"Sempre foi visto como um aliado inquestionável da anterior gestão verde e branca. Agora, numa fase complexa da carreira como banqueiro, vem a terreiro defender o 'presidente de todos os sportinguistas'.
RECORD – Está satisfeito com a época que o Sporting tem realizado?
JOSÉ MARIA RICCIARDI – Até agora tem sido positiva. A classificação no campeonato não é neste momento aquela que desejávamos, mas o campeonato é muito longo, ainda não chegámos ao fim da primeira volta, pelo que está tudo em aberto. Não estou a dizer que seja fácil, mas, repito, está tudo em aberto, e se o clube se estabilizar é perfeitamente possível atingirmos os nossos objectivos.
R – Que objectivos?
JMR – Há vários, mas acho que ainda vai ser possível lutar pelo principal, que será lutar pelo título. Obviamente, há outros objetivos. A seguir ao título, podemos lutar pelo segundo lugar e a seguir o terceiro…
R – O título não foi um objectivo colocado acima das possibilidades da equipa que o Sporting tem?
JMR – Acho que mesmo dentro do Sporting há a consciência de que, apesar de a ambição do título ser algo que é intrínseco ao clube, não temos a equipa com os meios mais fortes para o conquistar. Mas isso não quer dizer que não possa lutar por ele. Eu acho que pode. Agora está mais difícil, mas não é impossível.
R – Como tem acompanhado a polémica entre presidente e treinador?
JMR – Sinceramente, acho que isto não é bom para o clube e espero que o assunto entre presidente, direcção e treinador se resolva o mais depressa possível. É importante que se resolva. Devo deixar claro que sou insuspeito nesta matéria, pois nunca apoiei o candidato Bruno de Carvalho, mas gostaria de chamar a atenção para o facto de não se poder perder com este problema a perspectiva da realidade do Sporting.
R – E qual é?
JMR – Na minha opinião – e repito, uma vez mais, que sou insuspeito –, Bruno de Carvalho tem feito, até agora, um trabalho absolutamente extraordinário, tanto do ponto de vista financeiro como desportivo. No aspecto financeiro posso falar com conhecimento de causa, pois fui interveniente directo, uma vez que o banco a que presido assessorou o Novo Banco e o BCP nesta reestruturação. E todo o trabalho que a direcção do Sporting fez foi extraordinário. E digo isto porque é verdade! O Sporting hoje em dia tem uma situação financeira estabilizada, que na altura das eleições era uma situação muito difícil e perto de poder ter problemas muito graves. Além disso, do ponto de vista desportivo, este presidente tem feito excelente trabalho. A relação custo-resultado não tem qualquer comparação com o que se passava anteriormente. E eu fiz parte dos órgãos sociais das anteriores direcções, nomeadamente do Conselho Fiscal, e não apoiei este presidente nas eleições. No entanto, desde que passou a ser o presidente de todos os sportinguistas, passou também a ser o meu.
R – O que o preocupa essencialmente?
JMR – A mensagem que eu queria passar é neste sentido: espero que a questão entre presidente, direcção e treinador se resolva da melhor forma possível, mas é preciso que não se comece a atacar o presidente da maneira que já se está a fazer, perdendo-se a perspectiva do trabalho que ele tem feito e que é o que os nossos adversários querem! O que eles querem é que se passe um problema grave entre os nossos adeptos e o presidente. E eu acho que isso é o pior que pode acontecer ao Sporting. É preciso que não se deixem levar por esse caminho! Não estou aqui a pôr-me do lado de alguém. Sou apenas um adepto, mas acho que não podemos perder a perspectiva das coisas. Isto, fomentado devidamente por aqueles que querem o pior do Sporting, pode transformar-se numa luta contra o próprio presidente, e isso é um erro. Sinceramente, é um erro, pois acho que este presidente tem feito um trabalho notável no Sporting.
R – Não acha também que ele se está a pôr a jeito?
JMR – Não estou por dentro do que se passa no dia-a-dia do Sporting, nem eu nem a maioria dos adeptos. Por isso não me posso pronunciar nesse sentido e dizer se está ou não a pôr-se a jeito. Não sei. Se existem razões para haver problemas, espero que se resolvam. E acho que os problemas se resolvem com as pessoas a conversar. O que quero frisar é que é um erro as pessoas virarem-se contra o presidente. O Sporting estava numa situação dramática, vivi esses momentos e tenho de reconhecer que foi feito um trabalho notável. Não só termos ficado em 2.º lugar com a equipa que tínhamos, como salvar financeiramente o Sporting.
R – Não pensa que Bruno de Carvalho tem de mudar a sua postura?
JMR – Cada um tem a sua personalidade. Há quem goste mais ou menos, mas isso passa-se com toda a gente. Como em tudo na vida, as pessoas vão aprendendo, e à medida que desempenham a sua actividade vão melhorando e aperfeiçoando-se. Não vou agora, até porque não faço parte dos órgãos sociais, qualificar aspectos de pormenor do comportamento do presidente. Não quero entrar por um caminho que não domino. Tem uma personalidade especial, tem com certeza. Mas se calhar, se não fosse assim, também não teria sido feito o que se fez no Sporting nestes últimos tempos. Mas reconheço que haverá pessoas que não gostam da sua personalidade. E de certeza que já cometeu erros, não conheço ninguém que não os cometa. Mas volto à minha: não se pode perder a perspectiva do trabalho notável que o presidente e a direcção têm feito. E é isso que os adversários do Sporting querem. Além disso, os problemas do Sporting acabam sempre por ocorrer internamente, nunca é externamente.
R – Considera oportuna a assembleia geral que Bruno de Carvalho pediu para convocar?
RECORD – Está satisfeito com a época que o Sporting tem realizado?
JOSÉ MARIA RICCIARDI – Até agora tem sido positiva. A classificação no campeonato não é neste momento aquela que desejávamos, mas o campeonato é muito longo, ainda não chegámos ao fim da primeira volta, pelo que está tudo em aberto. Não estou a dizer que seja fácil, mas, repito, está tudo em aberto, e se o clube se estabilizar é perfeitamente possível atingirmos os nossos objectivos.
R – Que objectivos?
JMR – Há vários, mas acho que ainda vai ser possível lutar pelo principal, que será lutar pelo título. Obviamente, há outros objetivos. A seguir ao título, podemos lutar pelo segundo lugar e a seguir o terceiro…
R – O título não foi um objectivo colocado acima das possibilidades da equipa que o Sporting tem?
JMR – Acho que mesmo dentro do Sporting há a consciência de que, apesar de a ambição do título ser algo que é intrínseco ao clube, não temos a equipa com os meios mais fortes para o conquistar. Mas isso não quer dizer que não possa lutar por ele. Eu acho que pode. Agora está mais difícil, mas não é impossível.
R – Como tem acompanhado a polémica entre presidente e treinador?
JMR – Sinceramente, acho que isto não é bom para o clube e espero que o assunto entre presidente, direcção e treinador se resolva o mais depressa possível. É importante que se resolva. Devo deixar claro que sou insuspeito nesta matéria, pois nunca apoiei o candidato Bruno de Carvalho, mas gostaria de chamar a atenção para o facto de não se poder perder com este problema a perspectiva da realidade do Sporting.
R – E qual é?
JMR – Na minha opinião – e repito, uma vez mais, que sou insuspeito –, Bruno de Carvalho tem feito, até agora, um trabalho absolutamente extraordinário, tanto do ponto de vista financeiro como desportivo. No aspecto financeiro posso falar com conhecimento de causa, pois fui interveniente directo, uma vez que o banco a que presido assessorou o Novo Banco e o BCP nesta reestruturação. E todo o trabalho que a direcção do Sporting fez foi extraordinário. E digo isto porque é verdade! O Sporting hoje em dia tem uma situação financeira estabilizada, que na altura das eleições era uma situação muito difícil e perto de poder ter problemas muito graves. Além disso, do ponto de vista desportivo, este presidente tem feito excelente trabalho. A relação custo-resultado não tem qualquer comparação com o que se passava anteriormente. E eu fiz parte dos órgãos sociais das anteriores direcções, nomeadamente do Conselho Fiscal, e não apoiei este presidente nas eleições. No entanto, desde que passou a ser o presidente de todos os sportinguistas, passou também a ser o meu.
R – O que o preocupa essencialmente?
JMR – A mensagem que eu queria passar é neste sentido: espero que a questão entre presidente, direcção e treinador se resolva da melhor forma possível, mas é preciso que não se comece a atacar o presidente da maneira que já se está a fazer, perdendo-se a perspectiva do trabalho que ele tem feito e que é o que os nossos adversários querem! O que eles querem é que se passe um problema grave entre os nossos adeptos e o presidente. E eu acho que isso é o pior que pode acontecer ao Sporting. É preciso que não se deixem levar por esse caminho! Não estou aqui a pôr-me do lado de alguém. Sou apenas um adepto, mas acho que não podemos perder a perspectiva das coisas. Isto, fomentado devidamente por aqueles que querem o pior do Sporting, pode transformar-se numa luta contra o próprio presidente, e isso é um erro. Sinceramente, é um erro, pois acho que este presidente tem feito um trabalho notável no Sporting.
R – Não acha também que ele se está a pôr a jeito?
JMR – Não estou por dentro do que se passa no dia-a-dia do Sporting, nem eu nem a maioria dos adeptos. Por isso não me posso pronunciar nesse sentido e dizer se está ou não a pôr-se a jeito. Não sei. Se existem razões para haver problemas, espero que se resolvam. E acho que os problemas se resolvem com as pessoas a conversar. O que quero frisar é que é um erro as pessoas virarem-se contra o presidente. O Sporting estava numa situação dramática, vivi esses momentos e tenho de reconhecer que foi feito um trabalho notável. Não só termos ficado em 2.º lugar com a equipa que tínhamos, como salvar financeiramente o Sporting.
R – Não pensa que Bruno de Carvalho tem de mudar a sua postura?
JMR – Cada um tem a sua personalidade. Há quem goste mais ou menos, mas isso passa-se com toda a gente. Como em tudo na vida, as pessoas vão aprendendo, e à medida que desempenham a sua actividade vão melhorando e aperfeiçoando-se. Não vou agora, até porque não faço parte dos órgãos sociais, qualificar aspectos de pormenor do comportamento do presidente. Não quero entrar por um caminho que não domino. Tem uma personalidade especial, tem com certeza. Mas se calhar, se não fosse assim, também não teria sido feito o que se fez no Sporting nestes últimos tempos. Mas reconheço que haverá pessoas que não gostam da sua personalidade. E de certeza que já cometeu erros, não conheço ninguém que não os cometa. Mas volto à minha: não se pode perder a perspectiva do trabalho notável que o presidente e a direcção têm feito. E é isso que os adversários do Sporting querem. Além disso, os problemas do Sporting acabam sempre por ocorrer internamente, nunca é externamente.
R – Considera oportuna a assembleia geral que Bruno de Carvalho pediu para convocar?
JMR – Não sei. Terei de saber exatamente as razões.
R – Bruno de Carvalho está a pedir que os sportinguistas aprovem a sua política e opções. Acha que há necessidade de o fazer?
JMR – O que acho fundamental é que o Sporting se mantenha unido nesta altura, atrás do seu presidente. Se não o fizer, é dar todas as cartas aos seus adversários.
R – Como adepto, está a apreciar o trabalho de Marco Silva?
JMR – Acho que é um excelente treinador. Tem feito um óptimo trabalho.
R – Bruno de Carvalho é o grande obreiro da reestruturação financeira que o Sporting fechou recentemente?
JMR – Não lhe vou dizer que não havia um trabalho que veio de trás, mas quem teve a tenacidade e a coragem de conseguir concluir a reestruturação, que era muito difícil, e até melhorá-la em muitos aspectos numa altura que não era francamente a melhor, pelas razões todas que você sabe, conseguiu uma solução muito, muito positiva para o clube e que dá condições de viabilidade e estabilidade para os próximos anos, isso não tenho dúvida alguma que foi ele e a sua direcção. Esse é um dos aspectos do seu trabalho extraordinário e que as pessoas não podem agora esquecer.
R – Uma das bandeiras de Bruno de Carvalho é o combate aos fundos. Não acha que se trata de um instrumento decisivo para clubes como o Sporting serem mais competitivos?
JMR – Não, não. Acho que os fundos que têm jogadores em várias equipas e jogam umas contra as outras não são uma coisa muito saudável. Tem de ser reestruturado de forma que o aspeto desportivo seja sempre devidamente salvaguardado. Não é assunto que domine, mas em termos da UEFA tem de ser revisitado.
(Entrevista de António Magalhães, in Record em 31/12/2014)
R – Bruno de Carvalho está a pedir que os sportinguistas aprovem a sua política e opções. Acha que há necessidade de o fazer?
JMR – O que acho fundamental é que o Sporting se mantenha unido nesta altura, atrás do seu presidente. Se não o fizer, é dar todas as cartas aos seus adversários.
R – Como adepto, está a apreciar o trabalho de Marco Silva?
JMR – Acho que é um excelente treinador. Tem feito um óptimo trabalho.
R – Bruno de Carvalho é o grande obreiro da reestruturação financeira que o Sporting fechou recentemente?
JMR – Não lhe vou dizer que não havia um trabalho que veio de trás, mas quem teve a tenacidade e a coragem de conseguir concluir a reestruturação, que era muito difícil, e até melhorá-la em muitos aspectos numa altura que não era francamente a melhor, pelas razões todas que você sabe, conseguiu uma solução muito, muito positiva para o clube e que dá condições de viabilidade e estabilidade para os próximos anos, isso não tenho dúvida alguma que foi ele e a sua direcção. Esse é um dos aspectos do seu trabalho extraordinário e que as pessoas não podem agora esquecer.
R – Uma das bandeiras de Bruno de Carvalho é o combate aos fundos. Não acha que se trata de um instrumento decisivo para clubes como o Sporting serem mais competitivos?
JMR – Não, não. Acho que os fundos que têm jogadores em várias equipas e jogam umas contra as outras não são uma coisa muito saudável. Tem de ser reestruturado de forma que o aspeto desportivo seja sempre devidamente salvaguardado. Não é assunto que domine, mas em termos da UEFA tem de ser revisitado.
(Entrevista de António Magalhães, in Record em 31/12/2014)
Muito provavelmente, a melhor, mais sustentada e insuspeita contribuição que qualquer dos dois protagonistas poderiam dar, em prol da pacificação tão necessária no glorioso SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!...
Aqui a deixo, sem sofismas ou preconceitos. Também a mim me fizeram bem as questões colocadas por António Magalhães, credor do respeito e consideração dos sportinguistas e, incontornávelmente, as respostas de alguém, cujo sportinguismo nunca será hora de discutir ou colocar em causa.
Acima de tudo, uma visão serena e realista da vida actual do Sporting, sem que ao de leve se tenha deixado contaminar por sentimentos menos próprios, que jamais poderão ser creditados a qualquer sportinguista que se orgulhe de o ser... VERDADEIRAMENTE!...
Que no ano de 2015, todos os
sportinguistas, desde o presidente ao mais modesto adepto, entrem com o passo
certo e o coração aberto! Serenamente, cumpre a todos oferecer a paz ao
SPORTING !...
Leoninamente,
Até à próxima