«Seguindo em frente no Euro, convém apontar os melhores e os piores sinais que este jogo deixou. No topo das notas positivas está Renato Sanches. De facto, o nosso médio mais indomável provou qualidades que o fazem merecer um lugar no onze. Também o veterano João Moutinho mostrou que o seleccionador pode contar com ele. Peca onde pecou sempre – no remate. Noutras fases da carreira, João Moutinho rematava em menos situações do que devia. Agora, remata mais vezes, mas com baixa percentagem de acerto no alvo.
De Ronaldo quase tudo está dito. É um abono de família, seguro na finalização. Tem um carisma global, que usa cada vez melhor. Se Deus quiser, há de superar o recorde mundial de golos em jogos de selecção já nos oitavos-de-final. Parece ainda não aceitar a sua quebra de velocidade. Esse conflito entre a memória e o presente leva-o a perder algumas bolas quando tenta driblar. Um detalhe a corrigir para os próximos anos de carreira. A equipa apareceu com saúde, até ao armistício tácito, acordado com os franceses nos últimos cinco minutos do tempo útil. A coisa deve ter-se passado entre líderes dentro de campo. Coman, por exemplo, estava numa colina lá do lado esquerdo, como sniper, e não ouviu as ordens de cessar-fogo. O francês arrancou para a área com um desastrado Bruno Fernandes à ilharga e só não foi penálti por o árbitro já ter marcado três, e por o vídeo-árbitro ter mudado de canal, tolhido pelo tédio.
Aqui chegamos aos piores sinais que este jogo deu, ou reforçou. Bruno Fernandes continua à procura de si próprio dentro da camisola da Selecção, e este é um triste sinal, vindo de tão talentoso craque. Mas o pior, o pior de tudo, é que Fernando Santos continua sem rasgo nem instinto matador. Quando o segundo lateral-esquerdo, Digne, se lesionou, teve de entrar um médio lento, Rabiot, para o seu lugar. O instinto de batalha devia ditar uma exploração desse flanco para atacar os descendentes de Napoleão. E o que faz o nosso seleccionador? Deixa Bernardo Silva em campo já sem poder com uma bola pelo rabo. E quando tem a piedade de retirar o esquerdino do jogo, é para meter um veloz flanqueador chamado Bruno Fernandes.
O pior sinal da nossa Selecção vem do banco e do seu líder. Fernando Santos está sem golpe de asa no banco. O actual Fernando Santos teria lançado Eder na final de Paris? Pode ser que o seleccionador ainda logre fazer um Europeu em crescendo. Não será difícil, considerando o degrau de onde parte.»
Vá lá! Desta vez eu e o Octávio Ribeiro parece que vimos o mesmo jogo! O pior da selecção portuguesa em campo?! Claramente o Engenheiro: uma lástima! Mais um jogo em que não mereceu ser titular! Pode ser que recupere a forma à medida que o Euro avança!...
Pode ser!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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