segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O Leão sabe, que depressa e bem...



Comentadores e economistas

Economistas e comentadores desportivos associaram-se na empresa “Desgraças, Ilimitada”. Os economistas não previram nem cheiraram a crise que aí aportou, uns instalados à mesa do orçamento, na liderança de Empresas Públicas e afins, outros, afastados dessas mordomias pela viragem de ciclo, a dar aulas, enquanto esperavam nova viragem e regressos apetecidos.

Quando a crise chegou, caíram todos sobre os media que nem um bando de pardais sobre um campo de milho maduro e, durante três anos, todos os dias, anunciaram o fecho do País para obras. Não previram a crise, mas foram categóricos na desgraça e exímios na arte de aterrorizar os portugueses. Como na velha estória da “vinda do lobo”, o crédito foi-se e ninguém lhes liga puto e já só falam para a sua própria barriga, inchada de excessos.

Os comentadores desportivos não assapam à mesa do orçamento, mas no apontar à desgraça sofrem dos mesmos tiques, excepto quando o assunto é Benfica. Aí, qualquer pequena vitória é anunciada, elogiada e empolgada como coisa única e fabulosa.

Nos últimos dois anos, até há alguns meses, os comentadores, em unicidade, nada de bom anteviam para o Sporting e lamentavam, com lágrimas de crocodilo, a possibilidade de o clube desaparecer. E acrescentavam, em tom pesaroso, que tal seria uma tragédia, tamanha a falta que o leão faria ao futebol português. Ora, lá está.

Estes fatalistas interiorizaram um defunto, mas o morto não esteve de acordo e ressuscitou. E renasceu, coisa magnífica, a jogar bem à bola e a ganhar os jogos. Nem o país fechou nem o Sporting acabou, e a empresa “Desgraças, Ilimitada” está em insolvência.

Vejam só, durante a semana que antecedeu este clássico no Dragão, o Sporting já não foi apontado como o cordeiro que ia ao sacrifício, mas como uma equipa capaz de discutir o jogo. Hajam deuses.

O jogo foi o que foi. O FC Porto era o favorito e cumpriu o que lhe competia, o emergente, com uma bela exibição, saiu de cabeça erguida. O leão sabe bem que Roma e Pavia não se fazem num dia.

Nem sempre estarei de acordo com o autor das crónicas, Bilhar Grande, que regularmente nos aparecem no jornal Record. Direi até que terão sido mais os pontos de colisão que nos têm afastado, bem particularmente na fase de transição do "descalabro leonino" para o o retomar do caminho que hoje nos anima. 

Mas hoje ao ler o texto publicado, surpreendeu-me agradavelmente, porque em absoluto coincidente com uma ideia que já me tinha perpassado pela mente e que agora, se para aqui a trouxesse, até  a mim me soaria a plágio. E como entendo que depois de Colombo "colocar o ovo em pé", de espertos estará o mundo cheio, deixo o texto de Alberto do Rosário e o meu forte e leonino aplauso.

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. Será que até os comentadores (os que usam o cérebro para comentar...), aos poucos "estão a acordar para a realidade" e a constatar que o Leão "mexe e mexe bem" e morde...e se preciso até "dá coices", não que seja burro...mas porque à força de resistir a tantos ataques que lhe foram feitos por muitos que o enterraram antes de tempo, "aprendeu" a fazer uso da única "coisa inteligente" que um burro possa ter...os cascos (neste caso, as garras)...!!

    Ainda havemos de ver "muitos desses sacaninhas" que ao longo dos tempos "apostaram" no nosso desaparecimento...a virem "comer à mão"...
    Desejo então que os espere um bom saco de racção...e uma "parelha de coices"...

    Sporting Sempre...!!

    SL

    ResponderEliminar