O DÉRBI DE TODAS AS EMOÇÕES
«Melhor era impossível. Um ponto e um jogo que decide a liderança. Um quadro ao qual é preciso acrescentar o Porto.
Quando, no início da época, Jorge Jesus, empurrado por Luís Filipe Vieira, deixou o Benfica e escolheu o Sporting começou um ano louco no futebol português. Um ano de nervos à flor da pele. Já tivemos de tudo. Vitórias consecutivas e até humilhantes do Sporting frente ao rival, um Benfica morto, renascido e com caras novas, um Sporting a vacilar, um Benfica a dar cartas e a ganhar dinheiro na Europa onde os leões fizeram tristes figuras. E isto - assim a traço grosso - dentro das quatro linhas.
«Melhor era impossível. Um ponto e um jogo que decide a liderança. Um quadro ao qual é preciso acrescentar o Porto.
Quando, no início da época, Jorge Jesus, empurrado por Luís Filipe Vieira, deixou o Benfica e escolheu o Sporting começou um ano louco no futebol português. Um ano de nervos à flor da pele. Já tivemos de tudo. Vitórias consecutivas e até humilhantes do Sporting frente ao rival, um Benfica morto, renascido e com caras novas, um Sporting a vacilar, um Benfica a dar cartas e a ganhar dinheiro na Europa onde os leões fizeram tristes figuras. E isto - assim a traço grosso - dentro das quatro linhas.
Fora, o espectáculo foi mais completo. Processos em tribunal sem pés nem cabeça que se arrastarão anos. Silêncios transformados em ataques ferozes, comunicados no Facebook dia sim, dia não, queixas em todas as instâncias e mais houvesse, ataques aos árbitros, aos jornalistas, aos comentadores. E comentadores que só servem para atacar munidos de uma cartilha.
É o ano louco da rivalidade entre os mais velhos opositores, levada ao extremo e muitas vezes de forma totalmente irresponsável pelos dirigentes. Tão irresponsável que todo o cuidado é pouco.
Os treinadores não têm andado melhor, ainda que menos incendiários. É o que sai da toca, o cérebro, o que fala quando quer e não quando lhe perguntam e por aí fora. Houve momentos divertidos, mas o tom geral foi deprimente e até de pouca elevação.
No meio, temos duas equipas com muita qualidade, na verdade as duas melhores da Liga e que, neste momento, têm já ideias claras de jogo que não são passíveis de ser confundidas. Jesus teve mérito de começar cedo no Sporting, Vitória levou tempo, mas encontrou o seu caminho no Benfica.
Que espaço teremos para o futebol propriamente dito no sábado? Certamente algum porque os dois treinadores pensam bem o jogo e estão há muito a trabalhar no dérbi.
Jesus é ainda invulgarmente astuto e joga toda a época. Toda é toda. Mas não nos iludamos. O Sporting-Benfica vai jogar-se e em boa medida decidir-se fora do campo. Quem tiver nervos de aço e for mais acutilante no jogo falado, ganha. [...]
Coates. Com o seu ar imponente - mede quase 2 metros - o central Coates parece ter pegado de estaca na defesa do Sporting, onde a concorrência é muita ainda que a qualidade seja sofrível. Coates impõe o seu porte, o sentido posicional e a experiência burilada pelo tempo recente em Inglaterra. De todas as contratações recentes do Sporting é de longe a melhor e a que dá mais garantias. Mais do que qualquer um dos seus competidores, ele tem o perfil de jogador que agrada a Jorge Jesus. É o central-tipo do treinador.»
Jesus é ainda invulgarmente astuto e joga toda a época. Toda é toda. Mas não nos iludamos. O Sporting-Benfica vai jogar-se e em boa medida decidir-se fora do campo. Quem tiver nervos de aço e for mais acutilante no jogo falado, ganha. [...]
Coates. Com o seu ar imponente - mede quase 2 metros - o central Coates parece ter pegado de estaca na defesa do Sporting, onde a concorrência é muita ainda que a qualidade seja sofrível. Coates impõe o seu porte, o sentido posicional e a experiência burilada pelo tempo recente em Inglaterra. De todas as contratações recentes do Sporting é de longe a melhor e a que dá mais garantias. Mais do que qualquer um dos seus competidores, ele tem o perfil de jogador que agrada a Jorge Jesus. É o central-tipo do treinador.»
(Nuno Santos, Ângulo Inverso, in Record)
Desta vez não concordarei totalmente com Nuno Santos. Subscrevo quase tudo, com excepção de que "o Sporting-Benfica vai jogar-se e em boa medida decidir-se fora do campo". A meu ver, será dentro das quatro linhas e, vá lá, somando a estas as "áreas técnicas", que o jogo se irá decidir...
Desta vez não concordarei totalmente com Nuno Santos. Subscrevo quase tudo, com excepção de que "o Sporting-Benfica vai jogar-se e em boa medida decidir-se fora do campo". A meu ver, será dentro das quatro linhas e, vá lá, somando a estas as "áreas técnicas", que o jogo se irá decidir...
Eu acredito na quarta vitória do Sporting!...
Leoninamente,
Até à próxima
Nem com a dos centrais de qualidade sofrível.
ResponderEliminarRecorde-se que não foi com Coates que chegámos à estatística da melhor defesa do campeonato, e até com vários golos mal assinalados.
Embora Coates seja muito bom e valor acrescentado, certamente, não vejo porque é que Benfica e Porto, com a sua época tão mal planeada a nível de defesas centrais, não ambicionariam ter Naldo, Ewerton, Paulo Oliveira ou até mesmo Ruben Semedo.
Uma defesa composta por elementos de qualidade sofrível? Mas o Sporting não é a defesa menos batida do campeonato??! E de forma bem isolada... artista
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