No meio desta letargia hibernante para que, como sportinguista, fui violentamente empurrado, entreabro de novo um dos meus olhos e depara-se-me no horizonte o estádio D. Afonso I. Vazio de sportinguistas. Vazio de emoção. Com resultado anunciado...
Ninguém conseguirá neste momento, adivinhar a equipa que Marco Silva colocará em campo. E atrever-me-ia na afirmação de que será, muito provavelmente, o lado para o qual a grande maioria dos sportinguistas dormirá melhor. Mas receio que uma significativa fatia de adeptos leoninos, entre os quais me incluo, não pense assim.
Sabe-se como arde um gigantesco monte de papéis soltos, aos quais se ateia o fogo: chamas alterosas se declaram e parecem devorar num ápice todo o amontoado de celulose. Depois, lenta e progressivamente, a fúria incandescente vai-se aplacando e o monte torna-se moribundo, restando uma pequena coluna de fumo cinzento, que anuncia o fim próximo da erupção.
De repente, cá de longe, alguém com um pau comprido, remexe o montão de cinza e miraculosamente a fogueira reactiva-se, ainda que se lhe adivinhe a morte definitiva. É a última labareda! Outros chamar-lhe-ão o canto do cisne e quantas imagens mais lhe poderão ser associadas?!...
Antes de fechar o olho que entreabri, acredito como muito provável, que Marco Silva já terá o pau, comprido e robusto na mão. E que sem deixar de respeitar a promessa de ricularização da Taça Lucílio Baptista, oficialmente avançada pelo seu ainda Presidente, tentará provocar em Guimarães... A ÚLTIMA LABAREDA!...
Já coloquei o despertador nas 20.45 da próxima 2ª feira. Que me perdoem todos os leões que não me acompanham no pensamento, mas não quero perder essa última labareda, por nada deste mundo...
A menos que o Pai Natal exista mesmo!!!...
A menos que o Pai Natal exista mesmo!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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