Um barco de papel
Hei-de oferecer-te um barco de papel
quando tiveres de partir
que como um capitão com as mãos dirigirás
deste para outro mar
hei-de oferecer-te um barco de papel
e de papel também um avião
que como um piloto com óculos dirigirás
deste para outros céus
e uma flauta de canário também te darei
para os dias sombrios
de quando o mar e o céu dizem não
e não puderes viajar.
Uma bandeira sem sinais eu te darei
quando tiveres de partir
que o vento forte do leste agitará
para que a possas ver
uma bandeira sem sinais eu te darei
e uma ampulheta de ouro
para quando a areia do deserto se gastar
tu poderes descansar
e uma flauta de canário também te darei
para os dias sombrios
de quando o vento e o tempo dizem que não
e não puderes voltar.
Sabes bem que esta canção é para ti!...
Leoninamente,
Até à próxima
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ResponderEliminarÁlamo2 de junho de 2018 às 08:56
EliminarVerdadíssima, foi o meu amigo Aboim Serodio que me deu a conhecer Testa, uma saudade que dói a quem tiver a sensibilidade necessária para o saber ouvir. E corrijo de forma veemente a ideia com que o amigo ficou de que terá sido a ti que dediquei esta sublime peça, uma das melhores da vasta obra que deixou: o que o amigo decerto saberá sobre que eu penso sobre o desgraçado contexto da actualidade do nosso Sporting, deveria ser suficiente para te impedir de julgar que eu desejaria a partida - nunca definitiva, mas para fora do mundo dos meus/nossos afectos - de outro alguém que não fosse apenas uma e só uma criatura...
A tradução não pretendeu ser rigorosa. O domínio deficiente que tenho do italiano nunca mo permitiria. Mas creio ter alcançado o patamar mínimo da compreensão das palavras de Testa, para assumir a sua publicação, que julgo cair como sopa no mel na actual situação...
Espero também que ambos possamos viver o suficiente para te poder dar razão, mas temo cada vez com mais convicção, que o triunfo tenderá para o meu lado, embora me doa afirmar que será uma vitória de Pirro.
Algum distúrbio terá havido no envio do comentário cuja publicação dizes tardar. Nunca hesito sequer, na publicação imediata de todos os teus comentários, mesmo quando críticos...
Sobre as deserções dos "meninos mimados", além de previsíveis por razões que receio bem a Justiça acabará por aclarar, mas que se murmuram cada vez em tom menos sussurado, acabarão por reflectir o carácter, a dignidade e as amarras de cada um. Por mim tenho a convicção de que jamais haveria coragem para arrancar a cavilha, se alguém não a tivesse colocado estupidamente ao jeito dos interesses de cada um!...
Um abraço também para ti.
Alguém me pode informar quem vai julgar as recisões? É uma comissão arbitral da liga? É que segundo os e-mails alguns desses árbitros são meninos queridos do Benfas... Talvez isso explique as recisões e a confiança dos jogadores e empresários...
ResponderEliminarCaríssimo Álamo,
ResponderEliminarSei agora que a publicação dessa canção do Testa não me era endereçada e que, portanto, eu não devia armar-me muito ao pingarelho até porque creio que o Álamo sabia que assisti a esse concerto do Gianmaria Testa en 2013 e que fui eu a lhe comunicar a existência dessa canção maravilhosa,cuja tradução até me pareceu menos feliz que aquela duma brasileira que o Álamo encontrou e publicou há uns dois anos atàs!
Entretanto Testa morreu, o que vai acontecer a todos nós mais tarde ou mais cedo! O John Denver (Today, while the blossoms...) também morreu num acidente com o seu próprio avião! No tempo em que o convidei a ouvir essas canções eu estava mais vivo que hoje mas, mais importante que isso, o nosso Sporting ainda não era um clube apetecível para os fazedores de dinheiro! Por obra de alguém que não sou eu tornou-se nisso e até nem fico espantado de tanta apetência pelo clube. Vou-lhe repetir que perdi as esperanças de ver o "nosso" Sporting onde gostaria de o ver e que sinto que o vou deixar nas mãos das aves de rapina em que, pelo menos nos seus textos mais recentes, o Álamo não reprova!
Fiquei espantado quando soube hoje que o Rui Patrício ainda é do Jorge Mendes e que Podence também.
Après ça c'est même l'hospice!
Há expressões que em português não lhes saberia dar a força necessária!
Espero viver o suficiente para pder provar que um de nós estava errado mas, aí também, não tenho domínio algum!
Aceita um abraço!
PS. Vou apagar o meu comentário a quente (escrito à 1:00 da manhã) e tentar substituí-lo por este que me parece mais lúcido mesmo se desnecessário.
Obrigado Caríssimo Álamo por ter publicado o meu texto adaptado à realidade. Guardei o primeiro até à ligeira adaptação que lhe fiz para que quem nos lê possa compreender a sua legítima resposta. Esse era aquele mínimo de urbanidade que exijo a mim próprio!
ResponderEliminarAbraço