Uma lição para Taremi
«Que pena o FC Porto não ter pontuado num embate extraordinário, onde os portugueses mereciam pelo menos o empate. A chave do jogo surge no momento em que Taremi escolheu cair na área, em vez de perseguir uma bola prometedora. Um árbitro de campo e um VAR que decidem um penalti contra o Atlético de Madrid, nos descontos, não podem certamente ser acusados de favorecer os da casa. Portanto, o lance que envolve a expulsão de Taremi foi ajuizado de forma objectiva. Infelizmente, o excelente iraniano escolheu o pior caminho. Com o pé esquerdo pisou o pé direito do defesa e arrastou a perna direita até à esquerda do adversário. Uma lição para Taremi e um castigo duro para a equipa. Um lance que merece reflexão do grupo portista a começar por Sérgio Conceição.
Num ambiente fabuloso, mas hostil, o Sporting teve uma tarde perfeita. Tudo o que podia correr mal, acabou por não correr. Tudo o que podia correr bem, correu ainda melhor. Acima de todos, Marcus Edwards! É quase irritante a maneira como este miúdo lida com o tempo, em lances quase sem espaço. Desta vez, foi perfeito. E permitiu a Amorim afirmar a sua ideia de ‘um Sporting, dois sistemas’. Ambos os sistemas renderam golos. Cá atrás, a entreajuda salvou erros graves em passes simples. Com este resultado, tudo se perdoa. Até perdas de bola que, neste nível competitivo, se costumam pagar com golos do adversário.
Na Luz, o jogo ‘europeu’ foi de exigência média. Muito se fala de uma quebra física coletiva na equipa de Schmidt. Não parece evidente. Os jogadores tendem a dar somente o que o jogo exige. E nada há a apontar nesse domínio. Por isso, permita o caro Leitor que trate de um tema individual: O Benfica tem um jogador que pode atingir o topo da excelência, Enzo Fernández. Tem destreza técnica, presença física, visão periférica. Um achado! Falta-lhe apenas um atributo para atingir o patamar que justifica. Há um gesto técnico que fica muito aquém de todos os outros parâmetros – o remate de meia-distância com a bola em condução. Curiosamente, o gesto de rematar é dos mais fáceis de melhorar.
Enzo precisa de ter a humildade de reconhecer que esse é o seu momento mais fraco no jogo. Não se trata de deixar de rematar. Bem pelo contrário, trata-se de treinar e treinar e treinar. Rematar, rematar e rematar. O craque argentino coloca o corpo como se de um passe se tratasse. A bola tende a subir ou a desviar, pois a força que impõe no impacto com a bola é imensa. Que veja vídeos do Eusébio… Quando Enzo afinar a alça, valerá o seu peso em ouro e diamantes. Mesmo o Enzo actual já é de valor inestimável.»
Roda o palco e vamos à nossa Liga!...
Ainda há muitas contas para fazer!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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