JOGA-SE MUITO MAIS DO QUE FUTEBOL
«Está a ser uma época difícil para todos. Benfica, Sporting, Porto, árbitros e também para nós jornalistas. Não me lembro de clima de guerra maior entre os dois clubes de Lisboa desde o Verão quente, mas na altura o poder das respectivas máquinas de propaganda não tinha nada a ver com o que é hoje. A quantidade de informação ‘suja’ que chega às redacções é absurda. E torna-se cada vez mais complicado fazer em tempo real o trabalho que a qualquer jornalista que se preze é obrigado: confirmar a informação com mais do que uma fonte. O trabalho é dificultado também pelo surgimento de sites mais ou menos fidedignos que nada têm a ver com jornalismo mas que escrevem tudo o que lhes vem à cabeça, ou é soprado, e assim fazem as delícias dos mais fanáticos como se de notícias confirmadas se tratassem. Pior, gente com responsabilidade e que devia ter outro comportamento diz hoje barbaridades nas televisões como se tudo fosse verdade. Uns dirigentes, outros representantes de outras profissões mas que falam de futebol e dos seus bastidores como se de tudo soubessem. O pior é que não só não sabem como a maior parte das vezes representam apenas uma das ‘verdades’ a que temos direito. São estas personagens que enchem hoje as tv’s e a isto estamos entregues, ainda que com honrosas excepções.
No Record não estamos à venda. Não somos o jornal do Benfica, Sporting ou Porto. Talvez por isso sejamos diariamente acusados de trabalhar a soldo deste ou daquele. Porque aqui é possível ler várias opiniões, contrárias muitas vezes, de companheiros que trabalham juntos e se respeitam na diversidade. O respeito pelos três grandes clubes é enorme, assim como por todos os agentes do desporto português. E ninguém está imune à crítica. Nem ao elogio, acredite.»
(Bernardo Ribeiro, Entrada em Campo, in Record)
Eu não duvido da boa fé de Bernardo Ribeiro. Mas creio que já será crescidinho e com experiência suficiente para cair na "idiotice" de afirmar, na primeira pessoa do plural, que "no Record não estamos à venda"!...
Se pudesse ter o privilégio de colocar ao senhor jornalista sub-director do jornal Record apenas duas questões, gostaria de poder ouvir as respectivas respostas:
1 - Como entender a posição do senhor jornalista de Record, protagonista do tema que motivou a carta aberta que recentemente aqui foi dirigida ao senhor director de Record (LINK)?! Se o seu camarada de profissão "não se vendeu", então como deverá classificar-se a sua atitude?! E subscreve-a ao ponto de com ele se mostrar solidário, incluindo-o no "nós" que utilizou nesta sua "Entrada em Campo"?!...
2 - E admitindo como verdadeira a premissa que adianta nesta sua crónica, de que em Record, "... é possível ler várias opiniões, contrárias muitas vezes, de companheiros que trabalham juntos e se respeitam na diversidade", como entender esse seu respeito perante os seus camaradas de profissão quando ele começa e evidenciar não ser recíproco, face ao seu recente, flagrante e incompreensível "desalinhamento" com os seus próprios afectos?! Em que ficamos...
No Record, quem se vende a quem?!...
Leoninamente,
Até à próxima
"no Record não estamos à venda"!...com excepção do Farinha, do Manha, do Alexandre Pais, etc, etc.
ResponderEliminarO Record não se vende porque se entregou de livre vontade, por intermédio de Manhas, Farinhas e outros que tais, para servir de meio de comunicação do estado lampiânico.
ResponderEliminarPor exemplo, por demasiadas vezes, arriscaria 95% ou mais das vezes que comentei no record, os meus comentários foram censurados. Questionei o record o porquê, dado a minha linguagem ser educada e ordeira e a resposta que obtive foi esta:
Bom dia.
Pedimos desculpa pelo incómodo que possa estar a encontrar.
O problema poderá estar no tempo de aprovação de comentários ou na impossibilidade de colocar 3 caracteres iguais seguidos. Caso esteja a colocar reticências, p.e., coloque apenas dois pontos finais.
Peço-lhe que tente e que me diga se conseguiu.
Com os melhores cumprimentos,
Sofia Salvador
Marketing Digital
Cofina media
Arranjaram um subterfúgio estúpido e mentiroso, pois eram inúmeros os comentários onde os autores recorriam a reticências, sem que tal obstasse a sua aprovação. Expus com imagens a provar a minha argumentação, deixando de obter resposta.
É este o record livre, plural e respeitador por igual das pessoas e dos clubes...
Foi por isso que deixei de ler, definitivamente, o Record. A falta de pluralismo de uma forma indecente e sem quaisquer razões, a não ser a cor das camisolas.
EliminarAmigo Álamo, eu até gostava mto de ler as crónicas de BR, pois na qualidade de ser Sportinguista, admiravava-o acima de tudo pela isenção com que as escrevia, mas a partir do momento em que chamou "bufo" a Fernando Correia, essa admiração esmoreceu, pois sempre tive FC como um grande jornalista e nunca me constou que tivesse traído os seus valores.
ResponderEliminarAcho simplesmente ridículas as afirmações no plural: "No record não estamos à venda"e " não somos o jornal do Benfica, Sporting ou Porto", isto qd todo o universo Sportinguista está farto de saber que se venderam ao benfica, mesmo que BR tenha atenuantes na culpa, com que autoridade põe as mãos no fogo pelos outros?...
Abraço e SL
Penso que BR tem aquele "complexo" de ser-se sportinguista que gosta de apregoar-se independente, critico e com ideias próprias e como tal, sente algum constrangimento em defender o seu clube, respetivos dirigentes e actuação, contrariamente à desfaçatez, sem limites, dos apaniguados de vermelho que sem qualquer pudor dizem o contrário do que afirmaram ontem, só e apenas por estar em causa a defesa do seu clube. Eu, na qualidade de sportinguista, face a opositores desleais, serei tão desleal como eles, ou então serei sempre ultrapassado pelos mesmos, como muitas vezes observo em múltiplos programas das TVs. Não sofro do complexo "croquete", felizmente.
ResponderEliminarPor falar em vendidos, já saiu o comunicado "forte" do Sindicato dos Jornalistas relativamente aos jornalistas que foram "amparados" na Assembleia Geral do FCP?
ResponderEliminarEu deixei de comprar qualquer um dos 3 jornais. A minha vida melhorou bastante. Agora, só compro o Sporting.
ResponderEliminarA Leoa Maria refere e bem o triste episódio em que bernardo ribeiro chama bufo a um homem que tem idade para ser pai dele... além da carreira imaculada e código moral que sempre pautaram o trabalho de Fernando Correia, mesmo assumindo as cores do seu coração.
ResponderEliminaristo para dizer que br já deve ter percebido quem será o seu futuro patrão... e para sobreviver no rascord, além de anuir a tudo com a cabeça as notícias serão feitas pela "farinha do mesmo saco"... deixando de haver lugar ao pluralismo que fica tão bonito nos textos, mas que em certos contextos soa a oco.
Será o instinto de sobrevivência a falar mais alto? Creio que sim...
SL
Basco "O Leão"