quinta-feira, 1 de setembro de 2022

"Jogos Florais" não cabem no ecletismo do Sporting!!!...

Tenham juízo

«Uma criança em Itália, por alturas do surgimento da pandemia em 2020, desenhou um arco-íris com a mensagem "vai ficar tudo bem". Mas o mundo não recuperou e ainda piorou com a guerra na Ucrânia. E no Sporting também parece estar tudo a descambar.

Na semana passada aqui escrevi que sentia fissuras na relação entre Frederico Varandas e Rúben Amorim, o que era um péssimo sinal depois de um período de união que deu títulos e alegrias aos sportinguistas. No jogo com o Chaves foi clara a intranquilidade e no período antes e pós-jogo sentiu-se quase uma guerra fria entre presidente e treinador que, por muito bonitas palavras que agora usem, já não conseguem iludir que a relação entre ambos já não é a mesma.

O voto de confiança de Frederico Varandas foi desvalorizado por Ruben Amorim na conferência de imprensa de ontem por dois motivos: 1-porque pragmaticamente sabe, como referiu, que o que importa é ganhar jogos, só isso acalma ânimos e se torna o cimento agregador. Se as vitórias não voltarem não há "gratidão e memória" (palavras ditas pelo presidente) que segurem um treinador; 2- e porque a história do futebol lhe conta que quando um timoneiro unge votos de confiança é porque se dá o primeiro passo para a porta de um precipício que por certo não desejará e na avalancha da luta pela sobrevivência a corda quebra sempre do lado do técnico.

Ora, o que importa salientar é que Frederico Varandas e Ruben Amorim não são antitéticos mas sim complementares. E uma divisão ou quezília entre os dois poderá conduzir à saída de ambos a breve trecho do Sporting. Por isso, tenham juízo. Casmurrices, ciúmes e teimosias têm de ser metidas num saco qualquer e seguirem juntos.

Agora vamos a factos concretos. O Sporting não pode partir para uma temporada sem um ponta-de-lança de topo e com substituto à altura, irem buscar mais um extremo ao Estoril é puro autismo desportivo. Depois, lamento que um emblema com apregoadas dificuldades financeiras ("onde anda o dinheiro?", como diria o meu amigo José Manuel Freitas) gaste 9,5 milhões num central, outra vez contra o Chaves suplente do Neto, o que é risível. E por último realçar que o plantel está fraquíssimo (escrevi antes do fecho do mercado), perdeu jogadores valiosos e para suprir lacunas em vez de comprar manteiga comprou-se margarina que parece igual mas não é a mesma coisa.

Segundo um provérbio inuíte, "só distinguimos os amigos dos inimigos quando o gelo cede sob os nossos pés". Não pode haver rivalidades nem inimizades, recados no espaço mediático ou mensagens em grupos de WhatsApp, é tempo da necessária união sob pena do Sporting voltar ao regabofe de listas e eleições que fizeram a sua história de insucessos no futebol nos últimos 18 anos até à chegada de Ruben Amorim. Se tal não acontecer, entre os leões, ao contrário do que desejava a criança italiana do início do texto, não vai ficar tudo bem.»

Ainda não fechou o Mercado de Verão e já se suspira que venha o Inverno!...

"Jogos Florais" não cabem no ecletismo do Sporting!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

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