quarta-feira, 15 de junho de 2011

O fosso, as cadeiras e as camisolas ...

Já senti em mim, por várias vezes, o impulso de aqui trazer a minha opinião sobre dois assuntos que o universo leonino, por tudo o que me tem sido dado apreciar, refuta de importantes para o futuro mais ou menos próximo do clube. Este pachorrento defeso, que se vai arrastando sem novidades e sem grandes motivos que possam prender a atenção dos sportinguistas, gerou a oportunidade até agora adiada, de os trazer à luz do dia.
O primeiro centra-se nas características do nosso estádio, que um arquitecto de competências técnicas e conceitos estéticos duvidosos desenhou, absolutamente à margem da tradição e do sentimento da grande maioria dos adeptos sportinguistas. O homem, ao "pensar" o esboço do substituto do velho José Avalade, deve ter olhado demasiado para o seu próprio umbigo, sem se preocupar em estudar profundamente as características, os sentimentos e os conceitos estéticos da generalidade dos futuros inquilinos. À boa maneira da quase generalidade dos arquitectos portugueses que, invariavelmente, pensam nas casas que desenham, sem atender aos gostos, conceitos e desejos pessoais dos futuros proprietários, que se vêem depois obrigados a viver uma vida inteira em casas que nunca sonharam nem imaginariam viver.
Nasceu por isso a aberração que hoje todos os sportinguistas suportam, mas em que não se revêem! Ele é o fosso, que toda a nação leonina deseja ver completamente tapado e bem dissimulado. Ele é aquela parafernália de cadeiras multicolores, cuja beleza estética apenas é justificada, elogiada, aceite e compreendida pelo próprio autor. Ele é o erro crasso e porventura razão indminizatória, cometido no desenvolvimento das superestruturas da cobertura, que quase inviabiliza o ciclo vegetativo do relvado. Ele é a atrocidade, salvo melhor opinião, cometida no revestimento exterior do estádio, que mais se assemelha a uma enorme e grandiosa casa de banho, sem qualquer sentido identitário, sem qualquer beleza ou harmonia estética!...
Pronto, o estádio está lá e é demasiado cedo e inviável a sua demolição e substituição. Os nossos netos tratarão disso. Mas será que é possível o seu melhoramento, particularmente ao nível dos pormenores que acabo de citar ? Claro que é e a prova está nas intenções manifestadas pelo novo Presidente em exercício. Existe para já o propósito, a exequibilidade virá a seguir, se e quando houver a disponibilidade financeira para esse efeito. Mas o mais importante, do meu ponto de vista, será a oportunidade! Será que neste momento difícil da vida do Sporting Clube de Portugal, qualquer dessas alterações poderá alguma vez constituir uma prioridade ?!... A minha resposta é um rotundo NÃO!...
Há assuntos bastante mais importantes, cuja prioridade ultrapassa largamente aquelas. Será um tremendo erro esbanjar esforços e recursos, sem atender primeiro à arrumação criteriosa e programada da nossa casa, previsivelmente geradora da galvanização da nação sportinguista, tão necessária à recuperação desportiva e financeira do Sporting Clube de Portugal. Deixemos todas essas alterações para o defeso seguinte à conquista do título de campeão nacional pelo Sporting!... É o repto que aqui deixo a todos os sportinguistas: que ninguém fale mais na remodelação do nosso estádio, enquanto não formos campeões. Depois sim, depois cobraremos essa promessa aos nossos dirigentes !!!...
O outro assunto que desejava trazer aqui, prende-se com o equipamento alternativo que no início de cada época é apresentado aos adeptos sportinguistas. Estou absolutamente por fora de todos os compromissos comerciais que o Sporting Clube de Portugal estabeleceu com a Puma. Apenas  presumo  que qualquer um dos equipamentos das épocas anteriores, deverão ter sido sempre aprovados pelo departamento competente do nosso clube e o mesmo deverá acontecer na presente época. O que aqui quero expressar, sem subterfúgios de qualquer espécie, é o meu profundo desagrado face aos modelos adoptados em todas as anteriores épocas e que, face ao que já vai correndo na internet, vai repetir-se na presente. O design e as cores escolhidas têm sido, ano após ano, do mais piroso, rebuscado, repetitivo, desadequado, provinciano e infeliz que tem aparecido no mercado português. Qualquer clube simples e despretensioso da província, exibe camisolas mais bonitas e adequadas às respectivas cores clubísticas. Há competições a nível europeu, onde o design das camisolas de todos os clubes é submetido a escrutínio rigoroso e em cada ano é estabelecido um "ranking" que ordena os equipamentos segundo a sua beleza estética e inovação. Não tenho conhecimento que os equipamentos do Sporting alguma vez tenham recebido qualquer menção ou destaque. À mulher de César, não basta ser séria, terá que parecê-lo!!!...
Leoninamente,

Até à próxima

2 comentários:

  1. Leiam esta analogia genial dum blog aqui ao lado..achei genial e recomendo a sua leitura

    http://ondaleonina.blogspot.com/2011/06/salada-de-fruta-la-freitas.html

    ResponderEliminar
  2. Caro Álamo o seu blog consta já na minha blogosfea berde e branca...

    SL

    ResponderEliminar