terça-feira, 5 de junho de 2018

Está tudo, absolutamente tudo dito!!!...


Salvar o Sporting de Bruno de Carvalho


«Muitas pessoas fora do Sporting não compreendem como conseguiu Bruno de Carvalho ter tanto apoio de tantos sócios durante tanto tempo. E como, ainda hoje, consegue manter muitos do seu lado. É porque, sendo ou não sportinguistas, não conhecem bem a vida do clube. O tempo que o Sporting vive não pode fazer esquecer a recuperação a que assistimos nos últimos cinco anos. E sem elas não se percebe porque tantos sportinguistas toleraram e toleram o que de fora parece intolerável.

Parte do trabalho de Bruno de Carvalho é, aliás, visível agora. As vitórias nas modalidades correspondem a uma aposta de longo prazo para garantir que o Sporting, recuperando a sua tradição, voltava a ser um clube que não se concentrava apenas no futebol (diz-se “eclético” na gíria desportiva), apesar de todos termos consciência que é o futebol masculino que dá notoriedade, recursos e adeptos. Claro que fazer uma avaliação dos resultados desportivos ignorando o futebol é um absurdo. Mas o trabalho nas modalidades tem de ser sublinhado. E grande parte destas vitórias foram celebradas no pavilhão João Rocha, uma promessa antiga cumprida pela direcção de Bruno de Carvalho.

Mesmo no futebol, quem vai ao estádio consegue ver a diferença. Os adeptos regressaram em força e havia, até às últimas semanas, um sentimento de pertença que se tinha perdido por quase duas décadas de decadência. Como em todos os clubes, graças ao insustentável modelo das SAD, as finanças estão sempre periclitantes. Mas o garrote da dívida foi aliviado. O Sporting, que era o campeão das más compras e das piores vendas, passou a comprar bem e a vender melhor – mesmo isso agora está em risco. Os treinadores foram em geral bem escolhidos, apesar da relação do presidente com eles ter sido sempre, como parece ser com quase toda a gente, problemática.

Bruno de Carvalho combateu pela moralização do futebol, o que torna ainda mais insuportável as suspeitas, que espero não se virem a confirmar, de corrupção. Teve um papel central na chegada do vídeo-árbitro e, em geral, posições correctas sobre a melhor forma de organizar o negócio do futebol em Portugal. Se é verdade que várias vezes se terá excedido na denúncia das arbitragens parciais, percebeu que quem não domina a máquina não pode fazer mais do que a pressão externa. E a verdade é que, com ele, o Sporting passou a ser menos prejudicado. Dirão que esta não é a forma de fazer as coisas e eu concordo. Mas o problema é que num sistema viciado não há formas boas de fazer as coisas. Há formas possíveis. O seu maior erro, neste domínio, foi comprar todas as guerras ao mesmo tempo: dos agentes aos fundos, da arbitragem à comunicação social. Isso não é sinal de coragem, é sinal de falta de estratégia.

Depois, há um lado mais simbólico. Os 20 anos do modelo “roquettista” corresponderam, para além da delapidação do clube, a uma determinada forma de ver o Sporting. Um clube dirigido por elites, em que a massa de adeptos serve para encher estádios e não se mete nos negócios. Um modelo que mistura um clube de viscondes com uma empresa de banqueiros e bancários e que foi bem sintetizada por Soares Franco, quando se foi embora para não aturar populaça: “Quero um clube só de futebol, sem sócios mas com adeptos que não se intrometam na gestão nem tenham voto nas eleições dos corpos sociais”. A conversa dos “croquetes”, que explora o ressentimento de uma massa associativa que foi desprezada durante anos, funcionou porque tinha um forte fundo de verdade. Em que grande clube um presidente poderia dizer o que disse Soares Franco? 

Apesar das suas fragilidades e enormes defeitos, onde a falta de respeito pelos outros é o pior de todos, Bruno de Carvalho teve tudo para ser o melhor presidente de sempre. Teve o apoio de quase todos sócios e um excelente trabalho no primeiro mandato. A sede de mais poder e uma personalidade egomaníaca deitaram, nos últimos meses, tudo a perder.

A reunião da assembleia geral de Fevereiro foi o último de todos os avisos e, talvez tarde demais, o que foi decisivo para mim. Quando o Sporting ficou em primeiro, o escândalo no Benfica estava sob os holofotes e reinava a paz no clube, em vez de pensar no clube Bruno de Carvalho pensou em si mesmo. Marcou uma assembleia geral para mudar os estatutos, reforçar o seu poder e transformar tudo isso num plebiscito, em que não hesitou em fazer chantagem sobre os sócios, exigindo, do nada, um apoio reforçado para não criar uma crise interna. Quando o seu poder não estava em causa, alimentou a fanatização acrítica à sua volta e foi, como passou a ser sempre desde então, o principal foco de instabilidade.

A partir do momento em que ficou evidente que as competições europeias estavam perdidas e que a vitória no campeonato era impossível apontou a mira, de forma mais clara e irresponsável, à equipa que ele próprio contratou. E, de repente, cada vez mais adeptos odiavam alguns dos jogadores que mais admiraram. Um verdadeiro líder defende, perante os outros, a sua equipa nas derrotas. O acto mais cobarde de Bruno de Carvalho resume-se nisto: quando os resultados são bons salta para o campo para mostrar a taça, quando são maus ataca os jogadores.

Ao direccionar para a equipa a frustração dos adeptos, Bruno de Carvalho alimentou o que de pior existe na paixão do futebol. Enquanto internamente se dedicava a um bullying que nenhum trabalhador toleraria, Bruno Carvalho foi sendo sempre dúbio perante os sinais públicos de risco para os jogadores, bem evidentes depois do jogo contra o Marítimo. Não sei se teve, por acção ou omissão, uma relação directa com o que aconteceu em Alcochete. Se alguma vez se provasse que teve, os efeitos morais e financeiros para o Sporting poderiam ser avassaladores. E a tese de que se tratou de um acto tresloucado de pessoas isoladas ficou totalmente posta de parte com a divulgação de uma foto do convívio anual da Juventude Leonina, em que esta se solidariza, através de uma tarja, com os 23 agressores detidos. O ataque foi organizado pela claque ou pelo menos contou com a sua cumplicidade. Isto depois do presidente, mesmo perante todos os sinais de perigo, ter acicatado os adeptos mais excitados e não ter tomado medidas preventivas. É pelo menos o responsável moral pelo sucedido. Os parabéns aos treinadores e jogadores do Vitória de Guimarães que ficaram no clube depois de serem agredidos, constantes no último de uma série infindável de comunicados, dizem bem do desnorte da direcção.

Como sportinguista, não quero alimentar os argumentos que possam favorecer rescisões unilaterais em que os clubes que levam jogadores ficam dispensados de compensar o Sporting pelo investimento feito. E não penso ser legítima a insinuação de que Rui Patrício (que justamente é e será para sempre um símbolo do Sporting) poderia desistir desta rescisão se Bruno de Carvalho se demitisse. Apesar de compreender a situação do jogador, ser solidário pelo que passou e até perceber o racional desta condição, não se pode abrir um precedente em que jogadores podem, de alguma forma, determinar quem é e quem deixa de ser o presidente do clube para o qual trabalha. Como trabalhador do Sporting, é livre de lutar pelos seus direitos e tem, como não podia deixar de ter, a minha total solidariedade. Ao Sporting cabe tentar minimizar os danos deste processo. E é evidente que outro presidente o fará em muito melhores condições do que Bruno de Carvalho. Mas uma coisa é ser eu a dizer isto, outra é ser Rui Patrício ou alguém por ele.

Por fim, chegamos ao último episódio desta novela: a nomeação ilegal de uma Comissão Transitória de Mesa da Assembleia Geral. Este órgão não existe nos estatutos do Sporting. Segundo o artigo 37.º, os titulares dos órgãos sociais mantêm-se em funções até à tomada de posse dos sucessores. Ao contrário do que acontece com o Conselho Directivo, que em alguns casos de renúncia pode ser provisoriamente substituído por uma comissão de gestão, e com o Conselho Fiscal e Disciplinar, que pode ser substituído por uma Comissão Fiscalizadora (artigo 41.º), qualquer uma delas nomeada pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, não há, nos estatutos, qualquer substituto transitório para a Mesa da Assembleia Geral.

Não é claro se Jaime Marta Soares, uma enguia trapalhona, se demitiu oficiosamente. Mas a demissão, para existir, tem de ter sido entregue ao Conselho Fiscal e Disciplinar (artigo 39.º). Se não foi (e está confirmado que não foi), podemos criticar as brincadeiras do presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), mas ele não está demissionário. Mas mesmo que estivesse, tal Comissão Transitória não passava a ter cobertura estatutária. Ao contrário do que acontece com outros órgãos, não está previsto qualquer organismo de transição e, por isso, a MAG demissionária mantém-se em funções até a nova tomar posse. É natural que assim seja: num clube ou em qualquer associação, a MAG está acima dos restantes órgãos, não podendo depender deles qualquer nomeação dos seus membros. Ter o Conselho Directivo a nomear uma Mesa da Assembleia Geral, mesmo que provisória, seria o mesmo que ter o primeiro-ministro a nomear o presidente da Assembleia da República. A Comissão Transitória da MAG é uma invenção de Bruno de Carvalho. Ainda mais extraordinária quando os membros desta comissão inexistente são candidatos ao cargo definitivo. Ou seja, Bruno de Carvalho escolhe candidatos e estes ocupam o lugar ainda antes de irem a votos.

Este acto ilegal terá repercussões sucessivas que atiram o Sporting para um imbróglio jurídico. Como a tal comissão transitória nomeou uma Comissão de Fiscalização, que substituiu a que foi nomeada pela MAG legalmente em funções, isto quer dizer que Bruno de Carvalho nomeou as pessoas que no mesmo dia nomearam quem o vai fiscalizar. Não é difícil perceber a ululante ilegalidade de tudo isto. O resto dos problemas virão depois de dia 17. Foi um órgão sem qualquer cobertura estatuária a convocar, através de uma carta assinada, uma sócia que ninguém elegeu (uma tal Elsa Judas), uma assembleia geral que vai mudar os estatutos (curiosamente os artigos de que falei aqui) e outra que vai eleger novos órgãos. As duas assembleias, convocadas e dirigidas por um órgão inexistente, serão, elas próprias, formalmente inexistentes. Assim como tudo o que lá seja decidido. Esta sucessão de ilegalidades, que resultará em órgãos e estatutos ilegalmente votados, lançará o Sporting numa disputa judicial sem fim. Impedir que o clube entre neste labirinto judicial é a prioridade das prioridades. Não se pode permitir que aberração ilegal chegue sequer a acontecer. Se a isto juntarmos que há uma assembleia geral marcada para 23, essa sim pela MAG em funções, e que essa não conta com o apoio logístico para acontecer, temos o retrato completo do caos que se instalou.

Depois de evitar este imbróglio jurídico, que se iria juntar aos processos de rescisão unilateral, à investigação sobre corrupção (que me parece por agora muito frágil, sobretudo quando comparado com que se tem sabido sobre o Benfica) e à investigação sobre o que aconteceu em Alcochete, terá de ser dada voz aos sócios. Não será tarefa fácil, mas é a única forma de estancar uma escalada que Bruno de Carvalho continuará a alimentar: pôr, em processos informais de confronto, sócios contra sócios (e contra jogadores), criando uma fractura no Sporting. Quem não se lembra das cenas de pancadaria nas assembleias gerais do Benfica, no tempo de Vale e Azevedo?

Pode ser doloroso para muitos sportinguistas, mas travar Bruno de Carvalho, por mais divisões que agora crie, é a única forma de garantir a pacificação futura. Porque toda a sua estratégia dos últimos meses se baseia na construção de inimigos internos e num clima de instabilidade permanente. E assim continuará a ser. Como se viu desde a última assembleia geral até à inenarrável conferência de imprensa na véspera de um jogo com a importância da final da Taça, Bruno de Carvalho instiga a instabilidade interna para, no meio do caos, segurar e reforçar o seu poder. Não há nada mais destrutivo para uma instituição do que uma liderança assim.

Se nada se fizer é fácil de prever o que vem aí. Depois de ter alimentado inimigos externos – alguns reais, outros imaginários –, Bruno de Carvalho começou a concentrar-se na criação de inimigos internos. Alguns também são reais, como a Holdimo de Álvaro Sobrinho (um tumor dentro do Sporting). Mas apontar as baterias aos jogadores, que para todos os efeitos são funcionários e seus “subalternos”, é dos gestos mais cobardes que se podem esperar de um dirigente. Os dois passos seguintes estão em marcha. O primeiro está no auge: virar os sócios uns contra os outros, entre sportinguistas e “sportingados”, fanatizando o seu lado para que o apoio seja acrítico e assediando publicamente qualquer voz crítica, para que todos se vão calando. Por fim, desmantelar toda a estrutura democrática do clube, moldando o poder à sua vontade arbitrária e acabando com qualquer limite ou contrariedade. Se conseguir – e está a conseguir –, o Sporting deixará de existir para lá da sua vontade. E um só homem terá conseguido capturar uma instituição centenária. Como escreveu Miguel Poiares Maduro, “já não se trata de apreciar a gestão de Bruno Carvalho mas sim se lhe queremos simplesmente entregar o clube.” 

O engano de quem julga que se pode esperar uns meses e deixar que se prepare a nova época e o empréstimo obrigacionista é não perceber que Bruno de Carvalho, com a nomeação de uma Comissão Transitória da MAG e de uma Comissão de Fiscalização da sua confiança e a marcação de uma assembleia geral sem existência legal, iniciou um processo de usurpação de poderes sem recuo. Ultrapassou, como escreveu o presidente da Assembleia Geral da SAD e apoiante da primeira hora de Bruno de Carvalho, João Sampaio, “uma linha vermelha”. E que este percurso só terminará quando, com base numa ilegalidade original, todo o seu poder estiver blindado a qualquer contestação. Aquilo a que estamos a assistir já não é a uma crise, é à destruição de todas as regras que permitem que o poder seja transitório. O que Pinto da Costa conseguiu no FC Porto por via de resultados desportivos (muitas vezes com recurso a meios imorais) e com a fanatização de quase todos os sócios em torno de si mesmo, Bruno de Carvalho tentará, por incapacidade de lhe seguir o exemplo, por via de um golpe estatutário. Impedi-lo é, antes de qualquer eleição ou assembleia geral, uma questão de vida ou de morte do Sporting.

Depois terão de vir eleições. Muitos sócios não estão contentes com Bruno de Carvalho mas temem um regresso ao passado. Como eu os compreendo. Um novo presidente do Sporting, que aguente este tempo difícil, terá quatro objectivos prioritários: o regresso do bom-nome da instituição; a restauração da legalidade estatutária; a manutenção e reforço da maioria do clube na SAD; e, só depois disto tudo, a retoma da normalidade com vista aos resultados desportivos.

O ponto mais sensível de todos estes objectivos é a manutenção da maioria do clube na SAD. Não tenho qualquer dúvida de que Álvaro Sobrinho, cujos objectivos pouco recomendáveis são em tudo estranhos aos interesses do clube, está a aproveitar este momento de confusão para impedir a redução iminente do seu peso na SAD. E, no limite, para tentar conquistar a maioria da SAD, o que tornaria irrelevante o nome do próximo presidente do clube, figura que passaria a ser, no que é essencial, decorativa. Os sócios mais informados sabem que isto é um dos problemas mais graves que o clube enfrenta. O que quer dizer que, no meio desta confusão, o Sporting está entalado entre um louco e um escroque.

Teria sido possível um compasso de espera se Bruno de Carvalho se tivesse demitido e, durante o período necessário para a preparação da época e do empréstimo, Carlos Vieira assumisse interinamente a presidência. Mas a preocupação de Bruno de Carvalho já não parece ser a sobrevivência do clube mas apenas a sua. Como se vê, aliás, com a displicência com que fala do processo de rescisões que podem representar um enorme rombo financeiro para o Sporting ou podem obrigá-lo, como se afigura como provável, a vendas a saldo.

O surgimento de alguém que seja mobilizador, se apresente como alternativa a e tenha um discurso claríssimo em relação a Sobrinho e à manutenção da maioria do clube na SAD é a resposta a este dilema. E enquanto estivermos neste lodo e incerteza esse nome não se afirmará. Esse candidato não pode vir de um passado que a esmagadora maioria dos sócios do Sporting recusa e tem de assumir, com um estilo necessariamente bastante diferente, a parte positiva do legado do primeiro mandato de Bruno de Carvalho. Para que essas eleições aconteçam é necessário que o presidente se demita. O que se pede é o mesmo que ele próprio pediu, e teve o meu apoio, em Novembro de 2012, quando o trágico Godinho Lopes era presidente: demissão e eleições. A que Bruno de Carvalho pode e deve concorrer. Qualquer pessoa que não esteja totalmente embrenhada no fanatismo de facção consegue perceber que esta é a única forma de sair da crise em que o Sporting encontra.

Quando chegou à presidência do Sporting, Bruno de Carvalho disse, numa entrevista à SIC: “No dia em que o Bruno de Carvalho presidente começar a trazer as suas emoções para dentro do clube, começar a trazer opacidade para dentro do clube, começar a pensar que é o maior da cantadeira, começar a não ligar ao que é o maior património do Sporting que são os sócios, começar a ter atitudes completamente lesivas para o clube, o cidadão e sócio Bruno de Carvalho vai pegar no presidente Bruno de Carvalho e vai metê-lo imediatamente fora do clube.” Esse momento chegou e, perante a falta de comparência do cidadão e sócio Bruno de Carvalho, estamos cá nós, os cidadãos e sócios do Sporting Clube de Portugal, para exigir eleições.» (Daniel Oliveira, Antes pelo Contrário, in Expresso)


O mais importante manifesto de um sportinguista a todos os sportinguistas, que alguma vez tive o privilégio de ler em toda a minha vida!...

Está tudo, absolutamente tudo dito!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

25 comentários:

  1. Fala bem mas não me alegra... É à maneira do partido do caviar... Afinal, é malta que vive do que escreve. Agora vinha aqui um sofista, e apresentava argumentos completamente opostos aos deste escriba e também estava tudo dito... O Sporting tem a infelicidade de ter nas suas fileiras de apaniguados uma cambada de pedantes, que acima dos interesses do seu clube, metem a sua vaidade! Porque a forma mais eloquente de falar e servir o clube nesta altura é estar calado. Uma cambada de basófias que se passeiam pelos diversos órgãos de intoxicação social. Nem se importando com o facto de estarem ao serviço de cartilhas vermelhas! Não me canso de constatar que uma pequena parte dos adeptos do Sporting, lamentavelmente a mais visível, comprazem-se no mundo das aparências! Ou seja, são aqueles que se orgulham de serem diferentes, e, então, para mostrarem essa diferença de cariz nobiliárquico, aos adeptos pertencentes à arraia miúda dos outros emblemas, fazem tudo para tirar um "bruto" de líder do seu clube...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Com muito boa vontade, consegui extrair de todo o comentário de Helder Mestre, apenas duas frases que eventualmente poderão servir como uma luva ao autor:
      1 -"... a forma mais eloquente de falar e servir o clube nesta altura é estar calado..."
      2 -"... o Sporting tem a infelicidade de ter nas suas fileiras de apaniguados uma cambada de pedantes..."

      Cada vez serão mais fortes as minhas suspeitas de que algo parecido com "burnout" estará a acontecer a Helder Mestre!...

      E chegados aqui, a minha preocupação começa a transformar-se em angústia: será contagiosa essa desgraçada doença?!...

      Eliminar
    2. Caro Álamo:
      Com o perdão que a sua extrema paciência para comigo me concede, vou reintroduzir um comentário/ questão que, há dias, a propósito de um comentário do Dr. Dias Ferreira para a Dra. Elsa Judas, fiz ao nosso caríssimo consócio Helder Mestre e ao qual, decerto por não ter voltado ao post, ele não respondeu.
      Peço só ao caríssimo Helder Mestre que substitua Dias Ferreira por Daniel Oliveira.
      Ficaria muito agradecido pela resposta, porque ajudaria a eu poder aquilatar a sua noção de liberdade de opinião e de democracia.
      Então cá vai:
      Caro Helder Mestre:
      Ultimamente, cada vez que leio um comentário seu, mais estarrecido fico.
      Mas será que para si, quem não defende o Dr Bruno de Carvalho não tem direito a opinião?
      Em vez de criticar deste modo, gostaria de saber a sua análise aos argumentos que o Dr Dias Ferreira aduz.
      Gostaria, nomeadamente, de saber se consultou os estatutos, e se encontra alguma sustentabilidade jurídica na criação desta comissão.
      Sabe, meu caro, também sou dirigente desportivo, e logo me pareceu estranho este "parto", posto que a legislação que regula as sociedades não permite estas fantasias.
      Devo dizer-lhe que também fui consultar os Estatutos e, embora não sendo jurista, também lá não encontrei nada que o permita.
      E, já agora, gostaria de saber se para o Caríssimo, mudar de opinião dá logo direito a epítetos?
      Que noção tão estranha de democracia tem...
      Termino dizendo que votei em Bruno de Carvalho, mas não voltarei a nele votar. Deixei de me rever nos comportamentos e, desde há alguns dias, na interpretação que faz daquilo que rege um Clube.
      Fico a aguardar o epíteto com que o Caríssimo Hélder Mestre me brindará, face ao meu delito de mudança de opinião.

      Desde já grato,

      José Lopes

      Eliminar
  2. Não está tudo dito. Falta uma coisa: O PMAG não marcou a AG para aprovar o orçamento como lhe competia e tal resultaria em justa causa para a demissão do CD. Era a artimanha de JMS...e uma fraqueza gigante nos estatutos que confere demasiado poder ao PMAG.

    Quem destitui o CD são os sócios com o seu voto.

    Se haviam assinaturas, se era assim tão fácil encontrar 4mil gatos pingados para convocar uma AGE então porque raio não foi possível fazê-lo? Se calhar era bluff?

    Se os estatutos não conferem o poder de criar uma comissão transitória ao CD, até aceito: não o especificam. Mas os estatutos, no artigo 56 creio, dão poderess (algo vagos) ao CD para governar em situação de crise digamos.

    Numa situação em que o PMAG mente, mostra incompetência e má fé bem como ilegalidade, em que há questões importantíssimas para a vitalidade da SAD (orçamento e operação financeira), é para mim o dever do CD tomar medidas para que essas questões sejam executadas. Não há interesses exteriores ao Sporting em fazê-lo; não há loucura nem ditadura...bem pelo contrário - há frieza e governança.

    A emergência é tratar dos assuntos prementes: para isso serve a comissão transitória (que note-se, coloca o pescoço a jeito caso o CD pretenda fazer alguma ilegalidade). Logo a seguir, eleger novos órgãos sociais para os que estão demissionários.

    Relembrar que o CD é o único órgão que ficou com quórum e que tinha sido eleito.

    Não brinquem com as regras democrática e não brinquem com quem trabalha em prol do Sporting.

    O Sporting não é gerido pela histeria da comunicação social.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Todo o seu demasiado extenso comentário cai pela base pelo facto de, revelando um ridículo conhecimento jurídico, vir para aqui armar ao pingarelho, recorrendo à cartilha que lhe endereçaram!...

      É enfadonha e desinteressante um discussão desta natureza...

      Eliminar
    2. O CD tem até dia quinze de Junho para apresentar o orçamento à mesa da AG que só depois é levado a uma AG para discussão e votação. Só se o CD não apresentar o orçamento à Mesa da AG é que pode ficar sob alçada disciplinar. Se apresentar o orçamento à Mesa da AG no período definido nos estatutos a responsabilidade pelo próximo passo - nesta questão específica - cabe à PMAG. Em resumo, a não marcação de uma AG em Junho para debater o orçamento nunca seria motivo de medidas disciplinares sobre o CD se o CD tiver apresentado o orçamento à MAG no período correcto. E Junho ainda agora começou. Há tempo de marcar uma AG Comum para esse efeito se for o caso.

      Eliminar
    3. Cartilha? Que mente limitada Álamo.

      Então faz favor de responder e explicar onde é que está o erro.

      O que eu vejo é cromos como o Prata, o Dias Ferreira e outros, uns não percebem nada outros deviam perceber, mas todos dizem a mesma coisa que é do género: “ai isto é tudo uma vergonha”, agora não vi nenhum a ler os estatutos ou a lei civil.

      Eliminar
    4. Bom dia amigo Álamo, espero que se encontre bem.

      Juro que não venho meter mais gasolina na fogueira, espero que compreenda a pergunta que vou fazer.

      tanto a Portugueezza no comentário acima, como a Dr. Elsa Judas no seu comunicado, escrevem coisas que me fazem sentido, mas depois vejo o Dias Ferreira, Daniel Oliveira e outros em completo sentido contrário a dizerem coisas que também fazem sentido.

      estou, genuína e completamente confuso sobre onde está a razão neste assunto dos Estatutos e quem está legitimo ou não.

      estou a escrever este comentário porque depois de a Portugueezza ter escrito o que escreveu, o Álamo simplesmente disse que ela veio aqui armar ao pingarelho e não relatou um único facto que desmentisse ou fosse no sentido contrário ao comentário dela, o que me deixou confuso na mesma.

      a minha pergunta ao Álamo é exatamente sobre isso, pode o amigo expor os factos que sustentem a sua ideia de que o que a Portugueezza escreveu está errado ou é ilegal?


      só uma nota.

      Daniel Oliveira realmente é magnifico a escrever, e muito do que escreveu está certo, contudo, toda aquela magnifica prosa cai pela base por causa de uma frase, frase essa que me faz muita confusão também ouvir da boca das pessoas, ao ponto de perguntar ao meu Pai se fazia sentido e ele me responder que este exemplo servia para eu ter a real noção do que é a democracia, ou seja, Daniel Oliveira diz tim tim por tim tim os motivos pelos quais o Bruno de Carvalho vai destruir e está a destruir o Sporting, e depois escreve isto:

      "O que se pede é o mesmo que ele próprio pediu, e teve o meu apoio, em Novembro de 2012, quando o trágico Godinho Lopes era presidente: demissão e eleições. A que Bruno de Carvalho pode e deve concorrer."

      aqui está o maior delírio que alguma vez vi...eu não percebo como as pessoas comem isto, como??

      dizem que o Bruno de Carvalho vai destruir e está a destruir o Sporting e deve ir a eleições e candidatar-se novamente??

      mas andamos a brincar??

      e se ele ganhasse essas mesmas eleições? deixava de fazer mal ao Sporting? já era fantástico? numa questão de duas semanas, pelo simples facto de ter havido eleições e ele ganhasse na mesma tudo ia mudar?

      sinceramente não percebo que sentido faz escreverem 30 mil palavras a bater no ceguinho e depois escreverem esta barbaridade de que o ceguinho pode continuar a ir a eleições, ainda por cima vindo de um homem inteligentíssimo como o Daniel Oliveira.

      isto é quase a mesma coisa que um namorado bater na namorada, maltratá-la em todos os aspectos e depois os Pais da rapariga dizerem que isto nao pode continuar, que eles só querem é o bem da Filha, que ela nao merece sofrer mas que se o namorado pedir desculpa as coisas andam para a frente melhorzinhas...

      cumprimentos


      Eliminar
    5. Salvo melhor opinião, julgo que Daniel Oliveira terá trazido à colação a história da delaração da BdC no tempo da destituição de Godinho, apenas, e sublinho apenas, para significar que BdC deveria ter agora o comportamento que Godinho teve então. Não deixo porém de estar de acordo, Francisco, com o seu reparo...

      Cumprimentos

      Eliminar
  3. Não sei se está tudo absolutamente dito! Se necessário reafirmarei hoje que não sou cliente das redes sociais (Facebook, Twitter e Cia) porque, sinceramente, não acredito nessas porcarias. Foi um espanhol de La Coruña quem, para além de me ter ajudado nos primeiros passos de informática, me preveniu para os perigos da Internet e dessas redes sociais.
    Lamento que o Amigo Álamo recorra tanto a textos do Facebook (e/ou de outras plataformas) escritos por outras pessoas para justificar a sua mudança de rumo de pensamento no que se refere ao Sporting. Não sabia que essas pessoas necessitavam de tantos Kbites para exprimir uma ideia. Uma pessoa com as ideias claras tranmite-as com muito menos palavreado! Seja o DO ou o MPM. Peço alguma clemência para comigo já que escrevo em tradução contínua/simultânea por razões sobejamente conhecidas!
    Não estou a criticar o Amigo Álamo por ter mudado de rumo (talvez eu venha a mudar também) mas sim por se basear tanto na cabeça de outras pessoas por mais valiosas que elas sejam!
    SL

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Permitir-me-ia recordar ao bom amigo Aboim Serodio, que haverá uma linha bem definida a separar a nossa identificação com o pensamento de alguém, ou basearmos o nosso pensamento pela cabeça de outras pessoas!
      É que no primeiro caso, o nosso pensamento, devidamente formatado pela nossa capacidade intelectual, é anterior à identificação com qualquer outro, enquanto que no segundo caso se trata de mera adopção, seguidismo ou o que lhe entenda chamar, perante o vazio da nossa mente...
      SL

      Eliminar
    2. Sorry Álamo! O seu texto foi demasiado evasivo para que eu o considere como uma resposta às minhas inquietações! Eu também estou inquieto como pode imaginar: o Sporting não passa para mim duma instituição feita de pessoas diferentes mas que, fundamentalmente, têm interesses pouco confessáveis! É gente do futebol e isso para mim chega! Creio que nunca os confundirei com Sportinguistas!
      Sportinguistas somos nós que nada temos a ganhar! E que sofremos demasiado amiúde!

      Eliminar
    3. Meu amigo, será o nosso único defeito, ou erro se quiser: esta incurável predisposição para o sofrimento!...

      Eliminar
  4. Há uns que demonstram inteligência e clarividência, em contrapartida, há outros que mostram uma cegueira ignóbil.
    Obrigado Daniel Oliveira pelo teu texto.

    ResponderEliminar
  5. No meio de tanota ilegalidade, quem nos garante que na altura que JMS convocou a AG estava na posse efectiva do número de votos necessário para colocar o, ponto de destituição em agenda ?
    Tal formalismo não deveria ser confirmado a priori ?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Merecem-me muito pouco crédito as notícias da CS sobre essa matéria...

      Eliminar
  6. Bom dia a todos os sportinguistas aqui presentes. Como não tenho formação jurídica e tendo algumas duvidas sobre o que se está a passar no nosso clube, gostaria de ser esclarecido, se alguém tiver essa gentileza, sobre 2 pontos :
    1¤ Se o presidente da MAG demissionário pode marcar uma AG para destituir o CD ou se só pode fazer corrente.
    2¤ E se a mesma MAG destituída não tomasse nenhuma atitude e totalmente passiva.Como é que se resolvia essa situação?
    Um grande abraço a todos os sportinguistas sem excepção.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Vitor Medeiros, da interpretação que faço dos Estatutos do Sporting em vigor, o PMAG Jaime Marta Soares, demissionário ou não, será a única entidade a quem a lei confere capacidade para marcar qualquer tipo de AG, até que num novo acto eleitoral seja escolhido o orgão para o substituir.

      No caso de a MAG tomar a atitude que refere, não encontro resposta nos Estatutos do Sporting. Daí pensar que deveriam ser as disposições da lei geral a ser necessária e obrigatoriamente utilizadas, o que que confesso, desconheço neste momento.

      Eliminar
    2. Obrigado sr Álamo pelas suas informações. Efectivamente era o que eu mais temia. Trata-se tudo de uma interpretação jurídica, área que desconheço. Agora se me permite gostaria de partilhar alguma da minha experiência de vida como militar já reformado. Se todos nós sportinguistas aproveitarmos estes dias em que é a justiça que se vai pronunciar e formos todos ler ou reler o livro ARTE DA GUERRA que o general chinês SUN TZU escreveu à cerca de 1500 anos .talvez ficaríamos todos mais esclarecidos e SOBRETUDO contidos sobre o nosso verdadeiro adversário. Forte abraço a todos e saudações leoninas sem excepção.

      Eliminar
    3. Caro Vitor, não se trata de conflitos de interpretação. O caso é claro, ou seja, mesmo que o PMAG esteja demissionário, segundo os estatutos, o órgão permanece em funções. Está lá escrito. E mais, não está descriminado que permanece em funções reduzidas mas que permanece em funções simplesmente, o que significa que permanece com as funções que lhe são atribuídas.

      O artigo 37º dos Estatutos do SCP que versa sobre a Cessação do Mandato, no seu nº3 é claro e distinto:

      "para os casos de cessação antecipada do mandato, os titulares dos órgãos sociais mantêm-se em funções até à tomada de posse dos sucessores."

      http://cdn.sporting.digitaljump.xyz/sites/default/files/estatutos_scp_actualizados.pdf

      SL

      Eliminar
    4. Desculpem. Quero dizer "discriminado" e não "descriminado".

      Obrigado.

      Eliminar