quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Eleições com 2ª volta, porque não ?!...

 
Por um voto se ganha e, consequentemente, se poderá perder! Não sei se foi La Palisse que terá descoberto esta regra que muitos presumirão como a essência da democracia. Por mim, ainda que sózinho, sempre defenderei que é uma regra redutora dos princípios democráticos e que há-de sempre comportar o maior dos perigos: a aceitação dos derrotados!
Numa altura em que no horizonte leonino se perfila a eventualidade da antecipação de eleições, julgo que no universo sportinguista se deveria colocar uma prévia e importante questão: a de uma alteração estatutária que estabelecesse a vitória nas eleições, se a lista mais votada alcançasse uma maioria superior a 50% dos eleitores votantes, ou a convocatória automática de uma segunda volta se tal não se verificasse, em que apenas fossem submetidas à escolha dos eleitores as duas candidaturas mais votadas.
Penso, nesta condição, que uma eventual recolha de assinaturas tendente a provocar  uma AG que visasse a destituição dos actuais Corpos Sociais, deveria apontar no sentido de que a mesma viesse a ter dois pontos inscritos na sua Ordem de Trabalhos, a saber:
1 - Alteração das disposições estatutárias que apenas prevêm eleições com uma só volta.
2 - Destituição dos actuais Corpos Sociais e convocação de eleições antecipadas, dentro do prazo suficiente para que eventuais alterações estatutárias já pudessem estar vigor.
Ganharia o Sporting Clube  de Portugal, pelo simples facto de que seriam eliminadas pela raíz as habituais e proverbiais contestações, geradoras da institucionalizada guerrilha fratricida a que todos assistimos de há tantos e tantos anos a esta parte.
Estarei na linha da frente para subscrever uma petição que aponte neste sentido. E quantos mais pensarão como eu ?!...
 
Leoninamente,
Até à próxima
 

10 comentários:

  1. Teriamos um mandato muito mais saudavel neste caso.

    A diferença seria tão pequena que com ou sem afinações, estas não fariam sentido. E com uma segunda volta os erros que possam ter existido na primeira volta poderiam ter sido corrigidos no segundo.

    E o eleito teria muito mais estabilidade.

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    1. Caro André,

      É exactamente assim que penso. Quem terá medo de um processo destes?!... E não me venham com o papãp do aumento de despezas. Estou convencido de que todos, mas mesmo todos, os sócios do Sporting, veriam como razoável, a cobrança de uma quota suplementar de 5 Euros, para suportar uma 2ª volta, sempre que ele viesse a revelar-se necessária! É bom que acabem os "papões" e triunfe no Sporting a democracia.

      SL

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  2. Mais estabilidade do que JEB que com 90% dos votos não passou no exame dos primeiros 100 dias? Elas que não comecem logo a entrar que não há treinador ou direcção que resista, infelizmente tem sido a evolução que se tem vindo a verificar no SCP e que é urgente alterar.

    Saudações Leoninas

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    1. Mas Paulo, os contextos são diferentes. E o JEB apenas concorreu contra outro candidato que não mereceu qualquer confiança assinalável da parte dos sócios.

      Nestas últimas eleições, Godinho Lopes concorreu contra outros 4 candidatos. E um deles teve uma confiança assinalável da parte dos sócios, até porque foi o candidato com mais sócios votantes e este é que é o ponto fulcral da situação, a meu ver.

      Eu sei que os nossos estatutos permitem que isto aconteça, mas pelo menos deveríamos ter um presidente eleito com uma maioria absoluta de votos e por isso também defendo a 2ª volta nas eleições.

      SL

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    2. Caro José,

      Só demonstrei que mais folga não quer dizer rigorosamente nada, porque também concordo que o SCP saiu muito mal das últimas eleições, onde a figura da 2ª volta até podia muito bem ter sido a solução, não me repugna absolutamente nada. A questão que aqui se levanta é um problema muito mais profundo que tem muito a ver com a vertigem a que se vive e duvido muito que o SCP algum dia se adapta a ela, o SCP, o SLB ou outro clube qualquer. A própria profissão do caro Álamo ensina-nos a todos que o valor da construção não se coaduna muito com pressas. Já destruir...

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    3. Caro Paulo Guerra,

      Todos sabemos que a mais elementar, correcta e equilibrada regra, há-de sempre apresentar uma excepção. No caso particular de JEB, não seria precisa uma 2ª volta. E como defensor de uma 2ª volta, quando um candidato não obtém um mínimo de 50% dos votos expressos, não me passa pela cabeça que com uma gestão semelhante, nem uma eleição a 10 voltas seria suficiente para que a desejada estabilidade fosse alcançada. O caro usa o método de redução ao absurdo, só indicado para situações em que não exista qualquer outro método para se compreenderem as razões de uma tese. Penso que não seja o caso.

      SL.

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    4. Caro Álamo,

      Com Bettencourt ou outro qualquer não vai ser margem eleitoral nenhuma que leve a que sejam eliminadas pela raiz as habituais e proverbiais contestações, geradoras da institucionalizada guerrilha fratricida a que todos assistimos de há tantos e tantos anos a esta parte. Mas faça o favor de acreditar no que bem entender.

      Saudações Leoninas

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  3. Pelo menos os resultados falam bem por si e estão aí à vista de todos para serem analisados e nem nos podemos queixar que é só nos outros que mais estabilidade dá provas melhores. A ideia que fica é que o universo leonino é tão vasto que mais do que cada um acreditar no que quer o que parece é que acredita no que lhe dá mais jeito, consoante o pensamento de cada um. De uma maneira ou outra o principal prejudicado é sempre o SCP. Não chegamos até aqui só por mero acaso como podemos ser tentados a pensar de uma forma mais ou menos leviana. Também é preciso construir.

    Saudações Leoninas

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  4. Concordo consigo Álamo, também sou a favor que os nossos estatutos prevejam uma 2ª volta nas eleições, no caso de nenhum candidato atingir a maioria absoluta de votos na 1ª volta.

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  5. Caros José Duarte e Paulo Guerra,

    É evidente que tanto o José Duarte, quanto eu próprio, estaremos com os olhos postos apenas e tão só, na legitimidade que uma 2ª volta traria ao mandato do vencedor.
    Já o Paulo Guerra, sem negar as virualidades desta tese, debruça-se mais sobre a capacidade intrínseca e subjectiva de o universo leonino escolher e acertar num lider, quando o leque de candidatos que lhe é oferecido tem revelado até hoje uma confrangedora limitação nas vertentes que poderiam garantir um tipo de gestão aceitável e capaz de fazer regressar o Sporting ao patamar que todos desejaríamos. Não me violenta em absoluto este pensamento, que porventura terá um grande fundo de verdade. Será um excelente tema para discutirmos um dia destes. Mas o pensamento que aqui deixei, limitou-se apenas a pretender contribuir para uma alteração estatutária onde não sou capaz de descobrir prejuízos, antes pelo contrário, poderia ser uma forte contribuição para a pacificação entre sportinguistas.

    Fortes Saudações Leoninas para ambos.

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