"Os mais velhos lembrar-se-ão do José Monteiro, que, depois de ter jogado no Sporting nos anos 60, transitou para a CUF do Barreiro, onde permaneceu muitos anos; pois o Monteiro, cada vez que jogava contra o Sporting, seu antigo clube, fazia questão de marcar golos (eu vi alguns...) e fazer grandes exibições. Este é um dos muitos exemplos que se poderiam dar, relativamente a jogadores que defrontam as suas anteriores equipas.
Serve esta introdução para abordar um tema que já foi muito dissecado esta semana, em concreto a não utilização pelo Belenenses, dos seus jogadores Deyverson e Miguel Rosa contra o Benfica. Curiosamente, não vi o assunto tratado na dimensão que me parece mais interessante, que é a sua vertente ética. Um mínimo de respeito por si próprio e pelos outros, aconselha a que as pessoas não se convençam que todos são parvos e que engolem qualquer explicação, mesmo a mais inverosímil, que se dê sobre determinado facto. Chamo a isto “o síndroma do sobrinho taxista na Suíça” e os meus leitores mais informados perceberão...
Alguém, alguma vez, acredita que o Belenenses, curto de plantel, se dava ao luxo de voluntariamente não apresentar os seus melhores jogadores contra o Benfica, por causa de um alegado palpite do Marinho Peres? Alguém, alguma vez acredita, que o Benfica, que entregou 600 mil euros ao Belenenses, em troca de um eventual direito de opção sobre venda de jogadores, não tem nada a ver com isto?
Tão censurável como o anti-desportivismo do acto em si, é a justificação que é dada publicamente, a roçar as raias da patranhice. Faço porém uma distinção. O Belenenses faz isto, porque tem de fazer, ou seja, sujeita-se em função das circunstâncias. O Benfica, esse, beneficia do ascendente criado. Ou seja havendo culpa de ambos, há atenuantes que um tem e o outro claramente não.
Tudo isto seria mais do que razão para a Liga abrir um inquérito, mas à luz da recente repartição de poder aí ocorrida, duvido que alguma vez venha a ter lugar. E, mesmo que tivesse, se calhar era como as escutas do Apito Fourado, estão lá, mas não servem para nada. Deste lamentável episódio resta uma única conclusão certa: na cabeça de certos iluminados reside uma soberba tão vasta, que se convencem que todos os demais são crédulos ao ponto de aceitarem, submissa e acefalamente, a mais óbvia mistificação. Os recentes exemplos da política mostram que esse é sempre um mau caminho...
Serve esta introdução para abordar um tema que já foi muito dissecado esta semana, em concreto a não utilização pelo Belenenses, dos seus jogadores Deyverson e Miguel Rosa contra o Benfica. Curiosamente, não vi o assunto tratado na dimensão que me parece mais interessante, que é a sua vertente ética. Um mínimo de respeito por si próprio e pelos outros, aconselha a que as pessoas não se convençam que todos são parvos e que engolem qualquer explicação, mesmo a mais inverosímil, que se dê sobre determinado facto. Chamo a isto “o síndroma do sobrinho taxista na Suíça” e os meus leitores mais informados perceberão...
Alguém, alguma vez, acredita que o Belenenses, curto de plantel, se dava ao luxo de voluntariamente não apresentar os seus melhores jogadores contra o Benfica, por causa de um alegado palpite do Marinho Peres? Alguém, alguma vez acredita, que o Benfica, que entregou 600 mil euros ao Belenenses, em troca de um eventual direito de opção sobre venda de jogadores, não tem nada a ver com isto?
Tão censurável como o anti-desportivismo do acto em si, é a justificação que é dada publicamente, a roçar as raias da patranhice. Faço porém uma distinção. O Belenenses faz isto, porque tem de fazer, ou seja, sujeita-se em função das circunstâncias. O Benfica, esse, beneficia do ascendente criado. Ou seja havendo culpa de ambos, há atenuantes que um tem e o outro claramente não.
Tudo isto seria mais do que razão para a Liga abrir um inquérito, mas à luz da recente repartição de poder aí ocorrida, duvido que alguma vez venha a ter lugar. E, mesmo que tivesse, se calhar era como as escutas do Apito Fourado, estão lá, mas não servem para nada. Deste lamentável episódio resta uma única conclusão certa: na cabeça de certos iluminados reside uma soberba tão vasta, que se convencem que todos os demais são crédulos ao ponto de aceitarem, submissa e acefalamente, a mais óbvia mistificação. Os recentes exemplos da política mostram que esse é sempre um mau caminho...
Contrariamente ao que nos tem habituado, CBdC terá resolvido abordar hoje, com a coragem que por vezes lhe falta noutras ocasiões e matérias, a impune vergonha da última jornada da nossa Liga.
Este estranho momento de lucidez, por inusitado e violento para toda a estrutura da LPFP, merece divulgação no universo leonino, cada vez mais afastado do jornal em que é publicado, por força dos insondáveis caminhos que o mesmo parece teimar em percorrer
Talvez um dia a Liga seja capaz de assumir aquilo que, surpreendentemente, este "sportinguista estranho e singular", preconiza! Talvez...
Leoninamente,
Até à próxima
Belo texto, do Carlos Barbosa da Cruz, mas com o duque controlado pelas nádegas bem podemos esperar sentados, pois para abrir um inquérito, era essencial que estivesse à frente da liga um homem isento, todos estes tristes acontecimentos, vão seguir o mesmo caminho do apito dourado, isto é: "não se passa nada, o futebol português gira sobre rodas"....
ResponderEliminarSL
Era bom que "o futebol português girasse sobre rodas", amiga Leoa Maria! Mas neste jardim à beira-mar plantado, ainda não foi inventada a roda !...
EliminarSL