«Paulinho foi herói do Sporting no triunfo (2-0) sobre o Tottenham, jogo de final apoteótico e no qual o avançado, de 29 anos, saltou do banco para fazer o primeiro dos leões, de cabeça, ao minuto 90. Eis o culminar de um moroso e muitas vezes duro processo de recuperação física, após ter sofrido um traumatismo na perna direita a abrir Agosto, mas também dos seus índices de confiança, ponto fulcral para Rúben Amorim.
A lesão foi debelada em pouco mais de 15 dias, mas colocou, ainda assim, o futebolista indisponível para as recepções ao Rio Ave (13/8) e Chaves (27/8), tal como para a visita ao Dragão (20/8); não o impediria, porém, de voltar no Estoril, mas o treinador dos verdes e brancos quis proteger um dos seus homens de maior confiança, atrasando a reintegração numa equipa que vinha somando percalços (duas derrotas). A vitória por 2-0 na Amoreira amenizou as críticas e Rúben levou, então, Paulinho até à Alemanha, onde já com dois (de três) golos contra zero do Eintracht promoveu o esperado regresso. "Houve uma evolução da forma como esta equipa técnica vê o jogo. Espero ajudá-lo a ser o jogador que é, sabendo que, muitas vezes, o prejudiquei pela maneira como jogamos", atirou o técnico ainda em solo germânico, antes de dar meia hora ao camisola 20, agora contra o Portimonense. Frente aos ingleses correu tudo acima do planeado: golo inaugural e passe para Arthur no segundo, injecção de confiança essencial para toda uma época, mas sem dar um passo maior do que a perna. É a máxima que o treinador do Sporting utilizou e vai continuar a utilizar.
Luta por um lugar está "mais difícil"
Apesar de ter entrado e marcado na Champions, Paulinho sabe que terá de continuar a trabalhar no limite para ser opção no onze do Sporting, algo que esta época aconteceu apenas em Braga, a abrir a Liga. "Os três da frente [Trincão, Pote e Edwards] estão a ter um rendimento muito bom. Está mais difícil para o Paulinho", disse Rúben antes de receber os spurs. Os leões voltam a jogar sábado, no Bessa.»
Por Bruno Fernandes
Depois da leitura interessada e atenta deste crónica do jornalista BF não resisto a deixar por aqui uma "pérola" que encontrei por aí, da autoria de um outro jornalista, mais tarimbado e com fama de má língua, mas que me deixou a meditar na matéria. Ora reparem:
«Em Alvalade, a equipa de Rúben Amorim descobriu finalmente o caminho para a cabeça de Paulinho. Por que não tem o Sporting movimentos estudados para explorar o excelente jogo de cabeça do seu ponta-de-lança? Mistério. Desde que chegou a Alvalade, Paulinho nunca foi bem servido no espaço onde melhor se exprime: centros tensos para redentores golpes de cabeça, ou com o pé esquerdo. Paulinho é letal na resposta a cruzamentos fortes. Depois de tanto tempo de trabalho em conjunto, custa entender este subaproveitamento de um avançado especialista em golos de um só toque.»
Será que Amorim concorda?!...
Leoninamente,
Até à próxima
Sem comentários:
Enviar um comentário