O último suspiro foi de alívio
Percebe-se no discurso de Rui Vitória, após o jogo com o CSKA, o alívio por ter visto a questão europeia resolvida
«É impossível não ouvir o discurso de Rui Vitória no final do jogo com o CSKA sem escutar nas entrelinhas um sonoro suspiro de alívio, especialmente em passagens como "há vida para além da Liga dos Campeões" ou "agora, queremos ganhar as competições internas". Percebe-se porquê. Dos sete pontos cedidos pelos encarnados no campeonato até agora, cinco ficaram pelo caminho nas duas jornadas disputadas imediatamente a seguir aos dois primeiros jogos da Champions: as derrotas na Luz, contra CSKA, e na Suíça, frente ao Basileia, por sinal as duas equipas mais acessíveis do grupo. Rui Vitória terá decidido logo aí que não voltaria a deixar a Liga dos Campeões atrapalhar o campeonato, o que justifica não só as poupanças que fez nos dois jogos frente ao Manchester United, mas também a naturalidade com que aceitou a derrota definitiva, com o CSKA. O Benfica está curto, o treinador sabe disso, e quanto mais cedo conseguir concentrar-se na frente interna, mais possibilidades terá de recuperar a desvantagem para os rivais que têm a Europa na agenda pelo menos até Fevereiro. De resto, a mensagem já chegou aos adeptos, como se percebe pela ausência de qualquer sinal de contestação na chegada da equipa a Lisboa. Já houve um tempo em que, por menos do que cinco derrotas e outras tantas exibições embaraçosas, teria caído o Carmo e a Trindade. Claro que este também pode ser aquele silêncio que antecipa a trovoada. Os benquistas estão de respiração suspensa, pelo menos até ao clássico com o Porto. Se o jogo do Dragão correr mal aos encarnados, é provável que até os adeptos mais pacientes se cansem de esperar pela retoma prometida pelo treinador.»
(Jorge Maia, Opinião, in O Jogo)
Claro que o "derrotas" está preso por arames! Até o bronco do presidente do Benfica já percebeu que dali, para além de nem com um milagre poder algum dia aspirar que o penta suceda ao tetra, a única coisa que poderá esperar será treta!...
Enquanto a caldeira foi funcionando com o carvão que Jorge Jesus deixou na fornalha, com mais ou menos "empurrões", "colinhos", "padres", "diáconos", "apitos escarlates, rosas, vermelhos ou marrons" e o "polvo encarnado" pôde deslocar-se a seu bel-prazer, tranquila e pacificamente no pântano, ao "derrotas" tudo foi permitido, até perceber menos de futebol que uma infinidade de humildes técnicos do Campeonato de Portugal...
Porém logo que o carvão acabou e a caldeira apagou e foi necessário reacendê-la de modo a satisfazer as necessidades que a sobranceria e a proverbial jactância escarlates, mais do que reclamarem, exigem e impõem sem olhar a meios, a porca começou a torcer o rabo!...
Claro que este silêncio de agora poderá muito bem ser o prenúncio que costuma antecipar a trovoada e, cá para mim...
Estou em crer que será Conceição a despedir o "derrotas"!...
Leoninamente,
Até à próxima
Agora que a paróquia parece estar mais limitada em missas e casamentos, talvez fosse bom para "o resto do mundo" que o regente da banda ficasse por ali mais uns meses.
ResponderEliminar"Com o treinadô Tiririca, o time melhor não fica" -por mim, é deixá-lo estar, até ao fim. Ao menos uma vez o cardeal Vieira diria a verdade: o treinador vai até ao fim (mas não disse de quê...)