quinta-feira, 18 de junho de 2020

Mais palavras para quê?!...


A casa das boas notícias

«A renovação de Fernando Santos, que se torna o único treinador escolhido por Fernando Gomes até ao fim do seu mandato, pois Paulo Bento tinha sido herança do seu antecessor, é justa e certeira. Não só pelas vitórias e alegrias que o engenheiro já deu, mas também pela aura positiva que criou na Selecção. E porque muitos se esquecem que não é apenas treinar a sua função, é um gestor de bom senso, um construtor de óptimos relacionamentos com jogadores e treinadores que os comandam no dia-a-dia dos clubes e, acima de tudo, é um homem de bem, sério, competente e profissional. E quando todos se queixam, alguns hipocritamente, da voracidade com a qual certos dirigentes despedem treinadores para tapar as suas insuficiências, tem de caber à federação dar um sinal de estabilidade nesta área técnica consagrando um treinador a quem o nosso país tanto deve.

Depois, da casa das boas notícias que é a FPF, a vinda dos jogos finais da Champions para Lisboa. Como dizia Aleksander Ceferin, «o fernando (Gomes) e o Tiago (Craveiro) ligaram para ajudar e mostrar disponibilidade. Disseram que podiam organizar com facilidade a prova» e li ontem no El Pais o reconhecimento espanhol do «peso institucional» do presidente junto da UEFA na escolha final. Porém, foi muito mais do que isso. Apesar da diplomacia de Ceferin, houve uma intensa luta de bastidores com Alemanha (que deu tudo) e Espanha a serem preteridas em favor dos estádios da Luz e Alvalade.

E houve mais dois factores em cima da mesa: 1- mais do que a competência lusa para a realização do evento, a capacidade de criar o modelo competitivo pois a UEFA não tinha e aqui Tiago Craveiro, que já um dia tinha inventado a Liga das Nações, teve arte e engenho de conseguir uma resposta para a finalização da Champions; 2- E além disto mais um pormenor chamado Daniel Ribeiro. Ninguém o conhece mas é o director de "team-services" da FPF. Português, nascido nos EUA, e que antes de trabalhar na Cidade do Futebol, e ali sabe-se que para conquistar o sucesso tem de haver recursos humanos de inequívoca qualidade, foi director dos eventos da UEFA e assim tem o "know-how" da organização de 11 finais de Champions. No silêncio dos ágeis, o trabalho de bastidores, de transporte, despistagem, centros de treino e hotéis, e são 32 já reservados e não 8 como vi na imprensa, já está todo tratado sem alaridos nem foguetes.

Compreendo as dúvidas pelos motivos sanitários e não podemos levantar o pé no combate ao vírus, porém, se tudo correr bem, ter aqui durante 15 dias centenas de milhões de audiência de todo o mundo a ver o nosso País no centro do acontecimento desportivo mais importante do ano, é um estímulo inigualável. E se um dia foi o futebol e os capitães da I Liga a decidirem parar no momento certo, o que salvou centenas de vidas, é bom que seja o desporto-rei, com a Champions, a poder dar aos portugueses uma nova esperança na retoma económica, pois a indústria do turismo, o nosso petróleo, olhará de novo para Portugal como um destino seguro e isso não tem preço.»
(Rui Calafate, Factor Racional, in Record, hoje às 18:11)


Mais palavras para quê?!...

Leoninamente,
Até à próxima

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