play", às vozes que, não lhe reconhecendo qualquer legitimidade legal e moral, já se estarão a sobrepor aos seus berros ditatoriais. E como noutro contexto e bem, Fausto há muitos anos dizia, "se estivermos bem juntinhos, vai-se embora o mandador"!...

Leoninamente,
Até à próxima

3 comentários:

  1. linda resposta!
    João Silva, Braga

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    1. Caríssimo João Silva, com todos os defeitos que lhe possam apontar, parece-me que, finalmente, temos um...PRESIDENTE !!!...

      SL

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  2. E que presidente... meus senhores... e que PRESIDENTE...!!!

    SL

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