quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Muita pedra para partir antes de ter Rinaudo!...

Mudar de comida para crescer!...
Porque o Sporting sem Rinaudo, continua a ser o Sporting, mas não é a mesma coisa.. Escrevi-o aqui, em 3 de Novembro de 2011, naquela fatídica noite para o jogador e para o Sporting!... E, como aquela minha premonição estava certa!!!...
Nunca mais o Sporting foi o mesmo. E de jogo para jogo vem revelando uma cada vez maior incapacidade para se soltar e colher de surpresa os adversários, que com Fito em campo, quando acordavam, já pouco ou nada mesmo havia para fazer.
Domingos Paciência partiu em busca de um sucedâneo, ensaiando primeiro o substituto natural que deveria ser André Santos, mas a resposta deste trouxe-lhe apenas amargura e desconsolo, porque a sua macieza defensiva e os vícios e medos que adquiriu com Paulo Sérgio na hora de lançar a equipa para o ataque deram-lhe a certeza que essa aposta muito dificilmente poderia vir a ser ganha. Mudou de rumo e chamou Daniel Carriço, ganhando alguma consistência defensiva mas, simultaneamente, perdeu ainda mais na construção.
Terá alertado depois os dirigentes responsáveis, para a necessidade de encontrar no mercado o elixir milagroso para a resolução do grande problema da equipa. Mas aí foi confrontado com a dura realidade de faltar no Sporting aquilo com que se compram os melões.
O custo zero e/ou a prata da casa, seriam a única solução. E veio Renato Neto e em dois jogos consecutivos o brasileiro, revelando-se uma alternativa bem melhor que as duas anteriores, continuou a não ser capaz de recuperar de imediato a equipa da sua confrangedora orfandade. E Schaars e Elias, confortáveis e empreendedores com Rinaudo em campo, ainda não terão percebido que, necessariamente, sem o argentino, terão de produzir aquilo que antes lhes era pedido e tudo o resto que antes Fito lhes entregava de mão beijada.
Entretanto, os treinadores adversários "descobriram", tão naturalmente como a noite sucede ao dia, que marcados em cima o holandês e o brasileiro, a construção de jogo sobraria para os centrais e os jogos passaram a ser uma sistemática repetição de épocas passadas, com qualquer deles a usar e abusar do jogo directo, que os seus atributos técnicos não recomendam e vem redundando, com raras excepções, na entrega da bola às defesas adversárias, tornando o jogo do Sporting inconsequente e previsível.
O modelo de jogo do Sporting estagnou, se é que não terá mesmo retrocedido em eficácia e avançado em previsibilidade. A equipa sofre para resolver os jogos e vive a espaços, da qualidade individual de alguns jogadores.
Defensor acérrimo das qualidades de Domingos Paciência, quer-me parecer que terá errado na estratégia que urdiu para o longo período de impedimento de Rinaudo. Deveria ter previsto a situação a que conduziria a falta de um jogador nuclear como o argentino e antecipar soluções alternativas, que passassem pela introdução de novo modelo ou concepção de jogo, aumentando a imprevisibilidade e as soluções atacantes.
Ironicamente, perguntar-se-à se o jejum de Wolfswinkel é mais resultado da quebra da sua capacidade, ou da regularidade e qualidade com que a bola lhe chega. É que o apagão do holandês é, em rigor, simultâneo com o impedimento de Fito. E mais apetecerá perguntar, se Ribas não virá a sentir os mesmos problemas que o holandês e até Bojinov têm experimentado.
Domingos Paciência tem um problema sério para resolver. Dentro da equipa. Alijar responsabilidades sobre a forma dos adversários jogarem ou ir sucessivamente queimando etapas e jogadores em vez de alterar o que manifestamente não está a resultar, não me parece a melhor forma de conseguir alterar o rendimento da equipa. Há pequenos pormenores de que todos nós, adeptos sportinguistas, nos vamos apercebendo e que ele, com toda a certeza, já terá identificado.
O tempo urge e até que Rinaudo regresse na plenitude do seu futebol, Domingos e a equipa que dirige, ainda têm muita pedra para partir. E o Sporting joga já domingo, um jogo muito difícil!...

Leoninamente,
Até à próxima


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